19/06/2020 08h19
CANDEEIRO: O candeeiro de Dona Francisca continua aceso
CANDEEIRO: O candeeiro de Dona Francisca continua aceso
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O candeeiro de dona Francisca continua aceso, apesar do susto que ela nos passou dias atrás e da ameaça de seu apagar. Francisca é mais conhecida como Chiquinha e nos mostrou que nosso mundinho ainda tem saída. O acontecido com ela e seus desdobramentos nos fizeram acreditar que ainda há muitas pessoas de bem nesse planeta em conflito constante. </div>
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A Chiquinha em questão não é uma liderança social, mas, sim, uma pequena cadela Yorkshire de 12 anos, integrante da pequena matilha de minha casa. Ao aproveitar um descuido dias atrás, ela fugiu e foi roubada por um motoqueiro que a levou para a cidade de Ipatinga. Translado feito em uma caixinha de papelão, amarrada na garupa de uma motocicleta. </div>
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Após a descoberta de seu sumiço, nos dedicamos a reencontrá-la e o fato foi divulgado pelas redes sociais, também vieram as colagens de cartazes em postes e a busca incessante por informações e imagens de câmeras de segurança. Conseguimos, através de um minucioso trabalho de “investigação”, encontrá-la. E é aí que vem a constatação que demonstra o fato citado no início do texto: não teríamos chegado a lugar nenhum sem a ajuda de diversas pessoas. O que prova que ainda temos jeito. Ainda temos luz no fim do túnel. </div>
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Em tempos de tanta intolerância, disputas, debates e ataques rasos, desconfianças, medos, dúvidas, frieza e individualismo, ainda podemos ter esperança no ser humano. Foram muitos os apoios, diretos e indiretos, as palavras de fé, a ajuda vinda de amigos de longa data e também de pessoas que sequer conhecíamos, uma palavra, uma sugestão e o acompanhamento direto e fiel de alguns. A dedicação de tantas pessoas me emocionou e me deixou uma mensagem de fé na bondade do ser humano que poucas vezes tive. Tudo motivado pelo sumiço e roubo de uma cadelinha Yorkshire. Sim, roubo, pois o motoqueiro se apresentou como dono dela ao bater na casa de uma senhora no bairro de Lourdes, que a havia visto e recolhido, poucos minutos depois de sua fuga. Agradeço de coração a todos que nos ajudaram direta e indiretamente. Não citarei nomes para não ser injusto ao esquecer, por lapso de memória, de alguém que foi importante nessa trajetória. </div>
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O acontecido me fez notar o importante detalhe de que nossa vida é repleta de boas razões para acreditar que ainda devemos acreditar na bondade humana. As boas energias nos impulsionam. A mobilização diante do sumiço de uma inocente e pequena cadelinha nos mostra que a luta vale a pena. Chiquinha me mostrou que ainda tem jeito e que seu candeeiro ainda vai nos iluminar muito. </div>
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* Luiz Ernesto / Jornalista</div>