Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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13/11/2015 06h34

Popula??o toma C?mara pedindo seguran?a e sa?da de promotora

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<p> Mais de 500 pessoas lotaram o Plen&aacute;rio da C&acirc;mara de Vereadores de Jo&atilde;o Monlevade na tarde desta quarta-feira, 11, para exigir dos parlamentares mais a&ccedil;&otilde;es voltadas &agrave; seguran&ccedil;a e ainda a poss&iacute;vel sa&iacute;da da promotora Ana L&uacute;cia.</p> <p> O movimento foi motivado em fun&ccedil;&atilde;o aumento da criminalidade no centro comercial e pela morte do comerciante In&aacute;cio Alves Viana, 57, assassinado por dois menores de 15 e 16 anos de idade, durante um assalto dentro da loja dele no &uacute;ltimo dia 5.</p> <p> Empres&aacute;rios fecharam as lojas mais cedo e juntos dos funcion&aacute;rios e muitos estudantes participaram da manifesta&ccedil;&atilde;o.</p> <p> O presidente da Igreja Evang&eacute;lica Cristoc&ecirc;ntrica, Habra&atilde;o Lincoln Vila&ccedil;a Silva, foi quem falou pelo grupo. Ele criticou os vereadores e a todo o momento pedia solu&ccedil;&atilde;o para as quest&otilde;es. Em sua opini&atilde;o os parlamentares est&atilde;o com os olhos fechados para o problema. &ldquo;O povo est&aacute; com medo de sair &agrave;s ruas e sabe que n&atilde;o tem poder para enfrentar bandidos e o poder que eles t&ecirc;m eles delegaram aos senhores. Estamos cansados de desculpas. Queremos solu&ccedil;&otilde;es. Estamos com medo senhores. Onde devemos buscar recursos e ref&uacute;gio para a seguran&ccedil;a se n&atilde;o nesta Casa. Chega de mortes, chega de estupros, chega de roubos. Os senhores n&atilde;o t&ecirc;m o direito de fecharem os olhos e nem de ter sono tranquilo&rdquo;, esbravejou.</p> <p> Em cada frase dita ele era ovacionado pelo p&uacute;blico e foi necess&aacute;rio que o presidente da C&acirc;mara, Djalma Bastos (PSD), suspendesse a reuni&atilde;o.</p> <p> A sess&atilde;o ficou paralisada por mais de uma hora. Ap&oacute;s, os manifestantes foram para a avenida Dona Nenela, em frente ao Legislativo e com uso de microfone continuaram com pedidos de melhora para a seguran&ccedil;a da cidade. Alguns vereadores foram de encontro ao p&uacute;blico. Ficou acertada que uma reuni&atilde;o entre o Legislativo, Executivo, Ju&iacute;zes, Promotores, pol&iacute;cias Civil e Militar e comerciantes ser&aacute; realizada em data a ser agendada para tratar sobre o assunto.</p> <p> Apesar da promessa do encontro, os manifestantes n&atilde;o descartaram a realiza&ccedil;&atilde;o de novo movimento na porta da Prefeitura de Jo&atilde;o Monlevade e no F&oacute;rum da cidade.</p> <p> <strong>Sa&iacute;da da promotora </strong></p> <p> Os manifestantes empunharam cartazes e faixas exigindo mais seguran&ccedil;a e ainda com frases de ordem com pedido de sa&iacute;da da promotora Ana L&uacute;cia D`Agosto, que segundo eles, estaria instaurando inqu&eacute;ritos contra policiais baseados em den&uacute;ncias de presos. As investiga&ccedil;&otilde;es seriam por causa de supostas agress&otilde;es aos detidos. Os manifestantes alegam ainda que os policiais est&atilde;o se sentindo coagidos e intimidados com a a&ccedil;&atilde;o da promotora e temem perder at&eacute; mesmo o emprego, e por isso muitos est&atilde;o desmotivados.</p> <p> <strong>Reforma delegacia </strong></p> <p> O procurador jur&iacute;dico do Executivo, Teotino Damasceno Filho, falou que a administra&ccedil;&atilde;o municipal, assim como os poderes constitu&iacute;dos da cidade tiveram v&aacute;rias reuni&otilde;es nessa semana para discutirem sobre a quest&atilde;o. O procurador destacou ainda que a Prefeitura vai custear despesas de reformas da sede da Delegacia de Pol&iacute;cia Civil, onde ser&atilde;o criadas celas especiais para que menores possam ser acautelados para aguardar vagas em centros de ressocializa&ccedil;&atilde;o.</p> <p> <strong>Vereadores se defendem </strong></p> <p> O presidente da C&acirc;mara, vereador Djalma Augusto Gomes Bastos (PSD), disse que o assunto precisa ser bem discutido. &ldquo;Eu sempre falei que na hora que o povo se une, se torna mais forte. &Eacute; preciso denunciar. Estamos juntos sim, a C&acirc;mara Municipal n&atilde;o est&aacute; de forma alguma omissa &agrave; situa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, pontuou o parlamentar e concluiu dizendo que &ldquo;seria interessante tivessem ido, pelo menos meia hora, ao F&oacute;rum antes de virem pra C&acirc;mara&rdquo;.</p> <p> Belmar Diniz (PT) lembrou de v&aacute;rias a&ccedil;&otilde;es discutidas durante o f&oacute;rum sobre seguran&ccedil;a p&uacute;blica realizado pela C&acirc;mara h&aacute; mais de um ano e citou v&aacute;rias medidas apresentadas na &eacute;poca pela Pol&iacute;cia Militar e Pol&iacute;cia Civil, mas muitas delas, segundo ele, n&atilde;o foram colocadas em pr&aacute;tica. &rdquo;Porque que todas essas a&ccedil;&otilde;es apresentadas n&atilde;o foram implantadas? Falta de apoio do poder p&uacute;blico, do Estado? Algu&eacute;m tem que explicar isso. Estamos trabalhando sim, estamos preocupados&rdquo;, disse.</p> <p> Vanderlei Miranda (PR) disse &ldquo;que com certeza o pastor n&atilde;o falou em nome dos comerciantes. Cidad&atilde;o veio aqui apontou dedos para os vereadores e parecia que nem conhecia a C&acirc;mara, e muito menos o trabalho desta Casa. H&aacute; quanto tempo estamos discutindo seguran&ccedil;a p&uacute;blica aqui? Nunca tivemos o privil&eacute;gio de receber aqui o Minist&eacute;rio P&uacute;blico, que s&oacute; veio aqui neste ano. Muito se fala nos direitos da crian&ccedil;a e do adolescente, mas n&atilde;o dos deveres&rdquo;, disse.</p> <p> &ldquo;Todo tempo ele (pastor) jogou a responsabilidade sobre a Casa, que n&atilde;o trabalha que n&atilde;o faz nada. O tempo todo dediquei meu trabalho &agrave; popula&ccedil;&atilde;o e a responsabilidade &eacute; de todos. O Governo do Estado cortou mais de 70% dos recursos na &aacute;rea de seguran&ccedil;a p&uacute;blica&rdquo;, lembrou Sinval Dias (PSDB).</p> <p> &ldquo;A C&acirc;mara Municipal n&atilde;o tem poder para contratar mais policiais militares ou civis, mas tem o poder de cobrar do Governo Estadual mais melhorias para o nosso munic&iacute;pio, e principalmente em se tratando de seguran&ccedil;a p&uacute;blica&rdquo;, disse Thiago Tit&oacute; (PMDB).</p> <p> &ldquo;Dias antes da morte do In&aacute;cio estive em uma reuni&atilde;o na Pol&iacute;cia Militar e ouvi de alguns policiais a dificuldade em prender e a facilidade em soltar, e infelizmente &eacute; assim. Mas n&atilde;o podemos desistir&rdquo;, disse Leles Pontes (PRB).</p> <p> Guilherme Nasser (PSDB) disse que a manifesta&ccedil;&atilde;o foi marcante. &ldquo;N&atilde;o d&aacute; mais presenciar comerciantes trabalhando fechando atr&aacute;s das grades e esses infratores soltos pelas ruas. N&atilde;o d&aacute; mais pra aceitar prender um menor nove vezes e esperar ele matar algu&eacute;m para conseguir vaga pra internar. Estamos empenhados e n&atilde;o vamos desistir da nossa cidade. O pastor que usou da palavra criticou muito a C&acirc;mara como se fosse culpada da criminalidade que est&aacute; ai. Fizemos v&aacute;rias audi&ecirc;ncias, f&oacute;runs e o projeto de monitoramento por c&acirc;meras est&atilde;o caminhando. Conversei com o deputado Tito Torres e este m&ecirc;s ainda vamos ter uma audi&ecirc;ncia aqui sobre seguran&ccedil;a p&uacute;blica e pe&ccedil;o que todos que vieram aqui hoje, venham para a audi&ecirc;ncia. Foram cortados mais de 84% dos recursos da seguran&ccedil;a p&uacute;blica pelo governo. N&oacute;s vimos que a indigna&ccedil;&atilde;o do povo &eacute; com a promotoria e contra as Leis&rdquo;, lembrou o vereador.</p> <p> Teles de Assis Guimar&atilde;es (PP) comentou sobre as faixas e cartazes pedindo a sa&iacute;da da Promotora Ana L&uacute;cia. &ldquo;H&aacute; um probleminha entre judici&aacute;rio e a Pol&iacute;cia Militar que a gente precisa ver isso direitinho o que est&aacute; acontecendo, porque a gente n&atilde;o sente a pol&iacute;cia na rua. Alguma coisa est&aacute; acontecendo. S&oacute; colocar pol&iacute;cia na rua n&atilde;o vai resolver, porque a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; mais complexa. Esses que criticam a C&acirc;mara eu convido para vir conhecer mais a Casa, porque o caso &eacute; mais para &acirc;mbito federal e com certeza ele (pastor) nunca esteve aqui. Ent&atilde;o cobrar s&oacute;, &eacute; f&aacute;cil&rdquo;, disse o parlamentar.</p> <p align="right"> <em>Com informa&ccedil;&otilde;es Bell Silva / K&aacute;tia Passos / O Popular</em></p>

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