Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

notícias

16/07/2021 12h21

CI?ME - SER? MESMO O TEMPERO DA RELA??O?

Compartilhe
<p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;</span></p> <p> <img alt="z" class="3" height="429.73125" name="174135_ciumes.jpeg" src="http://www.bomdiaonline.com/uploads/imagem_arquivo/174135_ciumes.jpeg" style="float: left;" title="z" width="645" /></p> <p style="text-align: justify;"> <br /> <span style="font-size: 16px;">&nbsp; &nbsp; &nbsp;O ci&uacute;me rom&acirc;ntico &eacute; um dos temas mais importantes que envolvem os relacionamentos humanos. J&aacute; esteve relacionado &agrave; paix&atilde;o, devo&ccedil;&atilde;o, zelo, &agrave; honra e tamb&eacute;m a moral.</span><span style="font-size: 16px; text-align: justify;">Voc&ecirc; se considera ciumento(a)? Como voc&ecirc; lida com o ci&uacute;me? A palavra </span><strong style="font-size: 16px; text-align: justify;">ci&uacute;me</strong><span style="font-size: 16px; text-align: justify;">, vem do latim </span><strong style="font-size: 16px; text-align: justify;">zel&uacute;men</strong><span style="font-size: 16px; text-align: justify;">, do grego </span><strong style="font-size: 16px; text-align: justify;">zelosus</strong><span style="font-size: 16px; text-align: justify;">, que significa </span><strong style="font-size: 16px; text-align: justify;">zelo</strong><span style="font-size: 16px; text-align: justify;">, no sentido de cuidar, tomar conta para que n&atilde;o se perca algo ou algu&eacute;m que se tem apre&ccedil;o.</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; Infelizmente, existe a cren&ccedil;a do amor rom&acirc;ntico, que &eacute; o modelo de amor que fundamenta os relacionamentos na nossa cultura, de que se n&atilde;o houver ci&uacute;mes, n&atilde;o existe amor. E para a grande maioria das pessoas uma dose de ci&uacute;mes parece ser necess&aacute;ria para apimentar a rela&ccedil;&atilde;o. Para alguns casais, rea&ccedil;&otilde;es enciumadas do parceiro podem ser percebidas como pris&otilde;es e at&eacute; mesmo invas&atilde;o de privacidade.</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; A maioria das pessoas sentem ou j&aacute; sentiram ci&uacute;me, e &eacute; o poder que se d&aacute; a esse sentimento que faz a diferen&ccedil;a nos relacionamentos. E falando s&eacute;rio: o ci&uacute;me n&atilde;o deve ser visto como tempero para &ldquo;apimentar&rdquo; a rela&ccedil;&atilde;o.</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Primeiro, porque ningu&eacute;m &eacute; dono de ningu&eacute;m; e segundo porque amor n&atilde;o tem nada a ver com sentimentos de posse ou controle. Na verdade, ele muitas vezes pode azedar a conviv&ecirc;ncia pouco a pouco, em vez de temper&aacute;-la.</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Muitas vezes o ci&uacute;me passa dos limites, provocando rea&ccedil;&otilde;es irracionais, violentas, o sentimento acaba sendo uma exig&ecirc;ncia de posse exclusiva, gerando inclusive instabilidade neur&oacute;tica ou de auto-afirma&ccedil;&atilde;o. A pessoa pode apresentar uma sensa&ccedil;&atilde;o permanente de ang&uacute;stia e instabilidade, inseguran&ccedil;a em rela&ccedil;&atilde;o a si e ao outro.</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Romantizar o ci&uacute;me pode gerar um sentimento t&oacute;xico e pode trazer consequ&ecirc;ncias negativas para o relacionamento. Para a psic&oacute;loga e terapeuta de casal Sandra Samaritano, de S&atilde;o Paulo (SP), sentir ci&uacute;mes &eacute; natural, principalmente no in&iacute;cio de um romance. &quot;Voc&ecirc; ainda n&atilde;o conhece direito a pessoa nem sabe a hist&oacute;ria de vida dela, pondera. Por&eacute;m, &agrave; medida que a rela&ccedil;&atilde;o vai evoluindo, a posse e a mania de controle, frutos de uma baixa autoestima, causam inseguran&ccedil;a, d&uacute;vida, medo e, sobretudo, um processo de tentar acompanhar os passos do outro a cada minuto, numa vigil&acirc;ncia nociva e, em alguns casos, abusiva.&rdquo;</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Quando o ci&uacute;me passa a ser doentio, h&aacute; uma cren&ccedil;a dolorosa de que se &eacute; v&iacute;tima de uma trai&ccedil;&atilde;o. A pessoa ciumenta come&ccedil;a a criar e at&eacute; a acreditar que est&aacute; sendo tra&iacute;da com outras pessoas. Muitas vezes perde a no&ccedil;&atilde;o dos seus atos e tamb&eacute;m das consequ&ecirc;ncias dos mesmos.</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; A pessoa adoecida pelo ci&uacute;me patol&oacute;gico torna-se obcecada pelo parceiro. Ela come&ccedil;a a viver para o outro, esperando que ele tamb&eacute;m viva por ela e espera que a pessoa d&ecirc; significado &agrave; sua pr&oacute;pria vida. O &ldquo;zelo&rdquo; de cuidar do outro come&ccedil;a a ficar de forma descontrolada, obsessiva e a pessoa acaba por abandonar o seu desenvolvimento e a sua realiza&ccedil;&atilde;o pessoal e come&ccedil;a a viver em fun&ccedil;&atilde;o do outro e para o outro.</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Se existe uma dosagem ideal de ci&uacute;me, esta vai variar de casal para casal, mas, via de regra, n&atilde;o extrapola os limites pessoais nem faz com que os envolvidos se sintam &quot;presos&quot; a uma rela&ccedil;&atilde;o que deveria proporcionar apenas alegria, prazer e companheirismo.</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; &Eacute; muito complicado e desgastante manter um relacionamento com algu&eacute;m controlador e manipulador, quando a pessoa se sente culpada e incapaz por n&atilde;o aceitar o &ldquo;amor&rdquo; recebido. Dessa forma,o ci&uacute;me torna-se uma doen&ccedil;a, quando o parceiro deixa de ser uma pessoa e passa ser uma propriedade, um objeto de posse que deve ser defendido a qualquer custo.</span></p> <p style="text-align: justify;"> <span style="font-size:16px;">&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; A pessoa doente pelo ci&uacute;me come&ccedil;a a agir de forma compulsiva, invadindo a privacidade do outro, abrindo correspond&ecirc;ncias, mexendo nos bolsos, no celular, nas redes sociais, fazendo um perfil falso para tentar &ldquo;cavar&rdquo; provas de infidelidade e muitas outras atitudes extremas.&nbsp; E a&iacute; vem a pergunta: qual a fronteira entre cuidado e controle? At&eacute; que ponto esse sentimento de ci&uacute;mes pode ser considerado saud&aacute;vel? Esses limites devem ser definidos na pr&oacute;pria rela&ccedil;&atilde;o, atrav&eacute;s do dialogo franco e aberto. Vale ressaltar que um dos pilares de um relacionamento saud&aacute;vel &eacute; a confian&ccedil;a entre os parceiros e que se for quebrada ou questionada &eacute; um terreno f&eacute;rtil para d&uacute;vidas, inseguran&ccedil;as e ci&uacute;mes venenosos.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Procure conversar sobre o assunto com o seu parceiro ou parceira, diga como se sente para que juntos tentem as alternativas que permitam que o verdadeiro amor, que &eacute; baseado na confian&ccedil;a e na cumplicidade, possa florescer entre voc&ecirc;s.&nbsp;<strong>Lembrando que</strong>, o alto &iacute;ndice de crimes passionais que vemos hoje em dia est&aacute; fundamentado nesse ci&uacute;me &ldquo;envenenado&rdquo; e patol&oacute;gico.Um relacionamento saud&aacute;vel e de confian&ccedil;a &eacute; fundamental para que a rela&ccedil;&atilde;o se fortale&ccedil;a baseada no amor. Mas se perceber que a situa&ccedil;&atilde;o est&aacute; fugindo do controle e est&aacute; tomando uma propor&ccedil;&atilde;o maior do que aquela que voc&ecirc;s podem administrar sozinhos busque ajuda especializada.</span></p> <p> &nbsp;</p> <p> <strong>Definitivamente, Ci&uacute;me n&atilde;o &eacute; tempero do Amor! </strong></p> <p> <strong>Quem ama &ldquo;zela&rdquo;! </strong><strong>Pense nisso!</strong></p> <p> N&aacute;dia Guimar&atilde;es</p> <p> Sex&oacute;loga e Educadora Sexual</p>

Bom Dia Online- Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.

by Mediaplus