04/12/2020 08h17
Clubes de Jo?o Monlevade s?o notificados pela ArcelorMIttal para devolverem terrenos de casas da lagoa
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Dionísio - As casas mantidas pelo Social Clube e Floresta Clube (antigo Caça e Pesca) nas lagoas de Aguapé e Jacaré, no distrito de Baixa Verde, em Dionísio, podem deixar de existir. Cheias de história e tradição, as casas ficam em área que pertence à ArcelorMittal Brasil. A empresa, em 27 de outubro, notificou os dois clubes para que desocupem os terrenos à margem da lagoa. O prazo é 27 de janeiro.</div>
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Para tentar reverter a notificação e em busca de negociação, as diretorias dos dois clubes se uniram e agora aguardam uma reunião com representantes da empresa. Eles também mobilizam as comunidades de João Monlevade, Dionísio, Coronel Fabriciano, Timóteo, Baixa Verde e Cava Grande.</div>
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“A ArcelorMittal preza pelo diálogo e relacionamento com a comunidade. Queremos conversar”, enfatizou o vice-presidente do Social Clube, Amaury Martins Pereira. A fala dele foi endossa pelo presidente do Floresta Clube (antigo Caça e Pesca), Darcy José Oliveira que completou: “os sócios estão revoltados com a atitude da ArcelorMittal. Temos que rever isso”. </div>
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Clubes podem fechar as portas</div>
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Os diretores vão além e pontuam que, caso não consigam reverter a situação, os clubes em João Monlevade podem fechar as portas. “O que mantém tanto o Floresta Clube quanto o Social são os sócios. Muitos deles pagam as mensalidades por causa das casas da lagoa. Sem eles [os sócios] não conseguiremos manter as portas abertas”, lamentou Darcy. </div>
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Comércio de Baixa Verde será penalizado</div>
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O comércio no Distrito de Baixa Verde, que tem cerca de 3 mil habitantes, também sofrerá perdas caso as casas fechem. Isso porque tanto o Floresta Clube quanto o Social Clube priorizam compras na localidade, assim como a contratação de mão de obra. “Compramos gás, em loja de material de construção e sempre precisamos de serviços oferecidos por faxineiras, caseiros e pedreiros. Será uma boa renda que o comércio deixará de receber”, frisou Amaury. A Prefeitura de Dionísio foi informada da notificação pelos diretores. </div>
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Cuidado com o meio ambiente</div>
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O Floresta Clube tem hoje, duas casas (uma para o caseiro) e quatro kitnetes em Aguapé e, na lagoa Jacaré, uma casa e uma área de camping com cinco quiosques. As primeiras casas para os sócios começaram a serem construídas em 1957, três anos após a fundação do Clube Caça e Pesca, em João Monlevade. </div>
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Na época, o terreno para a construção e funcionamento das casas foi cedido pela antiga Belgo Mineira. O que prevaleceu até 2005, quando as partes assinaram documentos de comodato.</div>
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O mesmo ocorreu com o Social Clube. As casas da unidade são mais novas: foram construídas em 1985, quando o clube completou 42 anos. Hoje são mantidas quatro casas na lagoa de Aguapé (uma do caseiro). </div>
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A advogada Débora Cristina Pereira Carneiro, que acompanha o desenrolar do processo e orienta a diretoria dos clubes, pontuou que desde a construção das casas na lagoa as duas entidades sempre mantiveram respeito ao meio ambiente e fizeram adaptações que foram sendo exigidas nos decorrer dos anos conforme legislação pertinente. Além disso, os clubes assumiram compromisso de não permitir a pesca predatória. “Os clubes em mais de 63 anos de utilização das área da lagoa nunca foram autuados por desrespeitar as normas legais relativas ao meio ambiente”, concluiu.</div>
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O outro lado</div>
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A ArcelorMittal Brasil foi procurada pela reportagem e até o fechamento dessa edição não se manifestou sobre o assunto. </div>
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Floresta Clube ainda sofre com furto</div>
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Há menos de um mês, vândalos entraram na sede do Floresta Clube e, destruíram diversos materiais e equipamentos do escritório da entidade. Entre ele, documentos e dezenas de fotografias. A ação criminosa ainda dá dor de cabeça à presidência.</div>
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