02/07/2021 14h39
Cada um é feliz como sabe...
O Dia Internacional do Orgulho Gay é comemorado em 28 de junho em todo o mundo. Também conhecido como Dia Internacional do Orgulho LGBTI (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Pessoas Intersexo), ou apenas Dia do Orgulho Gay, esta data tem o principal objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, independente do gênero sexual.
E o que é Homofobia?Termo utilizado para designar uma espécie de medo irracional diante da homossexualidade ou da pessoa homossexual, colocando este em posição de inferioridade e utilizando-se, muitas vezes, de violência física e/ou verbal.
Não importa se uma pessoa é heterossexual, homossexual, bissexual, transgênero, travesti ou intersexo, o importante é ser respeitada como um ser humano e ter todos os seus direitos garantidos.
Devemos refletir, segundo dados da UNESCO (2013), aproximadamente 40% dos homens homossexuais brasileiros descrevem situações em que foram fisicamente agredidos enquanto frequentavam a escola, situações definidas como “bullying homofóbico”. Infelizmente, a escola, local onde deveria construir e compartilhar conhecimentos e desenvolver habilidades sociais ainda é um lugar que mais reproduzem ideias de exclusão de pessoas LGBTI+.
De acordo com o relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), o Brasil ocupa o 1º lugar nas Américas em homicídios contra pessoas LGBTs e é líder em assassinatos de pessoas trans no mundo, sendo o país com os maiores índices de discriminação.
A realidade da comunidade LGBT no Brasil está longe de ser perfeita. Percebemos isso claramente pelos dados sobre a violência que esse grupo enfrenta como uma consequência da LGBTfobia.
Por causa da pandemia, muitos gays, lésbicas, travestis e transexuais voltaram a morar na casa dos familiares e deparam-se com outro perigo: a intolerância e o ódio de pais, irmãos e parentes, que deveriam oferecer amor, aceitação e proteção. Bruna Benevides,primeira mulher trans que conseguiu seguir trabalhando na Marinha e é secretária de articulação política da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), destaca que o número de assassinatos de pessoas trans em 2020 já é maior do que todo o ano de 2019. Foram 64 no ano passado ante 89 este ano. Ela preocupa-se com o aumento da violência contra LGBTQI+ durante o isolamento social:“O retorno às famílias traz graves problemas”, afirma ela.
E infelizmente o dia do orgulho LGBTI foi celebrado com muito preconceito, violência física, verbal ou psicológica. É o que alertam especialistas e ativistas. É o momento de refletir e dar suporte ao modo de vida dos entes queridos. Modo de vida que, acima da percepção do diferente, é natural.
Infelizmente no País não existe uma legislação que proteja, positivamente, essa parcela da população e fortaleça as conquistas junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), como a união estável, casamento em cartório e o direito de registrar um filho. É preciso uma legislação para todas essas práticas. O Brasil é o país que mais mata travestis no mundo e não há políticas públicas para modificar esse cenário.
A homofobia, assim como o coronavírus, tem alto potencial de transmissão pela ignorância e falta de punição aos crimes cometidos, em ambos os casos a vacina já está disponível,e para a Homofobia a melhor forma de imunização é a informação e justiça.
Sexualidade não é opção, ser homofóbico sim. “Está na hora de transformar o preconceito em respeito, de aceitar as pessoas como elas são e querem ser.”
Nádia Guimarães
Sexóloga e Educadora Sexual
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