Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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03/02/2023 12h14

O MAIOR EVENTO DE TODOS OS TEMPOS EM MONLEVADE

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<div id="/uploads/imagem_arquivo/318267_showroberto.png" style="float:left; margin-top:10px; margin-bottom:5px; width:645px;"> <div style="float:left; background:#EEEEEE; width:645px;"> <div style="padding:10px; float:left; font-size:11px; color:#333; line-height:15px;"> <img alt="z" class="3" height="457.578534031" name="318267_showroberto.png" src="/uploads/imagem_arquivo/318267_showroberto.png" style="background-color: rgb(255, 255, 255); color: rgb(34, 34, 34); font-size: 12px; float: left;" title="z" width="645" /></div> </div> </div> <p style="text-align: justify;"> Houve um tempo em que grandes redes de TV promoviam grandes festivais de m&uacute;sica. Os Festivais da TV Record talvez tenha sido os mais importantes,&nbsp; revelando artistas como Milton Nascimento, Chico Buarque, Gil, Vandr&eacute;, entre outros. As rede GLOBO e Tupi tamb&eacute;m faziam seus FESTIVAIS, revelando artistas como OSVALDO MONTENEGRO, Guilherme Arantes, Tet&ecirc; Esp&iacute;ndola, entre outros.</p> <p style="text-align: justify;"> Pois em 1974 aconteceu em Jo&atilde;o Monlevade um festival que marcou &eacute;poca e influenciou todas as cidades em derredor. Provavelmente, o maior festival de m&uacute;sica que j&aacute; aconteceu em Minas, pelos artistas que participaram e estrutura.</p> <p style="text-align: justify;"> Pe&ccedil;o licen&ccedil;a &agrave; fot&oacute;grafa monlevadense Lut&eacute;cia Mafra para pegar emprestado parte de um texto e foto que ela publicou e que nos d&aacute; uma no&ccedil;&atilde;o do que &eacute; esse evento.</p> <p style="text-align: justify;"> &quot; O festival da M&uacute;sica Popular foi apresentado por Vera Fischer, considerada uma das mulheres mais lindas do mundo &agrave; &eacute;poca.&nbsp; Foi um luxo, com shows de Jair Rodrigues na abertura e o Rei Roberto Carlos no de encerramento. Teve ainda Elke Maravilha e o maestro Erlon Chaves no juri. Facilitou o fato do empres&aacute;rio do Roberto Carlos em Minas ser o produtor Jo&atilde;o Bosco Pascoal, um sujeito muito bem relacionado e com moral em &acirc;mbito nacional&quot;.</p> <p style="text-align: justify;"> H&aacute; de se registrar que foi um momento muito especial em que a cidade vivia uma fase realmente iluminista, com muitas pessoas incr&iacute;veis trabalhando conjuntamente. Me lembro muito de Wilson Vacari ( tivemos oportunidade de conhece-lo num festival que vencemos no Gr&ecirc;mio e ele era muito, mais muito entusiasmado). Tinha ainda professor Guido, fant&aacute;stico. E o prefeito tamb&eacute;m da &eacute;poca tamb&eacute;m n&atilde;o mediu for&ccedil;as para gl&oacute;ria da jovem cidade.&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> O FESTIA&Ccedil;O aconteceu como parte das comemora&ccedil;&otilde;es dos&nbsp; 10 anos de emancipa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tico-administrativa de Monlevade. Houve uma s&eacute;rie de atividades, por v&aacute;rios dias e o festival de m&uacute;sica foi uma vitrine para os compositores, atraindo gente como&nbsp; Marcus Viana (da m&uacute;sica de abertura do Terra de Minas, Pantanal), que participou com a m&uacute;sica &quot;Cren&ccedil;a&quot;. Dentre os participantes de Monlevade, destaco&nbsp; o meu amigo Edimar Martins, o saudoso, querido amigo e excelente compositor Weber Costa (filho de Dil&oacute;), o tamb&eacute;m saudoso Severino Miguel, o maestro Luciano (Clemente Mendes) Lima, Wagner Costa, Ad&atilde;o Alves (que depois chegou a gravar um Compacto Simples pela Bemol, com o nome art&iacute;stico de Adonis Alves). E ainda tinha os participantes de outras cidades, que viravam amigos, como o Viola, de Raul Soares e muitos outros que n&atilde;o est&atilde;o nessa lista&quot;.</p> <p style="text-align: justify;"> Pois &eacute;! E teve gente da minha Alvin&oacute;polis tamb&eacute;m: Antonio de P&aacute;dua Vieira, conhecido como Neguinho e Frankinho,&nbsp; dois integrantes do famoso&nbsp; conjunto &quot;os Morcegos&quot;.</p> <p style="text-align: justify;"> Esse festival mexeu com toda a regi&atilde;o. Depois disso, Alvin&oacute;polis passou a fazer seu festival que ficou famoso e durou por quase 40 anos. Em nossa regi&atilde;o t&iacute;nhamos Festivais no Prata, Dion&iacute;sio, Santa B&aacute;rbara, Bar&atilde;o de Cocais, Bela Vista de Minas, Nova Era, Itabira, Alvin&oacute;polis, Dom Silv&eacute;rio, Ponte Nova, S&atilde;o Pedro dos Ferros, Raul Soares, Rio Casca, Santo Ant&ocirc;nio do Grama, Ouro Preto.</p> <p style="text-align: justify;"> Os festivais foram eventos importantes por anos. Em Alvin&oacute;polis era o mais importante. Mas em dado momento os festivais foram sendo preteridos. Como dependiam das prefeituras para custear as despesas, foi perdendo espa&ccedil;o quando houve uma clara op&ccedil;&atilde;o por eventos mais populares, que agradassem mais ao pov&atilde;o e gerassem votos. As prefeituras passaram a investir nas festas agropecu&aacute;rias e cavalgadas.&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> Recentemente o assunto festivais voltou a entrar na pauta. Eu venho escrevendo e batendo na tecla, sugerindo que nossos prefeitos e secret&aacute;rios culturais voltem a fazer festivais. S&atilde;o eventos relativamente baratos que incentivam demais a criatividade, o talento da nossa gente.</p> <p style="text-align: justify;"> Eu tenho sempre insistido que os festivais s&atilde;o mais que entretenimento. S&atilde;o escolas tamb&eacute;m, oportunidades de crescimento. Quem quer ser competitivo precisa ter um texto perfeito, afina&ccedil;&atilde;o, bom arranjo. poesia, sen&atilde;o n&atilde;o passa pelo crivo do juri e n&atilde;o consegue bons pr&ecirc;mios. Num festival, n&atilde;o cabem erros grosseiros de portugu&ecirc;s como vemos na pobre m&uacute;sica popular de hoje em dia</p> <p style="text-align: justify;"> Insisto&nbsp; que FESTIVAL n&atilde;o deve ser confundido com&nbsp; festa. Pode at&eacute; ter festas tamb&eacute;m, shows pro pessoal dan&ccedil;ar, namorar, enfim. Mas a fun&ccedil;&atilde;o primordial do festival &eacute; ser vitrine para as can&ccedil;&otilde;es, para a poesia, para a criatividade. Ouvir m&uacute;sicas in&eacute;ditas exige paci&ecirc;ncia por parte do p&uacute;blico e paci&ecirc;ncia hoje em dia &eacute; moeda rara. Desde sempre nos sentimos mais confort&aacute;veis quando ouvimos&nbsp; m&uacute;sicas conhecidas e ficamos incomodados com as in&eacute;ditas, autorais. Mas tudo bem. D&aacute; pra equilibrar&nbsp; cultura e entretenimento, autorais e covers.&nbsp; Nos primeiros festivais de alvin&oacute;polis,havia uma coisa que funcionava muito bem: depois dos festivais sempre&nbsp; tinha bailes dan&ccedil;antes, onde os p&eacute;s&nbsp; de valsa podiam brilhar.</p> <p style="text-align: justify;"> Portanto,meu amigo. Se vc &eacute; prefeito ou secret&aacute;rio de cultura, presidente de funda&ccedil;&atilde;o ou mesmo produtor cultural, se vc comp&otilde;e, se sempre foi doido pra colocar a sua m&uacute;sica na roda, se interpreta bem, toca algum instrumento, nada melhor que os festivais de m&uacute;sica, pra lapidar talentos e fazer cultura de verdade.</p> <p style="text-align: justify;"> Esse Glorioso Festival de 1974 foi uma prova de d&aacute; pra fazer eventos com shows memor&aacute;reis de artistas consagrados e o brilho amador da m&uacute;sica autoral, provando que a cultura tem mais a oferecer que peitos, bundas, cerveja e sofr&ecirc;ncia.</p>

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