Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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04/06/2014 20h33

O lixo nosso de cada dia

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<p> Jornais - 2 a 6 semanas</p> <p> Embalagens de papel - 1 a 4 meses</p> <p> Cascas de frutas - 3 meses</p> <p> Guardanapos - 3 meses</p> <p> Pontas de cigarros- 2 anos</p> <p> F&oacute;sforos - 2 anos</p> <p> Chicletes - 5 anos</p> <p> Nylon - 30 a 40 anos</p> <p> Latas de alum&iacute;nio - 100 a 500 anos</p> <p> Tampas de garrafa - 100 a 500 anos</p> <p> Pilhas - 100 a 500 anos</p> <p> Sacos e Copos Pl&aacute;sticos - 200 a 450 anos</p> <p> Garrafas e frascos de vidro/pl&aacute;stico - Tempo Indeterminado</p> <p> <strong>O papel do papel</strong></p> <p> Cada tonelada de papel reciclado evita a derrubada de 20 a 30 p&eacute;s de eucalipto ou de 10 a 30 &aacute;rvores. Em m&eacute;dia, essa mesma tonelada de papel economiza 2.5 barris de petr&oacute;leo usados em sua fabrica&ccedil;&atilde;o (com menos polui&ccedil;&atilde;o no ar).</p> <p> Para fabricar uma tonelada de papel utilizam-se 100 mil litros de &aacute;gua e 5 mil KW/HR de energia el&eacute;trica; na reciclagem, esses n&uacute;meros caem para 2 mil e 2,5 mil, respectivamente.</p> <p> A reciclagem de papel reduz os custos de transporte na deposi&ccedil;&atilde;o do lixo.</p> <p> Reciclando pap&eacute;is, diminui-se a quantidade de lixo em aterros sanit&aacute;rios, aumentando o tempo de uso desses locais.</p> <p> <strong>As Latinhas e o Lixo</strong></p> <p> Em 1997 foram fabricadas 8 bilh&otilde;es de latas de alum&iacute;nio.</p> <p> Expectativa de produ&ccedil;&atilde;o de latas para o ano 2000 era de 15 bilh&otilde;es (em 3 anos, quase o dobro).</p> <p> S&atilde;o necess&aacute;rias 60 latinhas de cerveja para fazer um 1kg de sucata.</p> <p> Em 1998, 63% das latinhas de alum&iacute;nio vendidas no Brasil retornaram ao mercado depois de recicladas. Segundo a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Alum&iacute;nio, esse n&uacute;mero de reciclagem de latinhas j&aacute; est&aacute; em 70%.</p> <p> Cada tonelada de latinhas de alum&iacute;nio &eacute; vendida por cerca de R$ 700,00 para as empresas de reciclagem.</p> <p> Em 1993, cada brasileiro consumia cerca de 10 latinhas/ano.</p> <p> Hoje, cada brasileiro consome cerca de 53 latinhas/ano.</p> <p> <strong>POLUI&Ccedil;&Atilde;O DAS &Aacute;GUAS</strong></p> <p> As &aacute;guas podem ser contaminadas por poluentes de muitas origens: descargas de res&iacute;duos industriais; de esgotos urbanos; da atmosfera por precipita&ccedil;&atilde;o; dos solos de onde s&atilde;o arrastados pelas &aacute;guas das chuvas, etc.</p> <p> Contudo, os acidentes com petroleiros s&atilde;o as causas mais importantes de polui&ccedil;&atilde;o aqu&aacute;tica marinha.</p> <p> Os esgotos urbanos, das f&aacute;bricas de papel, da ind&uacute;stria alimentar, por exemplo, est&atilde;o carregados de materiais org&acirc;nicos, originando assim a polui&ccedil;&atilde;o org&acirc;nica.</p> <p> Os compostos org&acirc;nicos concentrados na &aacute;gua s&atilde;o uma fonte nutritiva que conduz ao aumento das popula&ccedil;&otilde;es de microrganismos como, por exemplo, bact&eacute;rias e fungos.</p> <p> &Agrave; este fen&ocirc;meno denominamos eutrofiza&ccedil;&atilde;o. Esse aumento populacional provoca um consumo elevado do oxig&ecirc;nio dissolvido, criando dificuldades &agrave; vida de outras popula&ccedil;&otilde;es, como os crust&aacute;ceos, os moluscos e os peixes.</p> <p> Um dos exemplos flagrantes entre n&oacute;s &eacute; o da prolifera&ccedil;&atilde;o de bact&eacute;rias Salmonella (causadoras de doen&ccedil;as, como a febre tif&oacute;ide) em &aacute;guas eutrofizadas, que v&atilde;o contaminar outras com utiliza&ccedil;&atilde;o balnear ou onde s&atilde;o capturados mariscos.</p> <p> Uma grande quantidade de subst&acirc;ncias qu&iacute;micas poluentes &eacute; lan&ccedil;ada na &aacute;gua, constituindo a chamada polui&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica. Entre estas subst&acirc;ncias distinguem-se, pelos seus efeitos nocivos, o petr&oacute;leo, os detergentes e os fertilizantes.</p> <p> Existem dois tipos de poluentes qu&iacute;micos nas &aacute;guas doces e marinhas: uns s&atilde;o decompostos ao fim de algum tempo (mais ou menos curto) pela a&ccedil;&atilde;o de bact&eacute;rias &ndash; s&atilde;o biodegrad&aacute;veis (casos do petr&oacute;leo, dos fertilizantes, dos detergentes e de certos inseticidas). Outros mant&ecirc;m-se por longo tempo no meio ambiente e nos organismos vivos &ndash; s&atilde;o persistentes. Entre estes destacam-se certos metais pesados, como o merc&uacute;rio e alguns inseticidas que foram bastante utilizados (como o DDT).</p> <p> Os detergentes s&atilde;o dos principais poluentes que se encontram nos esgotos urbanos. Al&eacute;m da sua toxicidade, eles cont&ecirc;m f&oacute;sforo, um nutriente que quando se encontra em excesso nas &aacute;guas favorece a sua eutrofiza&ccedil;&atilde;o. O mesmo efeito t&ecirc;m os fertilizantes (adubos).</p> <p> <strong>EFEITO ESTUFA</strong></p> <p> Mesmo considerando um rendimento de 100 % na rea&ccedil;&atilde;o de combust&atilde;o dos combust&iacute;veis f&oacute;sseis (petr&oacute;leo, carv&atilde;o, xisto), ter&iacute;amos uma eleva&ccedil;&atilde;o do teor de CO2 na atmosfera, al&eacute;m de outros gases:</p> <p> A queima de combust&iacute;veis f&oacute;sseis, agravada pelo acelerado e generalizado processo de desmatamento, est&aacute; causando um aumento irrevers&iacute;vel e j&aacute; assustador do teor de di&oacute;xido de carbono na atmosfera. Antes da era industrial, este era sensivelmente constante.</p> <p> Essa pequena concentra&ccedil;&atilde;o de CO2 &eacute; ben&eacute;fica quando:</p> <p> a) Tanto o CO2 quanto o vapor d&rsquo;&aacute;gua ret&ecirc;m parte da radia&ccedil;&atilde;o solar, impedindo assim um excessivo resfriamento da superf&iacute;cie da terra. Trata-se do denominado &ldquo;efeito estufa&rdquo; ainda de intensidade favor&aacute;vel &agrave; vida na terra.</p> <p> b) A exist&ecirc;ncia de carbono na atmosfera &eacute; condi&ccedil;&atilde;o necess&aacute;ria para a vida vegetal e, por conseguinte, para a vida animal, posto que &eacute; fixado pelos vegetais clorofilados atrav&eacute;s do mecanismo da fotoss&iacute;ntese.</p> <p> O efeito estufa ocorre em raz&atilde;o de que tanto o CO2 quanto o vapor d&rsquo;&aacute;gua s&atilde;o transparentes &agrave;s radia&ccedil;&otilde;es de pequeno comprimento de onda (ultravioleta) e opacos &agrave;s radia&ccedil;&otilde;es de grande comprimento de onda (infra-vermelho) fazendo com que a radia&ccedil;&atilde;o incidente n&atilde;o seja liberada para fora da atmosfera terrestre.</p> <p> Entre 1850 e 1950, com o advento da era industrial, o teor de CO2 na atmosfera passou de 270 a 310 ppmv e desde ent&atilde;o tem continuamente aumentado, a menos de pequenas flutua&ccedil;&otilde;es sazonais.</p> <p> Em 1987 alcan&ccedil;ou 350 ppmv e, a continuar esta tend&ecirc;ncia de eleva&ccedil;&atilde;o, poder&aacute; ultrapassar os 600 ppmv dentro de 50 anos.</p> <p> Antes da era industrial, a quantidade estimada de carbono na atmosfera era da ordem de 550 x 109 toneladas e, hoje, &eacute; da ordem de 700 x 109 toneladas. Esse incremento deve-se, essencialmente, &agrave; queima de combust&iacute;veis f&oacute;sseis, a qual &eacute; ainda mais agravada pelo desmatamento de grandes extens&otilde;es de florestas. Esse aumento da concentra&ccedil;&atilde;o de CO2 trar&aacute;, como j&aacute; se observa, um aumento da temperatura m&eacute;dia da terra com inevit&aacute;vel descongelamento das regi&otilde;es polares cujas conseq&uuml;&ecirc;ncias nefastas n&atilde;o s&atilde;o dif&iacute;ceis de prever.</p> <p> Assim, &eacute; chegada a hora de serem tomadas medidas de curto prazo para sustar a crescente expans&atilde;o da queima de combust&iacute;veis f&oacute;sseis, e utiliz&aacute;-los de formas mais racionais.</p> <p> N&atilde;o parece l&oacute;gico que se use uma mol&eacute;cula que a natureza levou milhares, qui&ccedil;&aacute; milh&otilde;es, de anos para sintetizar e armazenar e, em fra&ccedil;&atilde;o de segundos, transform&aacute;-la em CO2 . No xisto e no carv&atilde;o, principalmente, j&aacute; existem compostos que poderiam ser usados como intermedi&aacute;rios na produ&ccedil;&atilde;o de f&aacute;rmacos.</p> <p> Segundo dados do artigo &ldquo;Le gas carbonique dans l&rsquo;atmosph&eacute;re&rdquo; de G. Lambert na revista La Recherche 189/1987, as emiss&otilde;es de CO2 em um ano, atrav&eacute;s da queima de carv&atilde;o e de petr&oacute;leo, ascendem a 5000 x 106 toneladas de carbono. Artigo de igual teor foi publicado na revista TIME INTERNATIONAL no qual o valor registrado &eacute; de 5320 x 106 toneladas de carbono, ou seja, essencialmente iguais.</p> <p> Al&eacute;m disso, este artigo indica que o total de carbono resultante da queima de florestas tropicais (Amaz&ocirc;nia, &Aacute;frica Equatorial, Sudeste da &Aacute;sia, Indon&eacute;sia) corresponde a apenas 1660 x 106 toneladas, desse total a Amaz&ocirc;nia contribuindo com 340 x 106 toneladas.</p> <p> Sem pretender subestimar o agravamento do &ldquo;efeito estufa&rdquo; pelo desmatamento da Floresta Amaz&ocirc;nica (prato principal da m&iacute;dia internacional e dos ec&oacute;logos de plant&atilde;o), temos que nos alertar contra o vil&atilde;o principal de toda essa est&oacute;ria que &eacute;, justamente, a queima dos combust&iacute;veis f&oacute;sseis, cuja maior fra&ccedil;&atilde;o (80%) corresponde aos chamados pa&iacute;ses industrializados e civilizados (civilizados???).</p> <p> No Brasil, esse valor corresponde a um insignificante 1%!!!</p> <p> <strong>CHUVA &Aacute;CIDA</strong></p> <p> N&atilde;o existe chuva totalmente pura, pois ela sempre arrasta consigo componentes da atmosfera. O pr&oacute;prio CO2, que existe normalmente na atmosfera, como resultado da respira&ccedil;&atilde;o dos seres vivos e da queima de materiais org&acirc;nicos, ao se dissolver na &aacute;gua da chuva j&aacute; a torna &aacute;cida, devido &agrave; rea&ccedil;&atilde;o: CO2 + H2O =&gt; H2CO3. Como o &aacute;cido carb&ocirc;nico formado &eacute; muito fraco, a chuva contaminada tem pH = 5,6. A situa&ccedil;&atilde;o se complica em fun&ccedil;&atilde;o dos &oacute;xidos de enxofre e dos &oacute;xidos de nitrog&ecirc;nio, existentes na atmosfera.</p> <p> O SO2 natural &eacute; proveniente de erup&ccedil;&otilde;es vulc&acirc;nicas e da decomposi&ccedil;&atilde;o de vegetais e animais e o artificial &eacute; proveniente principalmente da queima de carv&atilde;o mineral e do petr&oacute;leo. Na atmosfera, o SO2 reage com a &aacute;gua da chuva formando o &aacute;cido sulfuroso, que &eacute; um &aacute;cido fraco, mas quando o SO2 &eacute; oxidado a SO3, este reage com a &aacute;gua da chuva produzindo &aacute;cido sulf&uacute;rico, que &eacute; um &aacute;cido muito forte.</p> <p> O NO existe naturalmente na atmosfera. Em dias de tempestade, os raios provocam a rea&ccedil;&atilde;o N2 + O2 =&gt; 2NO. Os &oacute;xidos de nitrog&ecirc;nio s&atilde;o produzidos naturalmente por decomposi&ccedil;&atilde;o de animais e vegetais, por bact&eacute;rias do solo e artificialmente nas combust&otilde;es dos motores de autom&oacute;veis, avi&otilde;es, etc. Na atmosfera, o NO &eacute; facilmente oxidado a NO2. O NO2 &eacute; respons&aacute;vel pela neblina de cor castanha que se observa nas cidades em dias de muita polui&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Al&eacute;m disso, o NO2 reage com a &aacute;gua da chuva, produzindo o HNO2, que &eacute; um &aacute;cido fraco, e o HNO3 que &eacute; um &aacute;cido forte. Ali&aacute;s, o pr&oacute;prio HNO2 se oxida a HNO3.</p> <p> Em grandes cidades, devido &agrave;s ind&uacute;strias e ao n&uacute;mero de autom&oacute;veis, e em regi&otilde;es muito industrializadas, o ar acaba se carregando de H2SO4 e HNO3, e a chuva conduz esses &aacute;cidos para o solo, dando origem ao fen&ocirc;meno chamado CHUVA &Aacute;CIDA, cujo pH &eacute; menor do que 5,6, podendo chegar a 4,5 e at&eacute; 2 em regi&otilde;es populosas e industriais. Como exemplo, 80% dos lagos na Noruega j&aacute; s&atilde;o &aacute;cidos. Isso pode provocar a destrui&ccedil;&atilde;o da vegeta&ccedil;&atilde;o aqu&aacute;tica, a morte de peixes em lagos, morte de &aacute;rvores em florestas devido &agrave; destrui&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas respirat&oacute;rias, e empobrecimento de solos, pois a acidez retira do solo muitos nutrientes tais como c&aacute;lcio e magn&eacute;sio. Cerca de 67% das florestas inglesas j&aacute; foram destru&iacute;das desta forma. Nos pr&eacute;dios podemos observar a corros&atilde;o do concreto e do ferro utilizado nas constru&ccedil;&otilde;es. Os monumentos, como o Cristo Redentor, tamb&eacute;m s&atilde;o atingidos, principalmente os de m&aacute;rmore e outras pedras calc&aacute;rias. As est&aacute;tuas de cobre e outros objetos deste metal v&atilde;o lentamente se cobrindo de verde de malaquita.</p> <p> <strong>A CAMADA DE OZ&Ocirc;NIO</strong></p> <p> Do total da energia que nos chega do Sol, cerca de 46% correspondem &agrave; luz vis&iacute;vel; 45%, &agrave; radia&ccedil;&atilde;o infravermelha, e 9% , &agrave; radia&ccedil;&atilde;o ultravioleta. Essa &uacute;ltima cont&eacute;m mais energia e, por isso, &eacute; mais perigosa para a vida dos animais e vegetais sobre a superf&iacute;cie da terra. O ultravioleta &eacute; a radia&ccedil;&atilde;o que consegue &ldquo;quebrar&rdquo; v&aacute;rias mol&eacute;culas que formam nossa pele, sendo por isso o principal respons&aacute;vel pelas queimaduras da praia.</p> <p> Na atmosfera terrestre, entre 12 e 32 Km de altitude, existe a camada de oz&ocirc;nio (O3) e que funciona como escudo, evitando que 9% da radia&ccedil;&atilde;o ultravioleta atinja a superf&iacute;cie da Terra.</p> <p> No in&iacute;cio da d&eacute;cada de 60 verificou-se que a camada de oz&ocirc;nio estava sendo destru&iacute;da mais rapidamente que o normal. O problema foi agravado pelo aumento do n&uacute;mero de autom&oacute;veis, avi&otilde;es a jato, avi&otilde;es supers&ocirc;nicos, foguetes, &ocirc;nibus espaciais. Em 1984 verificou-se uma perda de 40% da camada de oz&ocirc;nio sobre a Ant&aacute;rtida. Calcula-se que a camada de oz&ocirc;nio vem diminuindo 0,5% ao ano, e que uma redu&ccedil;&atilde;o de 1% na camada de oz&ocirc;nio corresponde a um aumento de 2% da radia&ccedil;&atilde;o ultravioleta que chega &agrave; superf&iacute;cie terrestre, o que trar&aacute; problemas como c&acirc;ncer de pele, catarata, cegueira, queima de vegetais, altera&ccedil;&otilde;es no pl&acirc;ncton e reflexos em toda a cadeia alimentar mar&iacute;tima.</p> <p> O oz&ocirc;nio pode ser destru&iacute;do pelo NO: NO + O3 =&gt; NO2 + O2. Depois o NO2 pode reagir com oxig&ecirc;nio at&ocirc;mico presente na atmosfera formando mais NO: NO2 + O =&gt; NO + O2 , resultando em uma rea&ccedil;&atilde;o em cadeia.</p> <p> O oz&ocirc;nio pode ser destru&iacute;do pelo freon que &eacute; o g&aacute;s de refrigera&ccedil;&atilde;o utilizado em geladeiras, freezers, aparelhos de ar condicionado, aeros&oacute;is, sprays de perfumes, desodorantes, tintas, etc.</p> <p> <strong>A FLORESTA AMAZ&Ocirc;NICA</strong></p> <p> A Floresta Amaz&ocirc;nica &eacute; o foco de uma das grandes pol&ecirc;micas que t&ecirc;m motivado a opini&atilde;o p&uacute;blica mundial contra o nosso pa&iacute;s e governo.</p> <p> A princ&iacute;pio, &eacute; extremamente necess&aacute;rio contestar a no&ccedil;&atilde;o de que a Floresta Amaz&ocirc;nica &eacute; o &ldquo;Pulm&atilde;o do Mundo&rdquo;. Somente pessoas desinformadas ou levianas, ou ainda, pessoas que defendem interesses escusos, defendem tal argumento como defenderiam a &uacute;ltima das verdades, pois elas acreditam ou nos querem fazer acreditar que a Floresta Amaz&ocirc;nica est&aacute; continuamente produzindo oxig&ecirc;nio e, simultaneamente, absorvendo CO2, em grande parte gerado pelos pa&iacute;ses industrializados. Essa no&ccedil;&atilde;o &eacute; totalmente falsa e vazia de qualquer base cient&iacute;fica e por isso deve ser totalmente rejeitada.</p> <p> Numa floresta considerada &ldquo;estacion&aacute;ria&rdquo;, como a Floresta Amaz&ocirc;nica e as demais Florestas Equatoriais, a massa total, expressa em termos de madeira, celulose, seiva, etc., permanece praticamente constante e por esta singela raz&atilde;o, estas florestas estacion&aacute;rias n&atilde;o contribuem para alterar a composi&ccedil;&atilde;o da atmosfera terrestre.</p> <p> Durante o dia, por a&ccedil;&atilde;o da radia&ccedil;&atilde;o solar, ocorre a fotoss&iacute;ntese. Por outro lado, na aus&ecirc;ncia de luz, que &eacute; determinante na fotoss&iacute;ntese, a Floresta libera, pelo fen&ocirc;meno da respira&ccedil;&atilde;o celular, uma certa quantidade de CO2, a qual vai se juntar ao CO2 continuamente liberado pela decomposi&ccedil;&atilde;o da mat&eacute;ria org&acirc;nica (res&iacute;duos, folhas, etc.).</p> <p> Se a floresta permanece &ldquo;estacion&aacute;ria&rdquo; (e a Floresta Amaz&ocirc;nica assim permanece por mil&ecirc;nios!) com um volume praticamente constante, isto se deve a que ela j&aacute; alcan&ccedil;ou um estado de equil&iacute;brio (Lei de Lavoisier).</p> <p> A troca global de carbono entre todas as florestas e a atmosfera &eacute; da ordem de 120000 x 106 toneladas/ano, em ambas as dire&ccedil;&otilde;es, ou seja, das florestas para a atmosfera e vice-versa.</p> <p> Somente no caso de florestas artificiais, isto &eacute;, florestas racionalmente cultivadas, pode a concentra&ccedil;&atilde;o de CO2 na atmosfera ser reduzida. Por outro lado, o desmatamento por queimadas, que causa a destrui&ccedil;&atilde;o total da floresta, acarreta um aumento da concentra&ccedil;&atilde;o de CO2 na atmosfera e por essa raz&atilde;o ele contribui para o incremento do denominado &ldquo;efeito estufa&rdquo;, bem como acarreta a extin&ccedil;&atilde;o de centenas de esp&eacute;cies animais e vegetais e, eventualmente, sens&iacute;veis altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas.</p> <p> Assim, devemos avaliar a posi&ccedil;&atilde;o daqueles que, &agrave;s expensas da ignor&acirc;ncia dos humildes habitantes da floresta, vivem em confort&aacute;veis e luxuosos escrit&oacute;rios, no dito Primeiro Mundo, de onde articulam e determinam qual, quando e quanto da floresta dever&aacute; ser destru&iacute;da para em seu lugar colocar gado, cuja prote&iacute;na, certamente, n&atilde;o vai parar na boca da faminta popula&ccedil;&atilde;o do dito Terceiro Mundo.</p> <p> Como demonstrado, a Floresta Amaz&ocirc;nica n&atilde;o &eacute; o &ldquo;Pulm&atilde;o do Mundo&rdquo;, por&eacute;m, a sua destrui&ccedil;&atilde;o cont&iacute;nua trar&aacute; conseq&uuml;&ecirc;ncias catastr&oacute;ficas para a vida na terra, pois acarretar&aacute; um consider&aacute;vel aumento da massa de CO2 na atmosfera e o concomitante aumento do efeito estufa.</p> <p> Esse acr&eacute;scimo da concentra&ccedil;&atilde;o de CO2 j&aacute; foi calculado em cerca de 30 vezes maior do que o acr&eacute;scimo que ocorreria se todas as j&aacute; conhecidas reservas mundiais de petr&oacute;leo fossem utilizadas com fins energ&eacute;ticos. Este seria, sem d&uacute;vida, o dia da Hecatombe Mundial!!!</p> <p style="text-align: right;"> <em>Autor: Guilherme Moraes</em></p>

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