Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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19/01/2021 08h26

Minas Gerais inicia a maior opera??o de vacina??o da sua hist?ria

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<p style="text-align: justify;"> <em>T&eacute;cnica de enfermagem do Hospital Eduardo de Menezes &eacute; a primeira vacinada contra a covid no Estado; imuniza&ccedil;&atilde;o chegar&aacute; a 853 munic&iacute;pios</em></p> <p style="text-align: justify;"> O&nbsp;<a href="http://www.mg.gov.br/" rel="noreferrer" target="_blank">Governo de Minas Gerais</a>&nbsp;iniciou nesta segunda-feira (18/1) a maior opera&ccedil;&atilde;o de vacina&ccedil;&atilde;o de sua hist&oacute;ria. A primeira imunizada contra a covid-19 &eacute; a t&eacute;cnica de enfermagem Maria Bom Sucesso Pereira, de 57 anos, que h&aacute; mais de uma d&eacute;cada atua no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Eduardo de Menezes, na capital mineira. A institui&ccedil;&atilde;o estadual &eacute; refer&ecirc;ncia no tratamento da doen&ccedil;a em Belo Horizonte e Minas.</p> <p style="text-align: justify;"> Al&eacute;m dela, outros quatro integrantes do grupo priorit&aacute;rio definido pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e que atuam na linha de frente de combate &agrave; doen&ccedil;a no Estado tamb&eacute;m foram vacinados em ato simb&oacute;lico com a presen&ccedil;a do governador Romeu Zema. A cerim&ocirc;nia foi realizada logo ap&oacute;s a chegada do primeiro lote de imunizantes ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.</p> <p style="text-align: justify;"> O governador Romeu Zema falou sobre a maior opera&ccedil;&atilde;o do Estado para vacina&ccedil;&atilde;o e enalteceu os profissionais de sa&uacute;de para salvar vidas.</p> <p style="text-align: justify;"> &quot;&Eacute; bem prov&aacute;vel que amanh&atilde; todo o estado j&aacute; tenha &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o essas vacinas. Eu fico muito honrado de estar aqui participando deste momento com cinco profissionais do nosso Hospital Eduardo de Menezes&nbsp;que, desde mar&ccedil;o do ano passado, atende exclusivamente pacientes com covid-19, unidade em que os funcion&aacute;rios, mais que quaisquer outros, foram expostos. Lembrando que os profissionais de sa&uacute;de, nove, dez meses depois da pandemia, est&atilde;o em um processo de exaust&atilde;o, como todos n&oacute;s, mas eles muito mais. Se n&oacute;s tivemos trabalho extra, diria que a carga dos profissionais de sa&uacute;de foi muito maior. Quero de cora&ccedil;&atilde;o agradecer, em nome dos cinco funcion&aacute;rios que est&atilde;o aqui, a todos aqueles que trabalham na &aacute;rea de sa&uacute;de, principalmente na rede do estado&quot;, disse Zema.<br /> <br /> <strong>Imunizados</strong><br /> &nbsp;<br /> Com a pandemia, Maria Bom Sucesso Pereira, a Cec&eacute;, respons&aacute;vel por preparar o leito para receber o paciente, ficou conhecida por tentar transformar a impessoalidade de uma cama de hospital em um ambiente mais acolhedor. &quot;O atendimento para mim tem que ser humanizado&quot;, ressalta. &quot;&Eacute; a maneira que eu gostaria de ser recebida em um CTI. Onde todo mundo tem medo de ir, temos que passar carinho&quot;, acrescenta.<br /> <br /> Ap&oacute;s receber a dose da vacina, ela&nbsp;fez um apelo &agrave; popula&ccedil;&atilde;o:&nbsp;&quot;Nesta hora, neste momento, est&aacute; chegando a vacina, a nossa luz no fim do t&uacute;nel. Ent&atilde;o, pe&ccedil;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, vacinem, mas, por favor, tomem cuidado. N&atilde;o deixem de usar a m&aacute;scara, &aacute;lcool em gel e lavar as m&atilde;os. Isso ainda vai viver conosco por algum tempo. Mas vai passar!&quot;.<br /> <br /> O segundo imunizado &eacute; o tamb&eacute;m t&eacute;cnico de enfermagem Thiago Lib&eacute;rio Santana Medina, 39 anos, que atua na mesma unidade hospitalar h&aacute; oito anos. Ele &eacute; do grupo de risco por ter doen&ccedil;as agravantes, como diabetes tipo 2, hipertens&atilde;o e obesidade e, por isso, precisou ser destacado para fun&ccedil;&otilde;es administrativas no hospital.<br /> <br /> Quem tamb&eacute;m recebeu a vacina foi a enfermeira do CTI Adileia Pereira de Jesus Cardoso, a Didi, de 52 anos, conhecida pela simpatia e querida por todos na unidade hospitalar. Mois&eacute;s Alves Senra, 39 anos, fisioterapeuta respirat&oacute;rio no CTI do Hospital Eduardo de Menezes h&aacute; dez anos, foi outro que recebeu a primeira dose.<br /> <br /> Representando os m&eacute;dicos, Teresa Gamarano Barros, de 37 anos, atua na ala intensivista e cl&iacute;nica desde 2009 no HEM. Apesar de ser do grupo de risco, por ter asma, ela esteve na coordena&ccedil;&atilde;o da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da unidade desde o primeiro dia da pandemia, sendo refer&ecirc;ncia para os colegas, pacientes e seus familiares.<br /> <br /> As doses foram aplicadas pela enfermeira Adriana Vilella &Aacute;vila de Castro, de 45 anos. Ela &eacute; profissional de carreira da&nbsp;<a href="http://www.fhemig.mg.gov.br/" rel="noreferrer" target="_blank">Funda&ccedil;&atilde;o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig)</a>&nbsp;e atua como coordenadora do Escrit&oacute;rio de Gest&atilde;o de Leitos da&nbsp;<a href="http://www.saude.mg.gov.br/" rel="noreferrer" target="_blank">Secretaria de Estado de Sa&uacute;de (SES-MG)</a>.</p> <p style="text-align: justify;"> Pertencente &agrave; rede Fhemig, conveniado &agrave; rede SUS de BH e refer&ecirc;ncia no tratamento de pacientes com doen&ccedil;as infectocontagiosas em Minas Gerais, o Hospital Eduardo de Menezes passou a dedicar-se exclusivamente ao tratamento da covid-19 com a pandemia. S&atilde;o 52 leitos de enfermaria e 30 de CTI.<br /> <br /> <strong>Lotes</strong><br /> <br /> O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de determinou o envio de 577.480 mil doses dos imunizantes produzidos pelo Instituto Butantan a Minas Gerais neste primeiro lote de vacinas, que permitir&atilde;o a imuniza&ccedil;&atilde;o de cerca de 280 mil pessoas. H&aacute; expectativa de novas remessas nas pr&oacute;ximas semanas.<br /> <br /> A partir da chegada das vacinas, o Estado deu in&iacute;cio &agrave; maior opera&ccedil;&atilde;o de distribui&ccedil;&atilde;o de imunizantes da hist&oacute;ria de Minas. A estrat&eacute;gia para que todas as&nbsp;28 Superintend&ecirc;ncias Regionais de Sa&uacute;de recebam o imunizante&nbsp;contempla 13 rotas de aeronaves (cinco avi&otilde;es e tr&ecirc;s helic&oacute;pteros) e&nbsp;duas rotas terrestres (Belo Horizonte, Divin&oacute;polis e Sete Lagoas).<br /> <br /> Ao todo, ser&atilde;o transportadas 383.102 mil doses a partir desta ter&ccedil;a-feira (19/1), &agrave;s 5h.&nbsp;Para que a vacina chegue no menor prazo poss&iacute;vel a cada uma das regionais, as For&ccedil;as de Seguran&ccedil;a (<a href="http://www.bombeiros.mg.gov.br/" rel="noreferrer" target="_blank">Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais</a>,&nbsp;<a href="http://www.policiamilitar.mg.gov.br/" rel="noreferrer" target="_blank">Policia Militar de Minas Gerais</a>&nbsp;e&nbsp;<a href="http://www.defesacivil.mg.gov.br/" rel="noreferrer" target="_blank">Defesa Civil</a>) auxiliar&atilde;o os trabalhos, com uso das aeronaves do Estado para garantir celeridade m&aacute;xima.<br /> <br /> A expectativa &eacute; a de que todas as regionais j&aacute; tenham recebido o imunizante&nbsp;depois de 24 horas, contadas a partir da&nbsp;chegada dos lotes ao estado. A proje&ccedil;&atilde;o pode ser alterada conforme as condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas.<br /> <br /> Vale lembrar que, ap&oacute;s a chegada das vacinas nas unidades regionais, caber&aacute; aos 853 munic&iacute;pios mineiros buscar as doses.<br /> <br /> Desde o in&iacute;cio do m&ecirc;s, o governador Romeu Zema tem acompanhado de perto a chegada das seringas previamente adquiridas pelo Estado &agrave;s 28 regionais de sa&uacute;de. Esse trabalho pr&eacute;vio de aquisi&ccedil;&atilde;o de R$ 50 milh&otilde;es de seringas agulhadas e de 617 c&acirc;meras frias para armazenamento dos imunizantes garantir&atilde;o o in&iacute;cio imediato da vacina&ccedil;&atilde;o em Minas Gerais. At&eacute; o momento, mais de 21 milh&otilde;es de seringas j&aacute; chegaram ao estado.<br /> <br /> <strong>Grupos priorit&aacute;rios&nbsp;</strong><br /> <br /> Seguindo o Plano Nacional de Imuniza&ccedil;&atilde;o, ser&atilde;o vacinados neste primeiro momento os trabalhadores da sa&uacute;de, entre equipes de vacina&ccedil;&atilde;o, equipes de institui&ccedil;&otilde;es de longa perman&ecirc;ncia e os envolvidos diretamente na aten&ccedil;&atilde;o/refer&ecirc;ncia para os casos suspeitos e confirmados de covid-19. Na sequ&ecirc;ncia, ser&atilde;o vacinadas pessoas idosas residentes em institui&ccedil;&otilde;es de longa perman&ecirc;ncia, seguida de pessoas com mais de 18 anos com defici&ecirc;ncia, residentes em resid&ecirc;ncias inclusivas. Por fim, a popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena vivendo em terras ind&iacute;genas.<br /> <br /> <strong>Combate &agrave; pandemia</strong><br /> <br /> Desde o in&iacute;cio da pandemia, o Governo de Minas adotou diversas a&ccedil;&otilde;es no combate &agrave; covid-19. Uma das primeiras a&ccedil;&otilde;es foi a aquisi&ccedil;&atilde;o de 1.047 respiradores, ao pre&ccedil;o m&eacute;dio mais baixo do pa&iacute;s. Isso permitiu que o Estado dobrasse de cerca de 2 mil para quase 4 mil o n&uacute;mero de leitos de UTI, muitos deles em munic&iacute;pios que nunca tinham contado com unidades de terapia intensiva.<br /> <br /> Essas foram algumas a&ccedil;&otilde;es que permitiram a Minas Gerais ser, hoje, o estado com a menor taxa de mortalidade no pa&iacute;s em raz&atilde;o da covid-19.</p> <p style="text-align: justify;"> <br /> <strong>Fotos: Alexandre Rezende / Nitro</strong></p>

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