Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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02/08/2019 08h56

Microcontaminantes: Res?duos de medicamentos, pl?sticos e horm?nios nas ?guas de consumo preocupam cientistas

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<div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Geral - Voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar no que acontece com os medicamentos que voc&ecirc; consome? Ao tomar um rem&eacute;dio para dor de cabe&ccedil;a, por exemplo, uma parte de seu princ&iacute;pio ativo (nesse caso, a subst&acirc;ncia respons&aacute;vel pelo al&iacute;vio da dor) &eacute; utilizada para o efeito terap&ecirc;utico em nosso organismo; outra parte &eacute; metabolizada pelo corpo; e outra, eliminada inalterada pela urina ou pelas fezes. A partir da&iacute;, duas rotas diferentes podem ocorrer. Se sua casa est&aacute; conectada &agrave; rede de esgoto e sua cidade possui uma ETE, esse princ&iacute;pio ativo passar&aacute; pela esta&ccedil;&atilde;o de tratamento &ndash; na qual pode ser total ou parcialmente eliminado, a depender da subst&acirc;ncia e do tipo de tratamento implementado nas ETE &ndash; antes de desembocar em alguma fonte de &aacute;gua. Caso contr&aacute;rio, ele ser&aacute; despejado integralmente no curso d&acute;&aacute;gua mais pr&oacute;ximo.&nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Agora imagine que, al&eacute;m do seu rem&eacute;dio para dor de cabe&ccedil;a, v&atilde;o parar na &aacute;gua todos os outros rem&eacute;dios como os antibi&oacute;ticos, anti-inflamat&oacute;rios, horm&ocirc;nios naturais e consumidos pelo restante da popula&ccedil;&atilde;o e pelos animais que recebem tratamentos veterin&aacute;rios. Isso sem contar os medicamentos vencidos que s&atilde;o descartados de maneira inadequada, uma infinidade de pl&aacute;sticos descartados irregularmente e agrot&oacute;xicos sem controle que acabam contaminando rios e solo.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Preocupante</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Cientistas de todo o mundo t&ecirc;m se dedicado ao estudo dos chamados contaminantes emergentes na &aacute;gua, que s&atilde;o res&iacute;duos de pl&aacute;sticos, f&aacute;rmacos (consumidos como anticoncepcionais e analg&eacute;sico e diversos outros) e horm&ocirc;nios naturais e sint&eacute;ticos que afetam rios e lagos de todo o planeta. O termo &ldquo;microcontaminantes emergentes&rdquo; se deve ao fato de que as pesquisas na &aacute;rea s&atilde;o relativamente recentes &ndash; iniciadas no final dos anos 90 &ndash; e ainda n&atilde;o h&aacute; legisla&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica que regule a presen&ccedil;a desses compostos nos recursos h&iacute;dricos. Al&eacute;m disso, s&atilde;o denominados de microcontaminantes uma vez que s&atilde;o encontrados nos recursos h&iacute;dricos naturais na ordem de grandeza de micrograma (10-6 g) e nanograma (10-12g), mas mesmo nessas baixas concentra&ccedil;&otilde;es podem afetar a sa&uacute;de humana e de toda fauna existente na natureza (USEPA, 2010)*.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> H&aacute; inclusive alguns estudos que relacionam a presen&ccedil;a de horm&ocirc;nios femininos e outros contaminantes na &aacute;gua com a feminiza&ccedil;&atilde;o de peixes e a forma&ccedil;&atilde;o de &oacute;vulos em animais machos de pequeno porte, indicando que mesmo em pequenas quantidades, a utiliza&ccedil;&atilde;o e descarte incorreto desses compostos podem levar ao colapso de algumas esp&eacute;cies (USEPA). Outro grande problema que pode ser causado pela contamina&ccedil;&atilde;o de f&aacute;rmacos se refere ao desenvolvimento de superbact&eacute;rias resistentes a antibi&oacute;ticos.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> A resist&ecirc;ncia aos antibi&oacute;ticos surge quando os micro-organismos que causam uma infec&ccedil;&atilde;o sobrevivem &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o ao medicamento que, normalmente, deveria elimin&aacute;-los. Essas bact&eacute;rias sobreviventes ir&atilde;o crescer e se reproduzir, difundindo essa capacidade de sobreviv&ecirc;ncia aos seus descendentes. Apesar de a resist&ecirc;ncia ser um processo natural que ocorre desde que os primeiros antibi&oacute;ticos foram descobertos, o uso indiscriminado desses medicamentos, assim como o seu descarte irregular nos recursos h&iacute;dricos, pode acelerar o processo de adapta&ccedil;&atilde;o e de resist&ecirc;ncia dessas bact&eacute;rias, e as doen&ccedil;as causadas por elas, por consequ&ecirc;ncia, ficam cada vez mais dif&iacute;ceis de serem tratadas.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Bacia do</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Rio Piracicaba</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> e os micro</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> contaminantes</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> A bacia do Rio Piracicaba recebe todas as principais fontes de lan&ccedil;amento dos microcontaminantes como o esgoto sanit&aacute;rio, efluentes industriais e hospitalares, descartes de res&iacute;duos s&oacute;lidos e chorume de aterro sanit&aacute;rio.&nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> A Expedi&ccedil;&atilde;o Piracicaba, em parceria com a UNIFEI, que promoveu a coleta de material e da UFOP que est&aacute; realizando as an&aacute;lises, estar&aacute; monitorando treze micro contaminantes, sendo eles: F&aacute;rmacos: naproxeno, diclofenaco, ibuprofeno, paracetamol e gemfibrozila; Plastificantes: bisfenol-a; 4-nonilfenol e 4 octilfenol; Horm&ocirc;nios naturais: estradiol; Metab&oacute;licos de f&aacute;rmacos: estrona e estradiol; Marcador de contamina&ccedil;&atilde;o antropog&ecirc;nica: cafe&iacute;na.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Resultados</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> da Expedi&ccedil;&atilde;o</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Com a realiza&ccedil;&atilde;o do monitoramento desses microcontaminantes nas &aacute;guas da Bacia do Rio Piracicaba os resultados da Expedi&ccedil;&atilde;o Piracicaba poder&atilde;o contribuir para a atualiza&ccedil;&atilde;o do real cen&aacute;rio da bacia. Com isso, ser&aacute; poss&iacute;vel quantificar, significativamente, os poluentes e suas fontes de lan&ccedil;amento. Al&eacute;m disso, os resultados poder&atilde;o orientar a necessidade de diminui&ccedil;&atilde;o dos lan&ccedil;amentos incorretos desses compostos com a implementa&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&otilde;es, atividades e instala&ccedil;&atilde;o de ETEs. Destaca-se tamb&eacute;m que os resultados da expedi&ccedil;&atilde;o ir&atilde;o orientar as ETA&acute;s com quais tecnologias de tratamento poder&atilde;o implementar para evitar que a popula&ccedil;&atilde;o abastecida consuma &aacute;guas contaminadas.&nbsp;</div>

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