29/03/2014 13h15
Assassinato na Serra do Cip? traz inseguran?a aos moradores
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<strong><span style="font-size: 12px;">Após o assassinato de Alexandre Werneck, servidor da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), e sua namorada, Lívia Viggiano, no início deste ano, na Serra do Cipó, a sensação de insegurança na região cresceu. Os depoimentos dos participantes de audiência da Comissão de Segurança Pública realizada nesta sexta-feira (28/3/14) no distrito, que pertence ao município de Santana do Riacho, comprovam esse fato.</span></strong></h1>
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A intenção dos criminosos era roubar o carro do casal, que acabou abandonado na região, após ser incendiado. Durante as investigações, a Polícia Civil prendeu Helton Moreira de Castro e Marcos Magno Faria, suspeitos que teriam confessado o crime. A dupla foi indiciada pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), estupro e ocultação de cadáver. Segundo a polícia, foram roubados os celulares e R$ 170 do casal.</p>
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Em seu pronunciamento, o deputado Carlos Pimenta (PDT), que solicitou a reunião, lembrou que o acontecimento trouxe muita preocupação à comunidade da região, um dos pontos turísticos mais importantes do Estado. “Isso afeta toda a economia local, formada principalmente por pousadas e hotéis, e pelas atividades indiretamente ligadas ao turismo”, afirmou.</p>
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O parlamentar também requisitou reforços para o efetivo da polícia local, obras de infraestrutura, como a construção de uma ponte e um projeto de mobilidade urbana que interligue os municípios da região. Ele cobrou, ainda, uma solução efetiva para os problemas da rede elétrica de Santana do Riacho. "A falta de energia é um entrave para o desenvolvimento e influencia diretamente na segurança pública”, disse.</p>
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A crescente violência no Estado e no País também foi abordada pelo deputado Gustavo Valadares (PSDB). “Essa talvez seja a maior reivindicação da população brasileira”, comentou. Ele creditou o problema ao Código Penal brasileiro, em sua opinião, defasado, e à consequente certeza de impunidade dos criminosos. O parlamentar ainda solicitou um posto policial no quilômetro 93 da rodovia MG-10. “A rodovia corta municípios com realidades muito diferentes. Um posto de controle no local é essencial para limitar a circulação de pessoas inescrupulosas”, argumentou.</p>
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O deputado João Leite (PSDB) reclamou do excesso de responsabilidade conferida às prefeituras para o controle da violência. “Os Estados são responsáveis por 87% do que é investido em segurança no País, enquanto o Governo Federal arca com apenas 13%”, informou. “Minas Gerais tem 95 mil presos, e o Estado não recebe nenhum repasse federal para a guarda desses presos. Saem do caixa do Executivo estadual R$ 180 milhões por mês para bancar os presidiários”, concluiu.</p>