21/03/2014 17h05
Grito de Rock
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Vou falar hoje sobre um tema que faz tempos eu venho tentado escrever, e que desde a minha entrevista com o Roberto Menescal, essa vontade aumentou ainda mais, e apesar de tratar de um assunto que “está na moda” (mesmo não se tratando de algo novo, e que já é praticado por vários grupos há anos), eu ainda não havia encontrado um momento ideal para falar sobre COLETIVO.</p>
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Então, pegando gancho na 2ª edição do Grito Rock João Monlevade, que acontece nesse final de semana, dias 21 e 22 de março (e todos sabem o carinho que tenho por essa cidade), achei que agora seria o momento perfeito, a hora é agora!</p>
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Bom, falando primeiro sobre o Grito Rock, que em João Monlevade está na sua 2ª edição, e é realizado pelo Coletivo 7faces, um dos parceiros da SL Produtora. Conheci a Carla Lisboa (responsável pelo Coletivo 7faces) em 2009, tivemos por algum tempo um relacionamento meramente profissional, e com o tempo nos tornamos parceiras, não só profissional mas parceiras de vida, claro e certo, que temos nossas “grandes” diferenças e nos estranhos por algum tempo, mas como todo e qualquer relacionamento, essas “estranhezas” são necessárias para o crescimento.</p>
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Desde que surgiu o 7faces, em novembro de 2012, venho acompanhando o trabalho dessa galera, inclusive já fui parceira em alguns trabalhos realizados por eles. Acompanhei todas as etapas do grupo, desde o inicio... os erros, os acertos e principalmente, o amadurecimento.</p>
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Conversando com a Carla esses dias, perguntei a ela sobre as maiores dificuldades enfrentadas pelo Coletivo. O que mudou, ou se mudou alguma coisa no Coletivo de agora, realizando a 2ª edição do GR, e o Coletivo de um ano atrás, realizando seu primeiro festival. E a resposta dela foi a seguinte:</p>
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“Olha Samira, eu poderia dizer que a maior dificuldade é a falta de apoio financeiro, poderia dizer que a maior dificuldade é a falta de apoio do poder público, ou então, a falta de apoio do público, numa cidade onde existem muitos “grupos”, “panelinhas”, mas não. Essas dificuldades, e nos duas sabemos bem, é comum em todo lugar. Todo coletivo e/ou produtor, organização, sempre reclamam dessas mesmas dificuldades. É aquela velha história: “A grama do vizinho é sempre mais verde.”</p>
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Qual a maior dificuldade que enfrentei no coletivo? Falta de apoio e colaboração da própria equipe. Acho que quando se faz parte de qualquer grupo, coletivo, banda, etc, para que as coisas dêem certo, é preciso que todos os envolvidos acreditem de verdade no grupo, no projeto. É preciso que haja comprometimento, cumplicidade, e principalmente, respeito.</p>
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Não sei se é uma regra, se essa é a receita para o sucesso de um trabalho em equipe. Cada caso é um caso. Mas essa é a nossa receita, é o nosso “segredo”. Por um tempo, sempre culpei fatores externos por erros que agora, descobri que se a equipe realmente acreditasse no trabalho que estava envolvida, o resultado teria sido diferente. Mas erros também fazem parte, né?</p>
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Claro que ainda precisamos acertar muita coisa, estamos sempre aprendendo. Mas em relação à equipe atual, acho que finalmente acertamos nos ingredientes. Com uma equipe bem entrosada, que se respeita, se ajuda,e principalmente, que entende que erros e falhas fazem parte do processo, e não desistem no primeiro obstáculo, muito pelo contrário, os enfrenta e aprende com eles, todo o resto fica muito mais fácil, e o saldo é sempre positivo!”</p>
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É isso ai, galera de João Monlevade, quero aplaudir daqui, o sucesso dessa edição do Grito Rock!!!</p>
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E quanto ao Coletivo 7Faces, é errando que a gente vai tentando acertar, e como o grande Menescal me disse, tem que ter um líder e não pode ter ciúmes desse líder, e se cada um fizer a sua parte bem feita, o resultado só pode ser positivo.</p>
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E que esse Grito eu possa ouvir daqui.</p>