18/11/2014 09h15
Tremor assusta moradores de Itabira durante a madrugada deste domingo
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Durante todo o domingo, 16, relatos nas redes sociais deram conta de que um tremor de terra, que teria ocorrido por volta das 3h51 da madrugada, atingiu vários bairros do município de Itabira. O coordenador de Defesa Civil da cidade, Carlos Roberto Gorino, confirmou que muitas pessoas relataram o abalo e lembrou que essa não foi a primeira vez que os habitantes de Itabira sentiram a terra tremer. No Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis) há 12 registros de tremores na terra natal de Carlos Drummond de Andrade somente entre 5 de agosto e 7 de novembro, o maior deles teve magnitude de 3,5 pontos na Escala Richter.</p>
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Às 6h de ontem, 17, uma postagem do jornalista Átila Ramos, morador de Itabira, no Facebook, dizia que a terra tremeu de madrugada por volta de 3h51 da madrugada em Itabira e chamava outros moradores que também haviam percebido o tremor a se manifestarem. Até as 18h25, 203 pessoas haviam curtido o post, 37 o compartilharam. Cerca de 220 pessoas comentaram, entre elas internautas dos bairros Água Fresca (“sacudiu a janela, tremor horrendo”), Machado (“tremeu quase seis segundos”), Santa Ruth (“casa até balançou”), Nova Vista (“tremeu, também fiquei com medo”) e Betânia (“foi como uma implosão”).</p>
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O Corpo de Bombeiros da Cidade não registrou nenhum acidente ou incidente relativo ao tremor, assim como a Polícia Militar. No Obsis, qualquer informação sobre o que ocorreu em Itabira só poderá ser dada posteriormente.</p>
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A jornalista Cláudia Nunes Cagnoni, moradora do Bairro Gabiroba, região um pouco mais afastada do Centro da Cidade, estava dormindo quando acordou assustada com um estrondo e, em seguida, sentiu o tremor. “Demorou quase um minuto. Os cachorros dos vizinhos dispararam a latir. Imaginei que fosse em algum prédio, mas depois nada mais ocorreu e voltei a dormir”, lembra. Pela manhã, quando entrou nas redes sociais, ela descobriu que “a cidade inteira sentiu” o abalo.</p>
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De acordo com Cláudia, no ano passado, quando vivia fora do município, seus parentes relataram um tremor muito forte. “Tive muito medo, fiquei muito assustada. Estamos acostumados com as detonações da Vale. Mas por ser de madrugada, aquilo não podia ser detonação, então imaginei que fosse alguma coisa mais grave do que isso”, disse.</p>