24/01/2020 07h38
Al?m de entidades, popula??o prefere o tr?nsito como antes na regi?o central de Jo?o Monlevade
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João Monlevade - Polêmica, reclamações e inúmeros pedidos para que a Prefeitura volte atrás em relação às mudanças feitas no trânsito da região central. Esse é o balanço que se faz com as alterações promovidas através do projeto Novo Centro, realizado pelo Executivo monlevadense por meio do Setor de Trânsito e Transportes (Settran) e que tem gerado muitos debates nos últimos meses. </div>
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Com o projeto, vários retornos e sentidos de direção foram alterados em ruas próximas às avenidas Getúlio Vargas e Wilson Alvarenga, em Carneirinhos. As mudanças geraram muitas reclamações nos últimos meses e muito se debateu sobre o assunto na Câmara Municipal, nas entidades e associações e, principalmente, nas redes sociais e nas ruas e comércio. A maioria dos que opinam sobre a questão é contrária às mudanças e prefere o trânsito como era anteriormente, mesmo apresentando lentidão nos horários de pico. A reportagem do Bom Dia foi às ruas, ouviu a população sobre o assunto e constatou que a maioria não aprovou as mudanças feitas.</div>
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Para o caminhoneiro Fernando Braga Polito, as mudanças não foram boas, principalmente para quem vem da região do bairro República. “Achei péssimo, essas mudanças foram ruins e não favoreceram em nada a quem vem do bairro Republica e quer um acesso mais rápido para ao hipermercado, por exemplo”, afirmou.</div>
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A confeiteira Caroline Sena também acha que a lentidão do trânsito piorou. “O trânsito ficou mais lento e com menos opções de retorno, piorou muito, principalmente nos horários de pico comercial. Não conheço ninguém que ficou satisfeito com essas mudanças no trânsito. Antes era melhor”, disse.</div>
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O motoboy Miguel Arcanjo, que trafega diariamente pela região central a trabalho, pondera e diz que há erros e acertos. “Em minha opinião, o trânsito atual possui pontos positivos e outros negativos. Beneficia alguns e atrapalha outros. Não há como agradar a todos nesse caso, envolve muita gente. Ainda mais na região central. Muitas questões também são por causa da novidade, com o tempo a população acostuma”, destacou.</div>
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O comerciante Merlin Eleutério é outro que acha que não deveria ter havido a mudança no trânsito em determinados pontos do centro. “Acredito que não houve uma discussão profunda sobre a mudança. Acho que o mais adequado era ter feito uma pesquisa sobre o assunto, antes de implantar as alterações. Por exemplo, acho que deveria ter mantido a pista de mão única próximo ao bar Cabritim, com o semáforo para quem segue á esquerda e a direita livre. E o ponto no mesmo lugar onde era, na praça. As outras mudanças eram evitáveis”, disse.</div>
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Para o jornalista Ernane Mota, é compreensível que a administração municipal realize mudanças para melhorar o caos que é o trânsito em Monlevade, mas abrir mão do diálogo quando o assunto é tão complexo é incompreensível. “Penso que antes de se tomar certas decisões que afetam grande parte da população deveriam ouvir quem está diretamente envolvido. É inadmissível ter que dar uma longa volta em Carneirinhos para poder fazer um simples retorno. É preciso a prefeita ouvir os comerciantes e a população. Se as obras tinham como objetivo desafogar o trânsito horrível, o objetivo falhou. E ainda penso que enxergar as críticas como intrigas da oposição é se apequenar diante da situação. Se algo deu errado, que corrijam”, desabafou.</div>
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Settran</div>
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Questionado pela reportagem sobre as mudanças no trânsito da região central, provenientes do projeto Novo Centro, o chefe do Setor de Trânsito e Transportes (Settran) da Prefeitura, Brenno Lima, disse acreditar que o resultado é positivo, já que, segundo ele, a população já está se adaptando às alterações. “Meu balanço é muito positivo, haja vista que as pessoas já estão bem adaptadas às mudanças e acho que conseguimos atender a situação de entrada e saída na região central para todos os bairros”, salientou.</div>
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O chefe do Settran se reuniu com representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de João Monlevade e da Associação Comercial, Industrial e de Prestação de Serviços (Acimon) na tarde da última quarta-feira, 22. O objetivo do encontro, segundo Brenno, foi ouvir as entidades sobre as mudanças realizadas e, em conjunto, debater o assunto.</div>
