23/04/2019 07h00
Barragens de Bar?o de Cocais, Itabira e Rio Piracicaba permanecem na lista de 32 da Vale que est?o interditadas
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Apesar da mineradora Vale ter divulgado no dia 8 deste mês que foram emitidos laudos técnicos que atestam a estabilidade das barragens Diogo, Porteirinha e Monjolo, da mina Água Limpa, no município de Rio Piracicaba, uma relação de estruturas interditadas liberada pela própria empresa, mantinha a barragem do Diogo listada.</p>
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Segundo informações veiculadas na imprensa nacional, 32 barragens da mineradora Vale sediadas em Minas Gerais estão com as atividades interditadas. A suspensão das operações tem ocorrido tanto por decisão da Justiça como da Agência Nacional de Mineração (ANM), da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) ou da própria mineradora.</p>
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Das estruturas interditadas, três estão na Mina Córrego do Feijão, onde também ficava a barragem que se rompeu em janeiro. Além de Brumadinho, as estruturas com operações suspensas estão localizadas nas cidades mineiras de Nova Lima, Ouro Preto, Itabirito, Itabira, Barão de Cocais, Rio Piracicaba e Mariana.</p>
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Outras duas barragens localizadas em Sabará - Galego e Dique da Pilha 1 - não aparecem na relação da Vale, mas são alvo de uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) publicada no dia 9 de abril. Foi determinada, entre outras medidas, a interrupção imediata de qualquer atividade que importe elevação e incremento de risco de rompimento nessas estruturas de contenção de rejeitos.</p>
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Sobre a ausência das duas barragens na lista, a Vale informou que ainda não foi notificada da decisão e que adotará as medidas cabíveis quando tomar conhecimento de seu teor. "Importante destacar que a barragem Galego já estava inativa e possui declaração de condição de estabilidade, enquanto o Dique da Pilha 1 já foi descaracterizado", afirmou a mineradora em nota.</p>
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Segundo a empresa, ela não planeja voltar a operar em todas estruturas interditadas. Pelo menos nove delas estão em processo de descomissionamento, conforme anúncio feito cinco dias após a tragédia de Brumadinho. Além dessas nove, também está sendo descaracterizada a barragem que se rompeu. Todas elas são alteadas pelo método a montante.</p>
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Considerado menos seguro, o método de alteamento a montante está associado não apenas à ruptura em Brumadinho, mas também em Mariana, no ano de 2015, quando 19 pessoas morreram após o vazamento de rejeitos em um complexo da mineradora Samarco, joint venture da Vale e da anglo-australiana BHP Billiton. De acordo com a mineradora, o processo de descomissionamento deve ser concluído em aproximadamente 3 anos.</p>
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<strong>Evacuações</strong></p>
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Em todo o Estado, são mais de mil atingidos pelas evacuações. Além dos 271 de Brumadinho, 755 moradores de outras cidades estão fora de suas casas. O município mais afetado é Barão de Cocais, onde 456 pessoas não sabem quando poderão retornar às suas residências. Evacuações também afetam Nova Lima, Ouro Preto e Rio Preto.</p>
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O nível 2 de segurança é obrigatoriamente acionado quando a declaração de estabilidade é negada. O documento deve ser fornecido por uma empresa terceirizada contratada pela mineradora para avaliar suas estruturas. Entre os alvos das investigações em torno do rompimento da barragem em Brumadinho, estão os engenheiros da consultora alemã Tüv Süd, que forneceu à Vale a declaração de estabilidade. Desde então, diversas empresas, inclusive a própria Tüv Süd, têm anunciado a reavaliação de algumas barragens a partir de critérios mais rígidos.</p>
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Já o nível 3, representa o alerta máximo, que significa risco iminente de ruptura. Atualmente, há quatro barragens nesta situação: Forquilha I e Forquilha III, em Ouro Preto; B3/B4 em Nova Lima; e Sul Superior, em Barão de Cocais.</p>
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<strong>Alteamentos</strong></p>
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A Lei 23291, de 25/02/2019, que Institui a política estadual de segurança de barragens em seu capítulo II - Do licenciamento ambiental de barragens, diz:</p>
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Art. 12 –Fica vedada a concessão de licença ambiental para construção, instalação, ampliação ou alteamento de barragem em cujos estudos de cenários de rupturas seja identificada comunidade na zona de autossalvamento (ZAS).</p>
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Diante da nova legislação, casos como o de Rio Piracicaba, onde grande parte da cidade se encontra na ZAS, em relação à barragem do Diogo, não se pode mais falar em alteamento e sim em novas tecnologias para minerar.</p>
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<strong>A Vale</strong></p>
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O Bom Dia enviou solicitação de esclarecimentos à assessoria da Vale em Belo Horizonte, mas até o fechamento desta edição a empresa ainda não havia retornado.</p>
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<strong>Confira a lista de todas as barragens interditadas</strong></p>
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<strong>BRUMADINHO</strong></p>
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1) Barragem VI, da Mina Córrego do Feijão</p>
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2) Barragem Menezes I, da Mina Córrego do Feijão</p>
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3) Barragem Menezes II, da Mina Córrego do Feijão</p>
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<strong>NOVA LIMA</strong></p>
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4) Barragem Vargem Grande, do Complexo de Vargem Grande (em descomissionamento)</p>
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5) Dique III, do Complexo de Vargem Grande</p>
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6) Barragem Captação Trovões, do Complexo de Vargem Grande</p>
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7) Dique Taquaras, da Mina de Mar Azul</p>
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8) Barragem B3/B4, da Mina de Mar Azul (em descomissionamento)</p>
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9) Dique B, da Mina de Capitão do Mato</p>
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10) Barragem Capitão do Mato, da Mina de Capitão do Mato</p>
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11) Dique Auxiliar da Barragem 5, da Mina de Águas Claras</p>
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12) Barragem 8B, da Mina de Águas Claras (em descomissionamento)</p>
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13) Barragem Fernandinho, da Mina Águas Claras (em descomissionamento)</p>
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<strong>OURO PRETO</strong></p>
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14) Barragem Forquilha I, do Complexo de Fábrica (em descomissionamento)</p>
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15) Barragem Forquilha II, do Complexo de Fábrica (em descomissionamento)</p>
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16) Barragem Forquilha III, do Complexo de Fábrica (em descomissionamento)</p>
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17) Barragem Forquilha IV, do Complexo de Fábrica</p>
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18) Barragem Grupo, do Complexo de Fábrica (em descomissionamento)</p>
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19) Barragem Marés II, do Complexo de Fábrica</p>
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20) Barragem Doutor, da Mina de Timbopeba</p>
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21) Barragem Natividade, da Mina de Timbopeba</p>
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22) Barragem Timbopeba, da Mina de Timbopeba</p>
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<strong>ITABIRITO</strong></p>
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23) Barragem Maravilhas I, da Mina do Pico</p>
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24) Barragem Maravilhas II, da Mina do Pico</p>
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<strong>ITABIRA</strong></p>
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25) Dique Cordão Nova Vista, da Mina de Cauê</p>
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26) Dique Minervino, da Mina de Cauê</p>
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27) Dique 02, do sistema de barragens de Pontal</p>
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<strong>BARÃO DE COCAIS</strong></p>
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28) Barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco (em descomissionamento)</p>
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<strong>RIO PIRACICABA</strong></p>
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29) Barragem Diogo, da Mina Água Limpa</p>
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<strong>MARIANA</strong></p>
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30) Barragem Campo Grande, da Mina de Alegria</p>
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<strong>SABARÁ</strong></p>
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31) Barragem Galego, da Mina Córrego do Meio</p>
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32) Dique da Pilha 1, da Mina Córrego do Meio</p>
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<em>Fonte: Agência Brasil</em></p>