06/11/2020 09h13
Sede da Funda??o Bem-Viver vai aos poucos sendo consumida por mofo, infiltra?es, desleixo e sujeira
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João Monlevade - Uma casa onde eram mantidas atividades para crianças, adolescentes e famílias em vulnerabilidade social. Cursos profissionalizantes, acolhimento, reforço escolar e muitas outras ações. Assim eram os propósitos da Fundação Bem-Viver, no bairro Novo Cruzeiro, criada no governo do ex-prefeito de João Monlevade, Laércio Ribeiro (PT). Hoje, o local que abriga serviços essenciais oferecidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e projeto De Peito Aberto, definha aos poucos. </div>
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Mofo por todo canto, infiltrações que geram poças de água nos cômodos, má conservação, telhado quebrado e a presença de dezenas de pombos e suas fezes tomam conta do lugar. Servidores públicos convivem diariamente com os problemas estruturais do imóvel e reclamam que até o uso do banheiro é dificultoso. “Está cheio de infiltração, o chão molhado devido a chuva e fica por isso mesmo”, comentou uma servidora que enfatizou também a insalubridade do lugar. </div>
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Devido à pandemia, os atendimentos presenciais do que restou na casa estão reduzidos e os poucos funcionários ocupam uma única sala - onde eram mantidas aulas de informática.</div>
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Não só os servidores lamentam a falta de manutenção do imóvel. A comunidade também está atenta aos problemas. O diácono Geraldo Evangelista de Araújo conta que por lidar diretamente com moradores da região, constantemente tem recebido queixas devido a precariedade do imóvel. </div>
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“Que tipo de administração que não zela pelos funcionários? É desumano exigir que profissionais trabalhem nesse local”, falou. O diácono ponderou ainda que o espaço deve ser usado em benefício da população carente, deixando de lado questões políticas. “Estão tratando o Cras como se fosse espaço para pedir favores e é justamente o contrário, o pobre vai lá buscar cidadania”, comentou. </div>
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O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) é a porta de entrada da Assistência Social e tem importante papel no atendimento às famílias em vulnerabilidade. O local é custeado com recursos públicos.</div>
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Aluguel de mais de R$ 9 mil</div>
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A Prefeitura de João Monlevade arca com aluguel no valor de R$ 9.295,26 para usar a casa do Bem-Viver, como é conhecida. Além do montante, em setembro desse ano, a administração municipal desembolsou R$ 21.069,25 a título de indenização para a imobiliária que loca o imóvel. A Assessoria de Comunicação da prefeita Simone Moreira foi questionada sobre o valor pago e, até o fechamento dessa edição, não havia se manifestado. </div>
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Somados os alugueis e a indenização, o montante pago para uso da casa foi de R$95.431,33, conforme dados divulgados no Portal da Transparência do Executivo. Não constam investimentos em reforma ou manutenção da sede no informe público. </div>
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Problemas chegam à Câmara</div>
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A questão estrutural o imóvel alugado pela Prefeitura de João Monlevade chegou à Câmara Municipal. O vereador Belmar Diniz (PT) foi quem expôs a situação em reunião pública na última quarta-feira (5). O parlamentar, munido de imagens da degradação da casa, foi taxativo ao questionar o motivo da falta de manutenção do lugar. </div>
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“É uma insalubridade enorme. O problema acontece há meses. O prejuízo vai além de não ter mais projetos sociais. A administração tem que arcar com a manutenção e a conta vai acabar ficando para o próximo gestor. Do jeito que está vai gastar rios de dinheiro. Essa é a herança que o governo Simone está deixando para o próximo gestor”, discursou.</div>
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A situação exposta por Belmar foi recebida com preocupação pelo vereador Cláudio Cebolinha. (DEM). O parlamentar considerou a situação crítica e disse estar preocupado caso o local feche diante dos problemas. “ O Cras é uma das única na região do Cruzeiro Celeste. Muitos que são atendidos lá têm dificuldade de vir ao centro por falta até de dinheiro. A preocupação é o pessoal lá de cima ficar desassistido”, ponderou. </div>
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Promessas de melhoria não foram cumpridas</div>
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A casa do Bem-Viver é alvo de reclamações há um bom tempo. Em 2018, o lugar teve diversos materiais furtados devido à precariedade da segurança. Na época, a prefeita de João Monlevade, Simone Moreira (PTB) alegou que o lugar passaria por reestruturação e brevemente voltaria a oferecer, por exemplo, acompanhamento jurídico, psicológico e oficinas. Até então, as promessas não foram concretizadas.</div>
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