01/02/2014 12h14
F Imagens [Esbo?o - V?cio]
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Assim inicia-se essa canção/videoclipe que é um misto entre o antigo e o novo, e vice versa. É algo que tem como inicio Vinicius de Moraes com seus cântico, no meio Renato Russo com um tímido abraço forte e, no fim, Phil Veras, que prepara uma surpresa. Gerações, tempos e momentos diferentes, que uma canção consegue unir; coisas teoricamente impossíveis a tanto tempo. Assim, as cenas passeiam pelas palavras do Vinicius; sim, essa foi a ideia que surgiu aleatoriamente num videoclipe sem roteiros ou nenhum seguimento predestinado. "Sentir por todo o corpo, era o movimento que sobrava pra fazer".</p>
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No início da produção, tínhamos a intenção de colocar sequencialmente coisas simples, que pudessem provocar diversas emoções através das imagens soltas; levar quem estivesse assistindo às cenas à um sentimento comum e, ao mesmo tempo, falasse em uma linguagem entendida de forma única para cada um.</p>
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Tivemos o privilegio de ter a Débora Cristina (DeC Photos) participando diretamente do videoclipe e também compondo algumas cenas. Essa parceria continuou em vários outros trabalhos, que serão mostrados em outras edições. Ela foi uma peça fundamental para nós da F Imagens, tanto na questão de criação quanto na execução.</p>
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Fizemos uma dança embalada por movimentos leves, uma bicicleta no final da tarde, origamis em chamas, brasas e histórias. Representamos um sentimento interno de sutileza, algo forte dentro de si. Tudo isso alternando entre alguns acordes, acompanhados harmoniosamente em cada nota cadenciada, de um lado para o outro.</p>
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A gravação aconteceu do inicio ao fim na cidade de João Monlevade, em pontos extremos. Alguns takes na Serra do Seara, com aquela visão gigante e mineira, onde optamos pelo mínimo e usamos parcialmente o chão; outras em casas de amigos, para enfeitar e estar a vontade para ouvir, sentir e respirar a canção. Também a avenida Castelo Branco como ponto de fuga, com seu verde impar no final da caminhada sem pressa, observando até as formigas a trafegar por vias especiais. Tudo foi feito com a mais pura calma, até porque "quanto mais tarde for, mais cedo! A calma é o último suspiro da poesia".</p>
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<em>João Freitas</em></p>