Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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15/12/2015 06h03

Os Sinos - Aedes, lixo e doen?as

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<p> E mais uma vez o brasileiro se v&ecirc; &agrave;s voltas com mais uma doen&ccedil;a, agora a tal da Zica, que tamb&eacute;m &eacute; transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti.</p> <p> O mais interessante que, para evitar a prolifera&ccedil;&atilde;o, bastaria manter limpos todos os locais onde se vive em comunidade &ndash; ruas, casas, quintais, lotes etc.</p> <p> <strong>Zica</strong></p> <p> Da fam&iacute;lia Flaviviridae, do g&ecirc;nero Flavivirus, a nova febre transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o v&iacute;rus Zika (genoma RNA), da fam&iacute;lia Flaviviridae e do g&ecirc;nero Flavivirus que em humanos causa a doen&ccedil;a conhecida como Febre Zika. &ldquo;Existe um risco alto de uma ocorr&ecirc;ncia explosiva de casos, com pequenos surtos aqui e ali&rdquo;, comenta dr. Eurico de Arruda Neto, membro do Comit&ecirc; Cient&iacute;fico de Virologia da SBI.</p> <p> O infectologista explica que o v&iacute;rus se espalha por n&atilde;o respeitar fronteira. Exemplo claro disso &eacute; que em 1947, constatou-se a presen&ccedil;a do V&iacute;rus Zika em macacos no local, cujo nome batizou a doen&ccedil;a: Floresta Zika, em Uganda. Somente em 1954 os primeiros seres humanos foram contaminados, na Nig&eacute;ria. Por&eacute;m, em 2007, deixou o continente africano e asi&aacute;tico, gerando um surto na Oceania &ndash; acometendo 75% da popula&ccedil;&atilde;o das Ilhas Yap, Micron&eacute;sia. A Fran&ccedil;a teve 55 mil infectados em um per&iacute;odo de tr&ecirc;s meses, sendo o &uacute;nico pa&iacute;s da Europa que enfrentou o v&iacute;rus, no ano de 2013.</p> <p> Um surto recente do Zika fora da &Aacute;frica e da &Aacute;sia teve registro em abril passado, no Brasil, na cidade de Salvador (BA). Doen&ccedil;a desconhecida at&eacute; ent&atilde;o, afetou v&aacute;rias pessoas com sintomas semelhantes aos da gripe, seguido de exantema e artralgia. Pesquisadores do Instituto de Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) relacionaram os casos ao v&iacute;rus por meio da t&eacute;cnica de RT-PCR (biologia molecular), utilizada em relatos de 19 munic&iacute;pios, como Ilh&eacute;us e Itabuna (BA), desde fevereiro de 2015. A primeira amostra de sangue contaminada com este v&iacute;rus foi descrita em Cama&ccedil;ari (BA), em outubro de 2014.</p> <p> &ldquo;O mais importante agora &eacute; a comunidade m&eacute;dica e toda a linha de frente do atendimento de situa&ccedil;&otilde;es suspeitas ficarem atentas aos sintomas. Diante de febre e quadro que lembre alergia, inclusive nas palmas das m&atilde;os e solas dos p&eacute;s, vale pedir o teste RT-PCR para detectar o RNA viral do Zika&rdquo;, esclarece Arruda Neto.</p> <p> <strong>Sintomas</strong></p> <p> A semelhan&ccedil;a com a dengue n&atilde;o est&aacute; somente na forma de transmiss&atilde;o e no vetor; os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes s&atilde;o febre, manchas pelo corpo, dor de cabe&ccedil;a, de garganta e nas articula&ccedil;&otilde;es, n&aacute;usea e mialgia. Segundo dr. Eurico, ap&oacute;s 2 a 3 dias o indiv&iacute;duo se cura espontaneamente.</p> <p> O tratamento da Febre Zika &eacute; sintom&aacute;tico e as manifesta&ccedil;&otilde;es cl&iacute;nicas s&atilde;o leves. N&atilde;o h&aacute;, at&eacute; o momento, registro de morte pela Febre Zika, um dos aspectos que pode comprovar a inexist&ecirc;ncia de febre hemorr&aacute;gica nos indiv&iacute;duos infectados por esse v&iacute;rus.</p> <p> <strong>Previna-se!</strong></p> <p> De acordo com o infectologista, a forma mais eficaz de se prevenir contra o V&iacute;rus&nbsp; Zika &eacute; combatendo o Aedes aegypti &ndash; que tamb&eacute;m protege das outras seis doen&ccedil;as transmitidas pelo mosquito: quatro tipos de dengue, Chikungunya e Febre Amarela.</p> <p> Medidas como armazenar lixo em sacos pl&aacute;sticos fechados; manter a caixa d&rsquo;&aacute;gua completamente vedada; n&atilde;o deixar &aacute;gua acumulada em calhas e coletores de &aacute;guas pluviais; recolher recipientes que possam ser reservat&oacute;rios de &aacute;gua parada, como garrafas, gal&otilde;es, baldes e pneus, conservando-os guardados e ou tampados; encher com areia os pratinhos dos vasos de plantas e tratar &aacute;gua de piscinas e espelhos d&rsquo;&aacute;gua com cloro s&atilde;o a&ccedil;&otilde;es fundamentais e contribuem para evitar a dissemina&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus transmissor da doen&ccedil;a.</p>

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