17/03/2015 17h37
ArcelorMittal Monlevade ? refer?ncia no uso sustent?vel da ?gua
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Em tempos de crescente risco de escassez de água no Brasil, algumas boas iniciativas para otimizar o aproveitamento desse recurso são encontradas pelo país afora. Um bom exemplo vem da usina da ArcelorMittal em João Monlevade. Como parte de um amplo Programa de Proteção Ambiental, a unidade siderúrgica vem obtendo bons resultados na área, reduzindo sensivelmente o seu consumo de água e aumentando o índice de recirculação.</p>
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O Programa de Proteção Ambiental da usina foi iniciado ainda no final da década de 70, quando foi também implantado o Plano de Modernização da unidade, concluído no início dos anos 2.000. Nesse período, os esforços de modernização da planta industrial mereceram investimentos de mais de 650 milhões de dólares. Desse total, mais de 150 milhões de dólares destinaram-se à implantação de projetos, instalações e programas na área ambiental.</p>
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O resultado é que hoje a usina funciona de maneira integrada entre a produção e a proteção ambiental, operando dentro dos parâmetros definidos pela legislação e aceitos internacionalmente. A implantação do Sistema de Gestão Integrada adotado pela empresa é também reconhecido. Depois de certificar-se pela norma internacional ISO 9001, a unidade certificou-se também pela ISO 17025, OHSAS 18001, ISO 14001, relativa à gestão ambiental, e no Rótulo Ecológico da ABNT.</p>
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<strong>Maior recirculação e menor consumo</strong></p>
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Dentro desse programa, merece destaque especial o projeto desenvolvido para recuperar o rio Piracicaba, que corre ao lado da usina. Nesse sentido, foram implantadas 11 Estações de Tratamento de Água, que são ligadas a todos os equipamentos de produção da usina, bem como um sistema de tratamento do esgoto sanitário. Um projeto especial tem efetivado a recuperação da mata ciliar, com o plantio de espécies nativas, associada a um amplo trabalho de conscientização junto à população ribeirinha. O desassoreamento do leito do rio foi outra ação tomada por duas vezes, devolvendo ao Piracicaba a força de sua correnteza.</p>
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Mas diversas outras medidas vêm sendo tomadas, com adaptações em equipamentos e alterações de processos produtivos e auxiliares, que resultaram em uma redução significativa no consumo de água pela usina. De um patamar de 5.200 metros cúbicos por hora captados no rio no início da década de 90, hoje essa vazão caiu para menos de 280 metros cúbicos por hora, que é a vazão usada para reposição das perdas internas e por evaporação.</p>
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Outro ganho significativo é que, paralelamente à redução do consumo, vem subindo substancialmente o índice de recirculação, ou seja, aquela vazão de água que, depois de captada, é tratada, usada no processo produtivo e tratada novamente para nova utilização. Isso significa a eliminação do lançamento de efluentes no rio.</p>
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O índice de recirculação, que era de 57% no início dos anos 90, está hoje na casa dos 98%. Ou seja, os 280 metros cúbicos captados por hora representam em média 2% da vazão total de água recirculada na usina. Para isso, além da integração de todos os equipamentos da planta industrial, a empresa fez o fechamento físico dos canais que antigamente levavam a água usada de volta ao rio.</p>
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Assim, toda a água captada é tratada, usada no processo produtivo ou no consumo humano, tanto na Usina quanto pelos moradores dos bairros Santa Cruz, Jacuí, Centro Industrial, Pedreira e parte da Vila Tanque. Depois é novamente recolhida, tratada outra vez e encaminhada de novo para utilização, num sistema de circuito fechado.</p>
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fotos:Divulgação</p>