Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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29/03/2019 08h26

Risco de ruptura de barragem ser? debatido na Assembleia

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<p style="text-align: justify;"> <strong>Belo Horizonte</strong>- Nesta sexta-feira, 29, a Comiss&atilde;o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audi&ecirc;ncia p&uacute;blica para debater os impactos ambientais, sociais e econ&ocirc;micos decorrentes das atividades miner&aacute;rias no munic&iacute;pio de Bar&atilde;o de e no seu entorno. A reuni&atilde;o acontecer&aacute; a partir de 9h30, no Plenarinho II da ALMG.</p> <p style="text-align: justify;"> Em Bar&atilde;o de Cocais est&aacute; localizada a barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco, que pertence &agrave; mineradora Vale. No dia 22 de mar&ccedil;o de 2019, por orienta&ccedil;&atilde;o da Ag&ecirc;ncia Nacional de Minera&ccedil;&atilde;o (ANM), a Vale elevou de 2 para 3 o n&iacute;vel de seguran&ccedil;a dessa barragem, o que significa risco iminente de ruptura. &Eacute; a primeira vez que uma barragem atinge o n&iacute;vel 3, desde o rompimento da barragem da Mina de C&oacute;rrego do Feij&atilde;o, em Brumadinho (Regi&atilde;o Metropolitana de Belo Horizonte), em dia 25 de janeiro &uacute;ltimo.</p> <p style="text-align: justify;"> No dia 8 de fevereiro, quando o n&iacute;vel de seguran&ccedil;a da barragem Sul Superior foi elevado de 1 para 2, centenas de pessoas receberam orienta&ccedil;&atilde;o para deixar suas casas, na zona de autossalvamento, que abrange a &aacute;rea imediatamente afetada por um eventual rompimento da estrutura, sem tempo para serem salvas por equipes de emerg&ecirc;ncia.</p> <p style="text-align: justify;"> A Defesa Civil de Minas Gerais indicou que mais de 6 mil pessoas podem ter suas casas atingidas pela lama no caso de uma ruptura, atingindo tamb&eacute;m os munic&iacute;pios de Santa B&aacute;rbara e S&atilde;o Gon&ccedil;alo do Rio Abaixo.</p> <p style="text-align: justify;"> Na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (26/3/19), o Tribunal de Justi&ccedil;a de Minas Gerais (TJMG) determinou o bloqueio de mais de R$ 2,95 bilh&otilde;es das contas da mineradora Vale, para assegurar o ressarcimento de eventuais preju&iacute;zos causados &agrave;s pessoas afetadas nas evacua&ccedil;&otilde;es j&aacute; realizadas e as que ainda possam ocorrer na &aacute;rea que pode ser atingida por um rompimento da barragem Sul Superior.</p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Direitos humanos -</strong>O requerimento para discutir a situa&ccedil;&atilde;o em Bar&atilde;o de Cocais e regi&atilde;o &eacute; de autoria da deputada Beatriz Cerqueira (PT). Segundo a deputada, a inten&ccedil;&atilde;o &eacute; avaliar as reiteradas viola&ccedil;&otilde;es dos direitos humanos da popula&ccedil;&atilde;o, gerados pela minera&ccedil;&atilde;o nesses munic&iacute;pios.</p> <p style="text-align: justify;"> &ldquo;Al&eacute;m do bloqueio de recursos, precisamos encaminhar a&ccedil;&otilde;es efetivas de amparo &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. Para isso, &eacute; necess&aacute;rio ouvir essas pessoas, saber como essa situa&ccedil;&atilde;o impactou suas vidas&rdquo;, afirmou a deputada.</p> <p style="text-align: justify;"> J&aacute; confirmou presen&ccedil;a na audi&ecirc;ncia p&uacute;blica o promotor de Justi&ccedil;a da Comarca de Bar&atilde;o de Cocais, Cl&aacute;udio Daniel Fonseca de Almeida. O prefeito municipal, D&eacute;cio Geraldo dos Santos, tamb&eacute;m est&aacute; convidado, assim como os vereadores.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Caminho da lama</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Devastador e impactante - esses s&atilde;o dois termos encontrados para definir os efeitos causados pelo poss&iacute;vel rompimento da Barragem Superior Sul da Mina de Gongo Soco em Bar&atilde;o de Cocais.</p> <p style="text-align: justify;"> Caso aconte&ccedil;a mais essa trag&eacute;dia, a lama, juntamente com os destro&ccedil;os que ela vai criando ao longo de sua descida, vai para o rio S&atilde;o Jo&atilde;o que por sua vez, ap&oacute;s atravessar Bar&atilde;o de Cocais, segue at&eacute; Barra Feliz onde esse rio se encontra com o rio Concei&ccedil;&atilde;o, formando a&iacute; o rio Santa B&aacute;rbara.</p> <p style="text-align: justify;"> O recuo da lama pode atingir o distrito de Brumal.</p> <p style="text-align: justify;"> Passando por Barra Feliz a lama continua descendo, agora pelo rio Santa B&aacute;rbara, atingindo parte da cidade hom&ocirc;nima at&eacute; atingir a represa de Peti - que dever&aacute; segurar parte desse rejeito.</p> <p style="text-align: justify;"> A contamina&ccedil;&atilde;o continua at&eacute; atingir a cidade de S&atilde;o Gon&ccedil;alo do Rio Abaixo, onde a PCH da cidade poder&aacute; reter tamb&eacute;m um pouco desse material.</p> <p style="text-align: justify;"> Continuando seu caminho de destrui&ccedil;&atilde;o a lama chegaria a cidade de Jo&atilde;o Monlevade - que retira cerca de 80% de seu abastecimento d&acute;&aacute;gua do Santa B&aacute;rbara.</p> <p style="text-align: justify;"> Em seguida, na comunidade rural de Capela Branca o Santa B&aacute;rbara se encontra com o Piracicaba, contaminando as suas j&aacute; polu&iacute;das &aacute;guas, seguindo ent&atilde;o para Nova Era.</p> <p style="text-align: justify;"> A sequ&ecirc;ncia ent&atilde;o &eacute; Ant&ocirc;nio Dias, Tim&oacute;teo, Coronel Fabriciano e Ipatinga.</p> <p style="text-align: justify;"> Em Ipatinga o Piracicaba desagua no Rio Doce - levando mais uma vez rejeitos at&eacute; esse moribundo rio, que levar&aacute; mais morte ao mar.</p>

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