16/08/2014 10h34
Familiares da estudante, v?tima de atropelamento em Carneirinhos, pedem por Justi?a
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O adolescente de 16 anos que atropelou a jovem estudante Mariana Marques Leite, 20, em Carneirinhos no dia 16 de abril deste ano, continua livre, leve e solto pelas ruas da cidade.</p>
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Ele conduzia uma moto CG Titan placa OWM-0555 de João Monlevade, e segundo testemunhas, realizava uma ultrapassagem pela direita da via e em alta velocidade.</p>
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A jovem atropelada esteve entre a vida e a morte, e até os médicos não acreditavam que ela pudesse sobreviver.</p>
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Desde o acidente, familiares da estudante vêm enfrentando dificuldades com o tratamento da jovem, que precisa de seções diárias de fisioterapia, e o custo desse tratamento têm apertado o orçamento da casa. Ela cursava engenharia na Faculdade de Engenharia, da Universidade Estadual de Minas Gerais (FaEnge/UEMG), Campus de João Monlevade.</p>
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No acidente Mariana foi arremessada cerca de 5 metros de distância sendo levada para o Hospital Margarida e depois transferida para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, onde ficou internada no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) e na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), por três meses.</p>
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Mariana vem sendo submetida a um intenso tratamento para recuperar os movimentos, que foram afetados em função de um traumatismo craniano.</p>
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Em entrevista ao blog O Popular, Rosemeire Lopes Marques Leite, mãe da jovem, fez um desabafo pedindo por Justiça.</p>
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Ela informou ter sido obrigada a abandonar o trabalho para se dedicar à filha, que vem respondendo bem ao tratamento. “O que me dói mais, é saber que o rapaz que fez isso com minha filha, continua andando de moto e dirigindo pelas ruas da cidade. Até onde vamos chegar? As autoridades não fazem nada. Ele continua fazendo o que gosta e minha filha não. Ela está numa cama de hospital que foi colocada no quarto dela para que possa ter um pouco mais de conforto. Eu tive que deixar o serviço, e os pais dele? Tenho certeza que não alteraram em nada a rotina deles. A minha vida mudou completamente, a da minha filha também. Hoje o único que tem um salário aqui em casa, é meu marido. Pagamos só com seções de fisioterapia, R$62,00 todos os dias com o tratamento da Mariana. Eu queria perguntar uma coisa para a Justiça: Se isso tivesse acontecido com a filha ou filho de alguém importante na cidade, será que as coisas seriam diferentes? Com certeza sim”, disse Rosemeire indignada.</p>
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Segundo ela, os médicos informaram que Mariana poderá se recuperar totalmente, mas não se sabe quando, podendo levar vários anos.</p>
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Hoje a jovem passa a maior parte do tempo na cama, bastante assustada, e não se lembra do acidente. Além disso, apresenta perda de memória. Segundo a mãe da jovem, muita às vezes não se lembra de nem do que comeu no almoço. “Até do namorado você esquece né Mariana”, brinca a mãe com a filha, que responde negativamente com a cabeça e sorrindo.</p>
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O professor Edgar Leite, pai de Mariana, também inconformado lamenta. “Eu fico tentando entender certas coisas, mas não consigo. Se eu ou você, formos pegos com a Carteira de Habilitação vencida em uma blitz, temos o veículo apreendido, pagamos multa e ainda nos causa inúmeros transtornos. Agora, um menor de idade pode dirigir carro, andar de moto e acabar com a vida das pessoas que não acontece nada com ele neste país. Isso é o mais triste nesta história”, disse o pai da jovem.</p>
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Ainda segundo Edgar, a única “ajuda” que recebeu da família do rapaz, que causou esta tragédia, foram dois depósitos, um no valor de R$200,00 e outro de R$100,00, que foram feitos por uma irmã do menor.</p>
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<strong>Reincidência</strong></p>
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Um vizinho do rapaz, por telefone, disse que na semana passada o mesmo jovem por pouco não atropelou sua esposa e o filho, que estava no colo dela. “Ele passou a menos de um metro da minha esposa que estava carregando meu filho. Ele estava em um Chevette em alta velocidade pelo bairro São Benedito. Se ninguém fizer nada, esse irresponsável vai acabar matando alguém”, disse o homem que pediu anonimato.</p>
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A reportagem do Popular tentou contado com familiares do adolescente, mas, ninguém foi encontrado para falar sobre o caso.</p>