O Parque Estadual do Rio Doce (PERD) celebrou neste domingo (14/7) oito décadas de fundação, um marco histórico na conservação ambiental na Bacia do Rio Doce.  A celebração contou com uma programação especial ao longo do dia. Representantes dos Comitês dos Rios Doce e Piracicaba marcaram presença na solenidade.

A solenidade iniciou logo pela manhã com contação de histórias, seguida pelo lançamento  do Livro “Bichos da Mata Atlântica – A Biodiversidade do PERD”, além de feiras de artesanato.

Geraldo Magela, conselheiro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba (CBH Piracicaba), ressaltou a importância e significado do PERD para toda a região. “O PERD é uma pérola da Bacia do Piracicaba, portanto, valeu muito comemorar esses 80 anos. Espero que a gente trabalhe muito para manter e conservar essa preciosidade”, disse.

Senisi Rocha (Instituto Soledade), vice-presidente do CBH Doce, enalteceu a conexão do parque com as comunidades em seu entorno. “Um dos momentos marcantes da solenidade foram os discursos da  secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo; do ex-ministro de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, que fizeram questão dar ênfase aos trabalhos realizados pelos Comitês da Bacia do Rio Doce e cobrar um olhar territorial dos problemas da bacia”, disse.

Flamínio Guerra, secretário do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, também esteve presente na solenidade e ressaltou o papel do PERD para a conservação da biodiversidade e seus benefícios para a comunidade. “O Parque Estadual do Rio Doce, com sua singularidade, traz toda a exuberância da Mata Atlântica, uma grande variedade de espécies raras, riquezas que representam muito bem todo o nosso território”, ressaltou.

Conhecido como a amazônia mineira, o PERD é um exemplo na preservação e manutenção de florestas nativas. “É preciso ter uma sensibilidade maior por parte dos governantes atuais seja na esfera municipal, estadual ou federal em prol da manutenção da conservação do PERD”, comentou o secretário do CBH Piracicaba, Marxiley Lima Azevedo.

Gerido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), o PERD é um verdadeiro santuário de biodiversidade, com árvores centenárias.  Ao longo dos seus 36 mil hectares, o PERD tem os Rios Doce e Piracicaba como os principais corpos d’água presentes em seu território. A unidade de conservação também é um paraíso para observadores de aves, abrigando metade de todas as espécies registradas em Minas Gerais.