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08/11/2019 08h27

O Candeeiro de Wand?o Madruga

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<div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Sumido mesmo estava nosso amigo Wand&atilde;o Madruga, fil&oacute;sofo de boteco e rep&oacute;rter das cal&ccedil;adas sujas. Aquele mesmo, que me deu a honra de sua parceria em diversas cr&ocirc;nicas e at&eacute; em livros, j&aacute; que n&atilde;o sou bobo e sempre me vali de suas ideias para engrossar minhas linhas.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Para quem n&atilde;o se lembra ou desconhece a figura lend&aacute;ria de Wand&atilde;o Madruga, posso afirmar que, ele sim, sempre foi detentor de Candeeiro bem acesso e vigoroso. Atento, pronto para destilar suas fortes opini&otilde;es sobre tudo e todas as coisas, sem qualquer resqu&iacute;cio de prepot&ecirc;ncia ou arrog&acirc;ncia, como se tem visto muito por a&iacute;.&nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> A boa nova &eacute; que depois de um per&iacute;odo de descanso, demorado, diga-se de passagem, assim como suas teorias sobre as letras de Caetano e sobre o calor das capoeiras, ele est&aacute; de volta. E como sempre e mais ainda, afiado. Seu sumi&ccedil;o, dizem, pode ter sido fruto desses tempos bicudos de intoler&acirc;ncia, de um eterno flaxflu pol&iacute;tico, redes sociais como campo de batalha e fomentadores de egos inflados, recheadas de excesso de informa&ccedil;&atilde;o e de escassez de conhecimento.&nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Wand&atilde;o &eacute; cineasta que filma flores, cuspido pelas lentes de Glauber. Revolucion&aacute;rio de bodoque sa&iacute;do da fuma&ccedil;a de Gabeira. Banguela na arcada superior e piv&ocirc; de ouro na inferior. Cal&ccedil;a Lewis pega-frango e chinelos Havaianas gastos no calcanhar. Bon&eacute; com logomarca de f&aacute;brica de cimento e brinco de prata na orelha esquerda. Camisa branca do Botafogo de 76.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Wand&atilde;o &eacute; remador do Xingu. Piloto de monomotor. Frequentador do Louvre e h&oacute;spede dos Terenas de Piripiri. &Eacute; analista pol&iacute;tico p&oacute;s-golpe e econ&ocirc;mico p&oacute;s-crise. Bate uma laje como ningu&eacute;m. Escritor? Poeta. M&uacute;sico autodidata, compositor de choros risonhos e f&atilde; de Lupic&iacute;nio. Viciado em caf&eacute; forte e jil&oacute; com f&iacute;gado.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Em tempos de sua gradua&ccedil;&atilde;o irregular em jornalismo, era s&oacute; abrir a boca para todos se calarem. Em tr&ecirc;s ou quatro minutos ensinava mais que alguns professores em seis longos meses. Nas mesas boemias reinava, sem pedantismo ou qualquer sinal de arrog&acirc;ncia. Era o puro fruto do carisma de quem tem sempre algo interessante a dizer, mesmo que de forma simples e, &agrave;s vezes, simpl&oacute;ria.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Enfim, um colecionador de teorias. Muitas delas pr&aacute;ticas. O dono de um Candeeiro vivo que, apesar de gasto pelo precioso tempo, ainda ilumina as paragens da vida e abre caminho para o pensar, esse danado. Assim como o velho Candeeiro do amigo Elomar em sua Casa dos Carneiros, a chama precisa de Wand&atilde;o ainda brasa.&nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &Eacute; o Candeeiro de Wand&atilde;o.</div>

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