16/08/2019 07h10
CANDEEIRO: Lumiar sobre literatura e outros cantos
CANDEEIRO: Lumiar sobre literatura e outros cantos
<div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;">
Fui procurado meses atrás por dois amigos escritores, em ocasiões distintas, que me sugeriram a criação de um grupo em João Monlevade para debater, fomentar e produzir cultura, mais precisamente a literatura, que é nossa praia em comum. Foram eles os feras das letras Geraldo Eustáquio Ferreira, nosso famoso professor Dadinho e o precioso e meticuloso romancista Jairo Martins. Grupo físico, diga-se de passagem, não só de redes sociais.</div>
<div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;">
A ideia de meus talentosos amigos é a de criar um grupo que revitalize a discussão e a produção cultural e literária em nossa cidade, se reunindo com periodicidade, discutindo, debatendo, apresentando ideias novas e projetos para incentivar a produção literária e a leitura entre crianças e jovens, além de criar laços entre todas as formas de expressão cultural e artística. Entre as ideias já propostas, o professor Dadinho sugeriu que se apresentasse um projeto à empresa ArcelorMittal Monlevade, para que o grupo, já formalizado e devidamente organizado, realizasse seus encontros e eventos no imóvel do antigo Cassino, prédio histórico da cidade que também poderia abrigar exposições artísticas, lançamentos literários, saraus, oficinas, peças teatrais e apresentações musicais, o que faria com que o local fosse bem aproveitado. Repito, a ideia do Cassino é do meu amigo Dadinho, pois, diferente de alguns por aí, não sou afeito a roubar as boas ideias de quem não pensa só em si. </div>
<div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;">
Outro ponto a se destacar é que não se trata de cópia, rememoração ou algo que queira se comparar e, muito menos, superar o que foi feito pelo histórico, divisor de águas e marcante GEL, Grupo de Estudos Literários, que movimentou a cultura local nas décadas de 70 e 80 e contava com nomes representativos, como os de Tim Mirim, Francisco Barcelona, Geraldo Magela, entre outros. Antes que os donos da história e dos fatos venham gritar que se trata de imitação do famoso GEL, já afirmo que o objetivo não é esse e corre longe das características de seus idealizadores, aqui citados, que, além do talento, também têm a discrição e a simplicidade como peculiaridades.</div>
<div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;">
Acredito, ainda, que esse novo grupo deve romper barreiras regionais e contar com a presença de nomes como os do novaerense Remisson Aniceto e do monlevadense radicado há anos em Belo Horizonte, Ádlei Carvalho, que acabam de lançar obras consistentes e de qualidade literária, além do “trator cultural” alvinopolense chamado Marco Martino, com seu fôlego de nadador olímpico e sensibilidade cultural apurada, sempre com muito que falar.</div>
<div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;">
A ideia é boa. Merece luz. Nosso candeeiro, mesmo que de forma tímida, joga seu lumiar sobre a questão, que merece crédito.</div>