09/10/2020 08h10
De Jo?o Monlevade a Belo Horizonte a p?
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João Monlevade / Belo Horizonte - Ele tem 84 anos, cirurgia de prótese total de quadril, é músico, possui uma saúde invejável, é bom de prosa, gosta de bolo, cerveja e completou, pela segunda vez, um trajeto de cerca de 175 quilômetros de caminhada pela Estrada Real. Este é José Júlio Domingues, Sô Julinho ou José Júlio de Sô Pelágio. </div>
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A primeira vez que o percurso foi concluído com sucesso foi há 20 anos. Em dois dias, Sô Julinho, o filho Wildes e amigos, toparam o desafio e saíram de Belo Horizonte rumo a João Monlevade. </div>
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Na época, os caminhantes queriam celebrar a virada do “ano mil para dois mil” (1999 para 2000). “Meu filho me incentivou muito e eu topei”, conta Sô Julinho esbanjando vitalidade. </div>
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O novo desafio ocorreu no caminho inverso - da capital mineira para João Monlevade. O planejamento foi detalhado dessa vez. Vários encontros regados a música, boa prosa e cerveja garantiram passo a passo da aventura do grupo. </div>
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Foi contando um caso e outro que o grupo se divertia e esquecia do sol escaldante destes primeiros dias de outubro de 2020. Belas paisagens, montanhas, vegetação da mais variada, céu limpo. Trecho noturno iluminado pela majestosa lua cheia.</div>
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Carro de apoio </div>
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Os caminhantes, também optaram por terem como “companhia” um carro de apoio equipado com água geladinha, isotônico, frutas e uma boa rapadura. André Guerra, Felipe (Pitt) e Victor Guerra, esperavam o grupo em alguma sombra do caminho. O veículo também foi usado para levar os homens até aos locais escolhidos para o repouso diário. “Dessa vez o roteiro foi mais light, com a ajuda do carro e pernoite em hotéis”, detalhou o aventureiro Sô Julinho. </div>
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O vovô aventura contou à reportagem do Bom Dia que o grupo formado por ele, o representante comercial, Antônio Martins Freitas (China) e pelos médicos Wildes Domingues (seu filho), Antonio Gabriel de Vasconcelos Costa e Rosenir José Abreu Neves saiu de João Monlevade às 15h, da quarta-feira, 30 de setembro. Eles percorreram 30 quilômetros até a barragem de Peti, em Santa Bárbara. </div>
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A emoção do primeiro dia terminou por volta das 22h. O carro de apoio retornou com o grupo para João Monlevade, onde os caminhantes dormiram em casa. Na quinta-feira (1º), o veículo de apoio deixou os homens no local em que eles haviam terminando a caminhada do primeiro dia. </div>
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Desafio</div>
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De lá, pé na estrada e destinado certo: Barão de Cocais. Pausa para descanso e ao raiar do dia, na sexta-feira (2) o grupo rumou até Caeté. Esse trecho foi o mais complicado. Serra íngreme, morro e muita poeira pela estrada. “Foi o maior desafio. No trecho andávamos cerca de 4,2 KM, velocidade reduzida quando comparada aos 5,4km dos outros pedaços do caminho. Estou me sentindo um vencedor. Não é qualquer um que faz”, enfatizou Julinho. </div>
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Mais uma pausa para descanso e a caminhada foi retomada no sábado (3), de Caeté para Sabará, onde dormiram no terceiro dia de aventura. No último dia do trajeto, os trabalhos começaram por volta das 5h e o grupo chegou à Praça Sete, em Belo Horizonte, às 11h15. “Estou muito feliz, não sei se alguém da minha idade já fez isso”, destacou o aventureiro. </div>
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Só elogios do filho companheiro de aventuras</div>
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Companheiro e incentivador da aventuras, o filho de Sê Julinho, o médico Wildes, é só elogios ao pai. “Na vida e na caminhada, papai é uma pessoal com astral elevado. Sempre com sentido de alegria, com uma leveza que contagia as pessoas a seu redor. Contou vários causos e piadas para descontrair a turma e despistar os momento de maior esforço físico. Alegria total nas chegadas dos trechos. Empenhado e comprometido. Receioso até o final do trecho de Caeté. Fez todo o percurso a pé, sem subir em carro de apoio qualquer, assim como os demais da equipe. Como brincaram alguns em trocadilho: o Sô Julinho tem uma “baixa” auto-estima muito elevada. Contagiante, alegre. Companheirão”, disse.</div>
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Caminhada diária</div>
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O preparo físico de Sô Julinho é invejável. Diariamente ele faz caminhadas com grandes percursos. O menor deles, gaba-se que vai do bairro Areia Preta, onde mora, até a neném do Lindinho, no centro comercial de João Monlevade. “Me sinto muito bem andando”, pontuou. </div>
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Curtir a fama e a aventura</div>
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Perguntado se faria a caminhada ecológica novamente, Julinho brinca que agora quer curtir a fama e as lembranças do passeio. “Há 20 anos eu fui. Agora, voltei. Não me esperem para fazer o trajeto daqui a 20 anos”, gargalhou. O bom humor, inclusive, é marca do vovô. Além disso, ele se auto intitula muito inteligente e dono de uma saúde invejável. “Seja inteligente e tenha saúde. O resto vem direitinho”, aconselhou.</div>
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Figura monlevadense</div>
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Sô Julinho é natural de São Domingos do Prata, mas mora em João Monlevade há décadas. É figura monlevadense cativa. Atleticano, é saxofonista e integrante da Orquestra Big Band Funcec. Pai de cinco filhos, avô de nove netos e bisavó de duas meninas, ele enaltece a família e se diz privilegiado.</div>