Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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03/02/2015 14h51

Pesquisas escolares n?o devem ficar restritas ? internet, alerta pedagoga

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<p> Em meados da d&eacute;cada de 1990 a internet come&ccedil;ou a se popularizar no Brasil. Entre tudo que a nova ferramenta tinha a oferecer, um dos principais atrativos &agrave; &eacute;poca (e ainda nos dias atuais) era a facilidade em obter informa&ccedil;&otilde;es sobre tudo, dos mais variados assuntos. Parecia o fim de uma era de pesquisas escolares em enciclop&eacute;dias, livros de hist&oacute;ria, jornais e revistas antigos, das visitas a sebos e tamb&eacute;m a bibliotecas. E a internet, para a gera&ccedil;&atilde;o seguinte, acabou se tornando o principal meio de pesquisa para trabalhos escolares. E, para muitos, provavelmente o &uacute;nico.</p> <p> No entanto, Francisca Romana Giacometti Paris, pedagoga, mestra em educa&ccedil;&atilde;o, diretora de servi&ccedil;os educacionais da Saraiva e ex-secret&aacute;ria de Educa&ccedil;&atilde;o de Ribeir&atilde;o Preto (SP), avalia que a internet deve ser encarada apenas como mais uma ferramenta de pesquisa para os alunos, mas com ressalvas. &ldquo;Devemos apenas lembrar de que nem tudo o que est&aacute; na internet &eacute; verdadeiro. H&aacute; muitas informa&ccedil;&otilde;es falsas, equivocadas. Ou seja, deve haver muito cuidado no que se pesquisa. &Eacute; sempre bom confrontar as informa&ccedil;&otilde;es buscadas na web com outras fontes tamb&eacute;m&rdquo;, sugere.</p> <p> Sobre o fato de que, em determinados casos, muitos alunos optam apenas por se dar ao trabalho de copiar e colar os textos que encontram na internet, sem realizar verdadeiramente uma pesquisa mais aprofundada sobre o tema proposto em sala de aula, a pedagoga acredita que este n&atilde;o &eacute; um problema exclusivo da internet. &ldquo;Antigamente, os alunos copiavam a m&atilde;o p&aacute;ginas e mais p&aacute;ginas de enciclop&eacute;dias, por exemplo. Cabe aos educadores buscarem uma forma de identificar e de coibir essa pr&aacute;tica. Mas, acima de tudo, de despertar nos alunos o real sentido e interesse pela pesquisa&rdquo;, diz.</p> <p> &ldquo;Pesquisar &eacute; muito mais do que dar Control C mais Control V. Esse seria s&oacute; o come&ccedil;o de uma pesquisa. Depois de coletadas e checadas as informa&ccedil;&otilde;es, tratar analiticamente os dados obtidos &agrave; luz de um referencial &eacute; verdadeiramente pesquisar&rdquo;, completa a especialista.</p> <p> A recomenda&ccedil;&atilde;o &eacute; tamb&eacute;m para que os professores n&atilde;o atuem apenas nas duas pontas, a de pedir que os alunos fa&ccedil;am o trabalho e, por fim, apenas a de avaliar o que foi feito, dar a nota &agrave; pesquisa apresentada. &ldquo;&Eacute; importante que os professores busquem acompanhar todo o processo, orientando os alunos sobre qual caminho seguir, com dicas de obras e bibliografias, entre outras maneiras que possam colaborar com o trabalho que est&aacute; sendo desenvolvido pelo aluno e tamb&eacute;m incentiv&aacute;-lo nessa tarefa&rdquo;, diz a diretora de servi&ccedil;os educacionais da Saraiva.</p> <p> Francisca acredita que para realizar uma boa pesquisa escolar o aluno deve selecionar o maior n&uacute;mero poss&iacute;vel de informa&ccedil;&otilde;es a respeito, ler com muita aten&ccedil;&atilde;o tudo o que conseguir encontrar e interpret&aacute;-las da maneira mais cr&iacute;tica poss&iacute;vel. &ldquo;E, principalmente, &eacute; importante que o texto seja redigido pelo pr&oacute;prio aluno, com uma linha de racioc&iacute;nio muito clara, apresentando com o m&aacute;ximo de lucidez o que est&aacute; sendo discutido, suas pondera&ccedil;&otilde;es a respeito e qual foi sua conclus&atilde;o sobre o tema&ldquo;, enumera a pedagoga. E, l&oacute;gico, que o aluno busque tamb&eacute;m trabalhar com outros meios de pesquisa, al&eacute;m da internet.&nbsp;</p>

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