15/06/2021 18h15
ALEMG - Comiss?o discute espa?os para a valoriza??o da mem?ria
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A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza <strong>audiência pública nesta quarta-feira (16/6/21) para debater o funcionamento de espaços públicos que valorizam a</strong><strong> verdade, a memória e a justiça</strong> e sua importância para a promoção dos direitos humanos. A reunião será às 14h30, no Auditório José Alencar, e foi solicitada pela deputada Andréia de Jesus (Psol), que preside a comissão.</p>
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Para promover a <strong>discussão de grupos que tiveram suas memórias negadas ao longo da história, </strong>serão ouvidas pessoas ligadas aos <strong>movimentos negro, operário, antimanicomial e contra a escravidão atual. </strong>Um dos objetivos é discutir a criação e a manutenção de equipamentos públicos que contribuam para a verdade e a justiça, tais como o Memorial de Direitos Humanos.</p>
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<a href="https://www.almg.gov.br/atividade_parlamentar/comissoes/internaPauta.html?idCom=8&dia=16&mes=06&ano=2021&hr=14:30&tpCom=2&aba=js_tabPauta" style="color: rgb(171, 0, 0); cursor: pointer; text-decoration-line: none;" title="Ir para a página da reunião">Acompanhe a reunião ao vivo e participe do debate, enviando dúvidas e comentários</a>.</p>
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Conforme o gabinete da parlamentar, o memorial já deveria estar ocupando o <strong>antigo prédio do Departamento de Ordem e Política Social (Dops)</strong>, na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, que serviu de aparelho de repressão e violência institucional no período da ditadura civil-militar que se iniciou em 1964 e que ainda está fechado.</p>
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"A discussão sobre memória, verdade e justiça não se limita só aos apagamentos do período da ditadura civil-militar de 1964 a 1985. Estamos falando do Estado onde o caso de Madalena veio à tona, uma mulher que viveu a vida toda dentro de um regime de escravidão, mesmo mais de 130 anos depois da tal abolição da escravatura. O povo negro, o povo trabalhador, a luta antimanicomial, ainda não tiveram seu direito à memória, verdade e justiça assegurados. Estamos trabalhando para isso", frisa Andréia de Jesus.</p>
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A deputada refere-se a <strong>Madalena Gordiano, mu</strong><strong>lher negra resgatada no ano passado, aos 46 anos de idade, em condições análogas à escravidão</strong> <strong>em Patos de Minas</strong> (Alto Paranaíba).</p>
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<strong>Pandemia</strong> - Conforme o gabinete da parlamentar, que defende a <strong>criação de um memorial também em homenagem às vítimas da Covid-19 no Estado</strong>, trata-se de uma temática ampla, que tem sido pauta nacional e que vem sendo atualizada em referência à pandemia, pelo entendimento de que direito à memória passa por se ter dados confiáveis de raça, gênero, classe e território de quem está morrendo mais pela doença. </p>