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<p> Hoje &eacute; um dia hist&oacute;rico. 21 de abril de 2021. Hoje est&atilde;o sendo entregues a popula&ccedil;&atilde;o as obras completas da duplica&ccedil;&atilde;o da BR 381. E vamos conversar com uma pessoa que sonhou e lutou muito por esse dia, o sr Afonso Pena, que articulou o projeto AVENIDA 381, que inverteu a abordagem que se fazia sobre a 381 e fez da velha BR da morte, um corredor de neg&oacute;cios, de vida, de desenvolvimento.</p> <p> Sr Afonso Pena, o que representa esse momento para o sr?</p> <p> - Representa muito. Lutamos por essa obra h&aacute; muito tempo. Mas n&atilde;o apenas pela obra, mas pela humaniza&ccedil;&atilde;o da 381.</p> <p> - O que significa o AVENIDA 381?</p> <p> - Pois &eacute;. Uma grande avenida que corta todos esses munic&iacute;pios, levando as pessoas com seus sonhos e seus desejos de prosperidade. Uma avenida bem sinalizada, iluminada, pensada em suas possibilidades econ&ocirc;micas...</p> <p> - Mas como come&ccedil;ou o projeto?</p> <p> - Nos idos de 2015 me bateu uma id&eacute;ia. Sabe um rel&acirc;mpago el&eacute;trico? Pois &eacute;. Pareceu um choque el&eacute;trico. Me veio a id&eacute;ia - Meu Deus! Enquanto ficarmos invocando a morte para essa rodovia, vamos conseguir morte. Precisamos inverter essa l&oacute;gica.</p> <p> - Mas como inverter essa ordem?</p> <p> - Com o seguinte pensamento: fazer da BR 381 uma das rodovias mais seguras do mundo.</p> <p> - E na &eacute;poca parecia imposs&iacute;vel, n&atilde;o &eacute;?</p> <p> - &Eacute; claro. Curvas assassinas, motoristas suicidas, cargas em excesso, tudo errado.</p> <p> - E o que fizeram?</p> <p> - Comecei a juntar uma turma boa pra pensar a rodovia. Em princ&iacute;pio os encontros eram virtuais, pelo facebook mesmo. Depois passamos a nos reunir. Era um grupo pequeno, mas com pensamento afinado.</p> <p> - E o que fizeram depois?</p> <p> - Convidamos os prefeitos das cidades para uma reuni&atilde;o. Foi uma reuni&atilde;o bem produtiva. Depois fomos at&eacute; a Associa&ccedil;&atilde;o Mineira de Munic&iacute;pios. Marcamos uma reuni&atilde;o com os presidentes das associa&ccedil;&otilde;es de munic&iacute;pios da regi&atilde;o cortada pela rodovia. Cada munic&iacute;pio se disp&ocirc;s a adotar a parte da 381 que estivesse dentro do seu territ&oacute;rio. Todos assinaram um documento, se comprometendo a ajudar e a compartilhar as informa&ccedil;&otilde;es com seus cidad&atilde;os.</p> <p> - E como foi a receptividade?</p> <p> - Foi excelente. O movimento foi ganhando forma. O pr&oacute;ximo passo foi falar com o governador de estado, que tamb&eacute;m resolveu abra&ccedil;ar a causa e intermediar o contato junto a Bras&iacute;lia.</p> <p> - Mas voc&ecirc; falou que formaram um grupo de estudo?</p> <p> - Isso. Formamos um grupo interdisciplinar muito interessante, Not&aacute;veis da regi&atilde;o. Todos com vis&atilde;o suprapartid&aacute;ria, pensando no bem comum. Tinha algumas figuras muito doidas, Malucos beleza com a vis&atilde;o al&eacute;m do alcance.</p> <p> - S&eacute;rio?</p> <p> - Pra que voc&ecirc; tenha uma id&eacute;ia, um deles era perito em acupuntura; Sugeriu um Doin na rodovia. Interven&ccedil;&otilde;es nos pontos de maior incid&ecirc;ncia de acidentes. O estudo dele diminuiu em 20% o n&uacute;mero de acidentes.</p> <p> - Mas o que mais foi feito?</p> <p> - As coisas foram crescendo naturalmente. Importante tamb&eacute;m citar a participa&ccedil;&atilde;o da agencia de publicidade, que se prop&ocirc;s a ajudar. Fizemos campanhas muito interessantes. Colocamos outdoor nos pontos mais importantes. A m&iacute;dia tamb&eacute;m aderiu. Todas as redes de tv veicularam nossos vts. Todos os jornais, todos ajudaram como puderam.</p> <p> - E como foi a abordagem com rela&ccedil;&atilde;o ao governo?</p> <p> - Na &eacute;poca o governo se negava a compartilhar informa&ccedil;&otilde;es. Mas nosso grupo buscou interagir pra entender o que estava acontecendo e compartilhar informa&ccedil;&otilde;es fidedignas, descontaminadas. Criamos o TV 381, com boletins di&aacute;rios compartilhados via webtv 381.</p> <p> - E isso acelerou as obras?</p> <p> - Acho que aceleramos a duplica&ccedil;&atilde;o, a multiplica&ccedil;&atilde;o da boa vontade. E bem antes da inaugura&ccedil;&atilde;o da parte final da 381, j&aacute; diminu&iacute;mos em 95% o n&uacute;mero de acidentes, com a&ccedil;&otilde;es pensadas, estruturadas, humanizantes.</p> <p> - Isso &eacute; verdade. O painel de acidentes da rodovia j&aacute; est&aacute; apresentando 230 dias sem acidentes.</p> <p> - Fora o que as inaugura&ccedil;&otilde;es dos est&aacute;gios da rodovia trouxe para os munic&iacute;pios. Muitas ind&uacute;strias de tecnologia se instalaram. Na semana passada tivemos a inaugura&ccedil;&atilde;o do Megastore da Mcdonalds no trevo de S&atilde;o Gon&ccedil;alo do Rio Abaixo. A regi&atilde;o praticamente quintuplicou a sua popula&ccedil;&atilde;o. Mas sem deixar de cuidar do meio ambiente.</p> <p> - E depois de v&aacute;rios partidos no poder, n&atilde;o &eacute;?</p> <p> - Exatamente. Foi importante ser um projeto suprapartid&aacute;rio. Tivemos governos de esquerda e direita. Houve atrasos em fun&ccedil;&atilde;o das crises. Mas conseguimos resolver muito antes da duplica&ccedil;&atilde;o a quest&atilde;o das mortes e dos acidentes que tanto atormentavam os cidad&atilde;os.</p> <p> - Muito obrigado pela entrevista, sr Afonso Pena.</p> <p> - Foi um prazer. Agora vamos ver os foguetes e o discurso do presidente.</p>