12/12/2024 07h27
Impacto da intervenção no trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares
Com 303,46 quilômetros de extensão, a BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, é muito relevante economicamente para Minas Gerais, especialmente para as regiões Central, Leste e Vale do Aço – que escoam suas produções para Belo Horizonte e São Paulo pela rodovia. Nesse sentido, a concessão e duplicação da rodovia têm grande potencial para atrair investimentos privados que serão importantes para o desenvolvimento da região e, inclusive, para financiar a manutenção e a melhoria da via.
A projeção foi feita pela consultoria Houer em um estudo elaborado para o Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e que levanta os impactos da concessão e duplicação da rodovia para a economia do Estado. “Esse modelo de gestão permite que os recursos públicos sejam redirecionados para outras áreas prioritárias, enquanto o setor privado assume a responsabilidade pelos custos operacionais e investimentos necessários”, destaca o Head de ESG e Inovação da Houer, Felipe Barbosa.
O estudo revela ainda que a concessão deve ter grande impacto sobre a geração de empregos. “Um exemplo disso é que, somente nas cidades sob influência direta da BR-381 no trecho concessionado até São Paulo, com exceção de Belo Horizonte, foi criado em 2023 um saldo de 22.907 vagas, sendo 5.524 no setor industrial. Já nas cidades sob influência direta do trecho ainda sob gestão pública (onde está concentrado o trecho não duplicado da rodovia), houve um registro negativo, com a perda 1.180 vínculos de empregos no setor industrial no ano passado”, disse Victório Semionato, diretor do Conselho de Infraestrutura da FIEMG.
Além disso, a partir da concessão da rodovia, as atividades desenvolvidas pela concessionária que assumirá o trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares vão impulsionar a arrecadação de impostos para o Estado e União da ordem de mais de R$8 bilhões – entre o Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto de Renda (IR), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Esses impostos vão incidir sobre a compra de insumos, mercadorias e serviços prestados pela concessionária, lucro e operações.
As análises apontam para um incremento considerável de ISS. Em municípios como Jaguaraçu, Periquito, Bom Jesus do Amparo, Naque, e Nova União, a arrecadação do imposto a partir da concessão pode ser maior do que o que as prefeituras arrecadam com esse tributo ao longo de 2023. “No município de Jaguaraçu, por exemplo, a arrecadação de ISS gerada pela concessão poderá representar um incremento superior a 7 vezes em relação aos valores apurados em 2023”, destacou Felipe Barbosa.
Outro dado levantado pelo estudo é que a própria concessionária vai gerar empregos diretos com a operação e as obras previstas na rodovia. A previsão é de que até 601 profissionais sejam contratados no pico da operação (média de 534 contratações/ano), o que deve somar uma renda salarial de R$1,18 bilhão por todo o período da concessão.
Confira a íntegra do estudo “INFRAESTRUTURA E CRESCIMENTO ECONÔMICO: a nova rodada de concessão da BR-381 como modelo de segurança, eficiência e sustentabilidade”,
Rafael Passos
Imprensa FIEMG