Há proveitos ...
O assunto até já está fora de pauta, mas resolvi comentar assim mesmo. Assisti a Audiência Pública sobre Cultura na Câmara dos Vereadores de João Monlevade.
Entre tapas e beijos, creio que foi positiva. Alguns artistas tiveram oportunidade de dizer o pensam, expor suas contrariedades. Creio que o fato da atual secretária não ter ido foi até positivo. Deixou o pessoal a vontade pra falar tudo que pensavam. Penso que, por mais que haja um excesso aqui e ali, há proveitos.
A casa de cultura foi bem representada pelo Robert Binho, que fez a defesa da instituição com coragem e propriedade. Não vou ficar fazendo juízo de valor sobre quem tem razão, quem está certo. É claro que havia um forte componente político-partidário presente. Mas faz parte da democracia. Creio que para a Nadja e equipe, tem ali uma série de falas, que vão analisar com calma e tirar proveito, fazer um ajuste aqui, outro ali e ignorar o que for descabido.
Eu a considero ótima secretária, faz um trabalho de estruturação que aparece pouco. Fez e faz belos eventos. Trabalha muito. Apesar das reclamações, creio que se fizerem uma pesquisa, talvez seja uma das áreas mais bem avaliadas do governo.
Mas entre as falas, achei muito pertinente o que foi dito pela produtora cultural e artesã Elaine Andrade da Solidariarte. Ela lembrou ao pessoal que cultura vai além da música. Por que praticamente só haviam músicos presentes reclamando. Elaine é das artes plásticas e defendeu a classe. E também fez um mea-culpa interessante, dizendo que durante algum tempo, tinha aversão a muita regulamentação, a preenchimentos de formulários, documentos. Mas depois que se aprofundou no assunto, percebeu que os cadastros e a regulamentação protegem o artista, lhe dão oficialidade e representatividade. Ai eu até percebi algo: também sou assim. Também tenho uma preguiça danada com burocracia, formulários e regulamentos.
Faço mea-culpa e vou dar um jeito de me cadastrar nas prefeituras (Alvinópolis também vai ter um esforço nesse sentido). Quero ver se volto a fazer umas apresentações, afinal de contas, sou um muzgo véio. Mas véi também é gente né?
Marcos Martino.