29/07/2014 10h52
Obras na BR-381 j? turbinam economia de cidades
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A expectativa de que até R$ 12 bilhões em negócios sejam gerados em função da duplicação da BR-381 Norte já começa a se tornar realidade para empresários de algumas cidades ao longo da rodovia que corta o Leste de Minas. Pelo menos 20 empresas locais já fecharam contratos com as empreiteiras que iniciaram, em março, as obras dos primeiros lotes.</p>
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No total são 303 quilômetros de rodovia duplicada, divididos em 11 lotes e oito trechos. Já foram iniciadas as obras nos lotes 1, 2 , 3.2 e 7. Hoje, uma das principais contratantes é a J.Dantas, empreiteira responsável pelo lote 3.2, no qual serão construídos dois túneis.</p>
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O canteiro de obras começou a ser montado em novembro do ano passado, e as obras tiveram início em março. Nesse período, de acordo com o gerente geral da obra, Francisco Fonseca, pelo menos R$ 5 milhões foram gastos com insumos e serviços locais. “Estamos aproveitando a mão de obra local. Dos 350 funcionários que temos, cerca de 60% é da região. Além disso, servimos 700 refeições por dia, mais o café da manhã. Estamos alugando máquinas na região, alugamos oito casas em Antônio Dias e um sítio para abrigar 200 pessoas. Também compramos serviços locais de telefonia, de tecnologia da informação e de segurança patrimonial”, explica.</p>
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Mas, como a construção demanda alguns materiais muito específicos, Francisco afirma que nem tudo pode ser adquirido na região. “Trabalhamos com um cimento de alta resistência, assim como uma fibra de aço que não encontramos por aqui. São coisas que poucos fornecedores têm. Mas estamos comprando dentro de Minas Gerais. Já a brita e a areia estamos buscando num raio de até 50 quilômetros”, afirma.</p>
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De acordo com o consultor da Fiemg para o projeto Nova 381, Cláudio Veras, em média, as empreiteiras levam para os canteiros de obras 30% de sua mão de obra, e o restante é contratado no local. A previsão é a de que, no total, sejam gerados 5.700 empregos com a duplicação.</p>
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<strong>Plano master</strong></p>
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O projeto “Nova 381”, encabeçado pela Fiemg, prevê que, nos próximos quatro anos de intervenções, a realidade econômica dos municípios que margeiam a rodovia se transforme completamente, e que os benefícios econômicos não cessem após o término da duplicação.</p>
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“Vamos traçar um plano de desenvolvimento para a região até 2020. Devemos concluí-lo até dezembro próximo. Estamos chamando os prefeitos para que criem condições para que tenhamos esse desenvolvimento, e já contamos com a adesão dos principais candidatos ao governo estadual e federal”, disse o presidente da regional da Fiemg no Vale do Aço e coordenador do movimento Nova 381, Luciano José de Araújo.</p>
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<strong>Obra movimenta economia da pequena Antônio Dias</strong></p>
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Em Antônio Dias, pequena cidade do Vale do Aço, com pouco mais de 9 mil habitantes, a duplicação da BR-381 já é sinônimo de desenvolvimento. As obras começaram na cidade, onde pistas e túneis estão sendo abertos.</p>
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A grande oferta de trabalho e a chegada de técnicos e engenheiros de fora aqueceu o comércio, que por sua vez passou também a contratar.</p>