Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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16/09/2015 11h12

M?dico ? indiciado por homic?dio culposo em Santa B?rbara

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<p> A morte de uma paciente de 19 anos por infe&ccedil;&atilde;o generalizada em decorr&ecirc;ncia de uma cesariana resultou no indiciamento do m&eacute;dico ginecologista Jos&eacute; Geraldo Ferreira J&uacute;nior, da Santa Casa da cidade de Santa B&aacute;rbara, na Regi&atilde;o Central do Estado, por homic&iacute;dio culposo. O inqu&eacute;rito da Pol&iacute;cia Civil, presidido pelo delegado Domiciano Ferreira Monteiro de Castro Neto e composto por mais de 200 p&aacute;ginas, demandou a exuma&ccedil;&atilde;o do corpo de Sttellamares Batista da Paix&atilde;o, que faleceu no dia 20 de fevereiro deste ano, para a realiza&ccedil;&atilde;o de exames de necropsia. O documento reuniu ainda depoimentos de testemunhas e relat&oacute;rios m&eacute;dicos, &nbsp;apontando que a morte foi causada por neglig&ecirc;ncia m&eacute;dica.</p> <p> O delegado Domiciano Neto conta que, na &eacute;poca dos fatos, houve grande repercuss&atilde;o na cidade devido &agrave; luta empreendia pela fam&iacute;lia da paciente em busca de um atendimento m&eacute;dico correto para a jovem. A fam&iacute;lia chegou a procurar o Minist&eacute;rio P&uacute;blico, solicitando apoio para conseguir a transfer&ecirc;ncia de Sttellamares para outro hospital, mas ela acabou morrendo antes disso. O inqu&eacute;rito foi entregue &agrave; Justi&ccedil;a na manh&atilde; de hoje (15). A pena prevista para o crime de homic&iacute;dio culposo varia de um a tr&ecirc;s anos de pris&atilde;o.</p> <p> Ainda de acordo com o Domiciano Neto, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico encaminhou o caso &agrave; delegacia de Santa B&aacute;rbara devido &agrave; gravidade dos relatos dos familiares, que suspeitavam que Sttellamares n&atilde;o estava recebendo o tratamento m&eacute;dico adequado, sem obter explica&ccedil;&otilde;es convincentes por parte do hospital. &ldquo;Instaurei o inqu&eacute;rito imediatamente e providenciei a exuma&ccedil;&atilde;o do corpo, ficando constatada a presen&ccedil;a de grande quantidade de pus no abd&ocirc;men da v&iacute;tima&rdquo;, conta.</p> <p> <strong>Sofrimento e dor</strong></p> <p> As investiga&ccedil;&otilde;es revelaram que a sequ&ecirc;ncia de erros que levou &agrave; morte da jovem teve in&iacute;cio com o parto-ces&aacute;reo ao qual ela foi submetida no dia 3 de fevereiro, realizado pelo m&eacute;dico Jos&eacute; Geraldo. A alta hospitalar ocorreu dois dias depois, em 5 de fevereiro, mas demandou o retorno de Sttellamares &agrave; Santa Casa, no dia 8 do mesmo m&ecirc;s, com dores abdominais e diversos outros sintomas, j&aacute; que ela n&atilde;o conseguia defecar, comer e expelia uma secre&ccedil;&atilde;o vaginal amarelada. Ela foi atendida e dispensada.</p> <p> No dia seguinte, em 9 de fevereiro, a paciente retornou ao hospital, sendo desta vez internada. J&aacute; em 11 de fevereiro, o mesmo m&eacute;dico ginecologista chegou a decidir pela transfer&ecirc;ncia de Sttellamares para outro hospital, devido &agrave; complexidade do quadro cl&iacute;nico. Contudo, ele mudou de ideia, posteriormente.</p> <p> Os exames de sangue mostraram um quadro de infec&ccedil;&atilde;o aguda, mas a alta m&eacute;dica da jovem acabou sendo prescrita em no dia 15 de fevereiro pelo m&eacute;dico indiciado. Depoimentos de testemunhas revelam que o incha&ccedil;o da regi&atilde;o abdominal de Sttellamares era t&atilde;o intenso na ocasi&atilde;o que ainda dava &agrave; jovem o aspecto de gr&aacute;vida. No dia 19 de fevereiro, a paciente voltou a procurar o hospital, sendo novamente &nbsp;internada, contudo veio a falecer no dia seguinte.</p> <p> Segundo o delegado Domiciano Neto, o laudo m&eacute;dico-legal foi um dos principais documentos que o levou a concluir o inqu&eacute;rito policial com o indiciamento do m&eacute;dico ginecologista por homic&iacute;dio culposo. &ldquo;A v&iacute;tima buscou atendimento deste o dia 8 at&eacute; a sua morte, sendo que o quadro cl&iacute;nico de inflama&ccedil;&atilde;o aguda j&aacute; justificava nova cirurgia desde o dia 9&rdquo;, destaca.</p> <p> Os levantamentos apontaram que, independentemente de eventual erro na cirurgia inicial, o comportamento adotado pelo m&eacute;dico ginecologista foi de indiferen&ccedil;a e desleixo. O delegado relata que os sintomas e resultados laboratoriais n&atilde;o indicavam condi&ccedil;&otilde;es para a alta hospitalar, sendo esta realizada somente com base em exames cl&iacute;nicos.</p> <p style="text-align: right;"> <em>foto:vi&uacute;vo e filho da v&iacute;tima/reprodu&ccedil;&atilde;o facebook</em></p>

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