Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal de João Monlevade, realizada nesta quarta-feira, 08, o vice-diretor da Escola Municipal Governador Israel Pinheiro (EMIP), Marco Aurélio de Paula, fez uso da Tribuna Popular para apresentar um documento elaborado por professores e funcionários da instituição. No texto, a comunidade escolar expressa preocupações diante de manifestações públicas recentes de vereadores, relacionadas a casos de assédio no ambiente escolar.
Em resposta à manifestação, o presidente da Casa, vereador Fernando Linhares, reafirmou o compromisso da Câmara com a apuração responsável dos fatos e com a proteção das crianças, adolescentes e profissionais envolvidos. "A Câmara Municipal está agindo de forma imparcial. Não buscamos disputa política, nem favorecimentos. Nosso dever é ser porta-voz da população, especialmente daqueles que, muitas vezes, não têm voz ou acesso direto aos canais institucionais", destacou o presidente.
Fernando Linhares ressaltou a gravidade das denúncias envolvendo supostos casos de assédio no ambiente escolar e reforçou que todas as ações da Casa estão pautadas na responsabilidade, ética e respeito ao Estado Democrático de Direito. “Estamos tratando de um dos crimes mais graves do nosso ordenamento jurídico. Se for confirmado, precisa ser punido com o máximo rigor. Mas também precisamos garantir o contraditório e a ampla defesa, como determina a lei”, completou.
O presidente também pontuou a necessidade de diálogo entre os poderes e criticou a falta de comunicação prévia da Secretaria de Educação com o Legislativo. “Infelizmente, o que chegou até nós é que houve um pedido de silêncio sobre o caso. Isso é grave e precisa ser esclarecido. Não podemos permitir que a omissão comprometa a segurança e o bem-estar da comunidade escolar”, afirmou.
Ao final, Fernando Linhares agradeceu a presença do vice-diretor Marco Aurélio e colocou-se à disposição da EMIP, da Secretaria de Educação e da sociedade para colaborar com o que for necessário na condução das investigações. “Portas abertas, gabinetes abertos, braços abertos para acolher, ouvir e agir. O que está em jogo aqui é a segurança de nossas crianças e a credibilidade das nossas instituições”, concluiu.