20/11/2015 15h53
Militar ? absolvido de homic?dio que vitimou menor durante tentativa de assalto
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O Ministério Público absolveu e arquivou, por legítima defesa, o processo instaurado para apurar o homicídio envolvendo o sargento da Polícia Militar de Régis Soares Pena que durante uma tentativa de assalto que ocorreu na noite de 1º de junho deste ano atirou e matou um assaltante. O fato aconteceu em frente à faculdade Doctum, na Vila Tanque, em João Monlevade.</p>
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Em entrevista exclusiva, Regis falou pela primeira vez sobre o caso e também do período de apreensão, vivido por ele e familiares por causa do processo e do apoio do comando e amigos da Polícia Militar. “Naquele dia estava indo para a faculdade, quando fui abordado pelo rapaz, que infelizmente veio a óbito, mas a minha atitude naquele momento era de resguardar minha integridade física porque ele estava armado e poderia tirar a minha vida. A minha reação foi em virtude da situação e graças a Deus, eu e as pessoas que estavam próximas saíram ilesas e não teve ninguém mais envolvido a não ser eu e o rapaz, que infelizmente perdeu a vida”, disse.</p>
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Segundo o militar, tanto ele como a família ficaram bastante apreensivos desde o dia do ocorrido com relação ao processo, mas o caso acabou sendo arquivado. “Fiquei muito apreensivo no início, porque em que pese a gente estar sujeito a isso todos os dias na condição de policial militar, mas uma vida é sempre preciosa, então é uma situação complicada. Com certeza eu fiquei muito apreensivo porque não é um fato normal na atividade militar, mas graças a Deus e o processo ficou a cargo do Poder Judiciário e o Ministério Público, que verificaram que houve a legítima defesa e hoje, eu e minha família, estamos bem mais aliviados com a situação. ”, disse o militar.</p>
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No dia do crime o militar recebeu voz de prisão em flagrante e ficou recolhido por cinco dias no Quartel da Polícia Militar, no Bairro Belmonte e depois voltou às atividades normais. “Hoje continuo com a vida normal no meu trabalho, nos meus estudos e minha família está muito aliviada com a situação. Agora é pedir a Deus para confortar a nossa vida e de nossos familiares, porque em nossa profissão estamos sujeitos a isso”, pontuou Regis.</p>
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O militar falou também do apoio recebido pelos colegas de farda e do comando da Polícia Militar. “Neste período tive apoio dos meus colegas, do major Jayme Alves, nosso comandante, que foram muito solidários. Isso foi muito importante na nossa vida policial militar, na nossa caserna, ter esse apoio dos amigos”, concluiu o sargento Regis.</p>
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<strong>O caso</strong></p>
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Regis Soares chegava á faculdade em sua moto, onde cursa Direito, quando foi abordado pelo autor Fernando Tiago Martins, o “Fernandinho”, de 17 anos. O criminoso estava armado com um revólver calibre 38 e anunciou o assalto exigindo as chaves da moto, o capacete, a carteira e o celular do policial. Após entregar o telefone e o capacete, temendo que fosse reconhecido pelo assaltante ao entregar a carteira com todos os seus documentos, Regis sacou sua arma de fogo, uma pistola .380, e anunciou que era militar, momento que o autor teria feito menção de atirar. Regis efetuou três disparos contra o assaltante, que foi atingido no braço direito, na perna direita e nas costas. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.</p>
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<em>Informações:Bell Silva/O Popular</em></p>