O Jornal BOM DIA e a COLUNA CENÁRIOS desejam a todos um feliz natal e se despedem de 2024. Muito otimismo com o ano que se inicia. 2025 há de ser bem melhor, mais produtivo, mais curtido, sempre em frente, sempre evoluindo. Olhemos pra trás com zero de arrependimento. Os erros nos ensinam a pisar com cuidado. A polarização não vai nos tragar com sua gravidade pesada. Saberemos filtrar o que nos chega, nos libertar da trapaça dos algoritmos. Saberemos encher os pulmões com ar puro, a mente com bons conteúdos, os olhos com a beleza que ajudaremos a semear, vamos plantar flores e frutíferas. Vamos cuidar da água, dos rios, vamos nos alimentar de luz e de alimentos saudáveis. Vamos nos movimentar, pois o que não movemos enferruja. Sejamos um pouco subversivos, com coragem pra andar na contramão digital. Vamos instigar a carne, pele com pele, vamos dançar, cantar, vamos declamar, exalar nossas verdades, os sentimentos geracionais, os velhos de hoje, diferentes dos velhos de ontem, velhos descolados que leram os beatniks, que ouviram Pink Floyd e ACDC, que morderam a maçã e que viram a grande nuvem chegando e cobrindo tudo. Velhos vivos e operantes capazes de grandes feitos forever. E tem os novinhos. Uma geração que já nasceu com WI-FI, tudo online. Por mais que nos esforcemos, não vamos entender seu mundo e vice-versa. Acontece nos hiatos de todas as gerações. Nem sei se temos muito a ensinar. Eles quando querem saber recorrem ao chatgpt. Com nossas mentes treinadas no ambiente analógico, somos incapazes de compreender o pensamento digital, sinopses no lugar dos livros, a vida em 20 segundos, tudo é meme, tudo é mini, tudo é short. Precisamos admitir que há uma educação paralela, que confronta a educação formal, induz a novos comportamentos e percepções. E nós acostumados a textões e livros de 600 páginas. Podemos nos adaptar. Podemos ser silábicos, breves como um peidinho contido. As novas gerações não tem paciência. Nós não tínhamos. Não podemos recriminar as novas gerações e sua precocidade. Devemos ter visão de águia e acompanhar o vôo dos gaviões. Quanto ao país, torço pelo melhor, apesar da política emburrecedora. Como torcer contra o navio em que navegamos? Como torcer pro barco furar? Se afundar, morremos todos. Por isso não vou ser convencido por narrativas artificiais, criadas por gabinetes da discórdia, hoje com auxílio da IA. Que saibamos nos livrar dessas fábricas de ilusões, dessas maldições. A democracia tá aí. Se não der certo a gente troca. Mas chegam alguns kilos de notícias boas e uma tonelada de notícias ruins. Creio que sempre foi assim. Notícia ruim e desgraça dá ibope. Não vai mudar. Mas devemos resistir. Vejo muita gente que curte violência, que cultiva a ignorância, passa o tempo denunciando, xingando, criando teorias da conspiração, memes, fakenews. E em contra partida tem aqueles que preferem plantar árvores, espalhar flores na beira das estradas, transformar tudo num grande jardim.