06/09/2019 08h42
Estudantes de Itabira ser?o representantes do Brasil na It?lia
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Itabira - Em um mundo marcado pelo adultocentrismo, muitas vezes a voz das crianças e jovens passam despercebidas, não sendo ouvidas com a devida credibilidade ou atenção. Dentro e fora das salas de aula, estudantes dos 7º e 8º anos do Ensino Fundamental do Colégio Municipal Professora Didi Andrade, em Itabira (MG), sentiam essa realidade e procuravam por mais oportunidades para expressar suas opiniões e denunciar práticas de bullying e preconceitos. Incomodado, o grupo de alunos se reuniu para propor formas de ampliar suas diferentes vozes na escola: era o começo do projeto “Fora da Bolha”, um dos premiados na 5ª Edição do Desafio Criativos da Escola, de 2019, iniciativa no Instituto Alana.</div>
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A primeira iniciativa foi proposta por uma aluna que buscou ajuda de sua educadora para promover uma ação contra a homofobia que observava na escola. A partir daí, o grupo se mobilizou para saber, entre os colegas, quais eram os temas que eles sentiam mais necessidade de conversar. Racismo, abuso, violência doméstica e machismo foram os principais assuntos elencados, sendo que, em muitos casos, os estudantes relataram serem vítimas dessas situações. Para tirar esses assuntos da invisibilidade e contar suas histórias, a turma planejou, com o apoio de professores e da gestão escolar, uma maneira criativa e respeitosa de divulgar essas histórias: promoveram rodas de conversa, construíram histórias a partir dos depoimentos, que foram dados de forma anônima, e interpretaram o roteiro em vídeos compartilhados em um canal de YouTube.</div>
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As primeiras exibições aconteceram em sessões exclusivas para os estudantes durante o período de aulas. Ao término, os professores estimulavam o diálogo entre os adolescentes para que eles dividissem suas impressões sobre os conteúdos. Muitos revelaram que nunca haviam pensado naqueles assuntos e se mostraram solidários com as situações retratadas. Em pouco tempo, os relatos se propagaram e o sentimento de empatia tomou conta da escola, tirando muitos jovens de suas bolhas. Além das respostas positivas dos colegas, os integrantes do “Fora da Bolha” notaram que a convivência no ambiente escolar melhorou significativamente. Como continuidade do projeto, o grupo planeja a realização de novas ações para que suas vozes sejam, de fato, ouvidas e não mais silenciadas. E, com relação aos casos mais preocupantes observados nas conversas, o grupo contou com o apoio e o encaminhamento dos professores e da gestão da escola.</div>
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De Itabira para Roma!</div>
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Agora, três estudantes e um professor orientador da iniciativa embarcam, em novembro, para Roma, na Itália, com a equipe do Criativos da Escola. Como parte da premiação deste ano, os sete grupos premiados participarão da Conferência Global “Eu Posso” (I Can) - com a presença do Papa Francisco, de artistas e demais lideranças mundiais - onde vão compartilhar suas experiências de protagonismo, empatia, criatividade e trabalho em equipe para outros 2 mil estudantes de todo o mundo. Além da imersão, o grupo ganhará também o valor de R$1.500,00 para o projeto e R$500,00 para o educador.</div>
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A novidade desta edição fica por conta da viagem de premiação ser internacional: uma imersão em Roma, na Itália, no final de novembro, irá reunir mais de 2 mil crianças e jovens de países integrantes do movimento Design for Change - do qual o Criativos da Escola faz parte.</div>
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“Os sete projetos representarão um movimento de crianças e jovens de todo o Brasil que nos apresentam a beleza e a força de soluções coletivas, inovadoras e solidárias para os desafios de seus territórios e para os problemas que mais os incomodam em suas realidades. Estamos muito felizes em divulgar estas iniciativas que irão mostrar para o mundo não só projetos incríveis, mas também a necessidade de olharmos para as questões abordadas por cada um deles e para os direitos que deveriam ser garantidos para toda a sociedade”, comemora o coordenador do Criativos da Escola, Gabriel Maia Salgado.</div>
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Sobre o Instituto Alana</div>
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O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.</div>