Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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14/06/2024 05h09

A FESTA DA DEMOCRACIA

E vai rolar a festa...

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Tá chegando a temporada política e a temperatura a partir de agora só vai subir. As redes sociais vão ficar turbinadas, quentes, vivas. Vem ai os comícios, bandeiras nas ruas, cores e o humor dos candidatos sem noção. Diversão garantida. Os Brasileiros estão mais politizados do que nunca e acho importante que as pessoas debatam suas questões. Por mais que a democracia seja lenta, sua plena evolução depende de uma paciência que extrapola o tempo de vida de uma pessoa comum. Os municípios, os estados, os países oscilam entre direita, esquerda, centro, ditaduras, monarquias, alguns evoluem, outros retroagem. Um passo pra frente e dois pra trás. Há municípios que dão saltos para o futuro, como Rio Piracicaba, cuja evolução é flagrante. Há outros que andam pra trás, por décadas de maus prefeitos. Culpa do povo que vota mal. Pra muita gente, a política é o esgoto do esgoto da humanidade. Eu não penso assim. Acho que é a política é vital E convenhamos: esgoto é uma coisa importante. Não falamos tanto em saneamento? Se queremos sanear, devemos votar direito. Se não votamos, temos culpa no cartório. Mas aí o sujeito pensa: eu não tenho culpa do que está aí. Eu não votei nesse candidato. Fazer o que? A política retrata o desejo da maioria. Não tá bom? Troca. Tá legal? Deixa! Embora que já vi político com grande aprovação de governo perder para um azarão. Por isso, quem aposta no “já ganhou” e acredita em pesquisa antecipada, quase sempre se lasca. O eleitorado não tem muita lógica pra votar. O voto costuma ser emocional. Tem gente que pensa assim: se é emocional não é racional. Mas como assim? Será que tem alguma coisa mais racional que a emoção? Não estamos num planeta de Vulcanos, como no seriado Jornada nas Estrelas, onde o Dr Spock tenta ser racional o tempo inteiro. Somos terráqueos, 80% de emoção e 10% de razão. O resto é preguiça. Por isso, campanhas muito certinhas, que se pautam no possível, sérias e honestas, que não vendem esperança, são quase sempre fadadas ao insucesso. As pessoas tem sonhos, a coletividade também. Se o candidato não estiver sintonizado com esses sonhos, se não sonhar junto, fica muito difícil vencer. Vejo alguns candidatos de primeira viagem, que entram com discursos do tipo: eu vou entrar mas não vou fazer igual o que os velhos políticos vem fazendo. Não vou gastar dinheiro na minha campanha, não vou prometer nada pra ninguém, não vou abraçar ninguém nem sair atrás das pessoas abraçando e dando tapinhas nas costas. E não vou juntar com pessoas de reputação duvidosa. Tudo bem. É democrático, todos tem direito de fazer política do seu jeito e de lutar segundo suas estratégias. Mas nunca vi políticos que excluem se darem bem. Vencem aqueles que agregam. Os excluídos vão engrossar as fileiras do adversário. Aquele político que vai pro corpo-a-corpo, que toca as pessoas, abraça, sorri, aperta mãos, beija crianças e cumprimenta a todos vai levar vantagem. As pessoas gostam de serem tocadas, acarinhadas, do olho-no-olho.Se não tocar os corações das pessoas, será muito difícil conseguir êxito. Tem políticos que vencem por que continuam agindo como pessoas comuns, são simples, espontâneas. Não tem formação, mal sabem escrever os nomes. Sabem fingir de bobos, de ingênuos, gostam do que é popular e o povo vota por espelhamento. As pessoas votam em si próprias. Se são religiosas, valorizam a pátria, a família, os costumes, vão votar em candidatos conservadores. Se gostarem das pautas ambientais, sociais, culturais, vão votar nos progressistas. Mas o primeiro critério é das vantagens pra si e para a família. As pessoas votam em si próprias. Mas há muitos fatores determinantes numa vitória que passam despercebidas. Por exemplo, tem a figura do que vou chamar de alfaiate político, aquele sujeito que nunca se candidata, mas tem o dom de agregar, de costurar almas em torno do projeto. Vão seduzindo e agregando pessoas, seja com o próprio poder de sedução, seja com dinheiro mesmo. Tem o faro de atrair os bons cabos eleitorais, partidos, candidatos a vereadores e costuram uma colcha de retalhos. Conseguem juntar pessoas de orientações políticas diferentes por objetivos comuns e constroem grupos fortes. E tem os estrategistas, os marketeiros, espécies de maestros que comandam as orquestras. E tem o eleitor, tem você, cidadão. Vc não pode fazer nada com relação aos votos dos outros, mas pode caprichar no seu. Pode trocar seu voto por um cargo, por uma pinga, por material de construção, por uma nota de 100...ou pode votar com consciência, pode ser que surjam candidatos realmente bons que mereçam o seu voto e levem a cidade e seu povo à frente. A escolha é sua e da sua consciência.

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