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08/10/2018 10h20

Com d?vidas da Vale e Estado Catas Altas deixa de arrecadar cerca de 5,3 milh?es

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<p> R$ 5.368.441,20 milh&otilde;es. Este &eacute; o valor estimado que Catas Altas deixou de arrecadar desde o ano passado com falta e atraso de repasses e pagamento de taxas e impostos.</p> <p> O valor equivale a quase tr&ecirc;s meses de arrecada&ccedil;&atilde;o do munic&iacute;pio e a queda j&aacute; est&aacute; come&ccedil;ando a refletir negativamente na economia local.</p> <p> Desse montante, R$ 1.893.595,54 (valor atualizado em 4 de outubro) s&atilde;o referentes aos repasses n&atilde;o realizados pelo Governo Estadual. Com isso, somente a sa&uacute;de deixou de receber investimento da ordem de R$ 715.391,26. O valor da educa&ccedil;&atilde;o, por meio do Fundo de Manuten&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica (Fundeb), j&aacute; atingiu mais de R$ 500 mil.</p> <p> Outra queda &eacute; proveniente da arrecada&ccedil;&atilde;o com a Compensa&ccedil;&atilde;o Financeira pela Explora&ccedil;&atilde;o de Recursos Minerais (Cfem). De R$ 942.020,12 recebidos em janeiro de 2018 caiu para R$ 10.350,47 em junho.</p> <p> &ldquo;No in&iacute;cio de agosto, enviamos um of&iacute;cio ao gerente executivo da Vale que &eacute; respons&aacute;vel pela nossa regi&atilde;o, onde solicitamos esclarecimentos a respeito dos procedimentos de c&aacute;lculos da Cfem realizados pela empresa, uma vez que o recurso teve uma queda significativa nos meses de maio, junho e julho. Queremos entender o que fez com que a nossa receita da compensa&ccedil;&atilde;o financeira tamb&eacute;m ca&iacute;sse&rdquo;, explica o prefeito Jos&eacute; Alves Parreira.</p> <p> Al&eacute;m disso, a empresa deve ao munic&iacute;pio R$ 3.474.845,66 referente &agrave;s taxas de fiscaliza&ccedil;&atilde;o e funcionamento.</p> <p> De acordo com Parreira, h&aacute; alguns anos, a Vale vinha pagando apenas um valor estimado das taxas. &ldquo;Quando assumimos a gest&atilde;o em 2017, representantes da empresa vieram questionar a diferen&ccedil;a em rela&ccedil;&atilde;o ao ano anterior. Na ocasi&atilde;o, esclarecemos a aplica&ccedil;&atilde;o correta do c&oacute;digo tribut&aacute;rio, onde chegou-se ao valor informado. Passamos a cobrar o que est&aacute; previsto no C&oacute;digo Tribut&aacute;rio Municipal n&ordm;186/2005. Ou seja, eles pagaram menos do que estava exigido na lei durante v&aacute;rios anos&rdquo;, explica.</p> <p> Em maio de 2018, a empresa depositou o montante em ju&iacute;zo, alegando que a cobran&ccedil;a seria inconstitucional. &ldquo;Enviamos a nossa defesa, uma vez que o munic&iacute;pio n&atilde;o entende essa inconstitucionalidade. A cobran&ccedil;a est&aacute; prevista na legisla&ccedil;&atilde;o vigente. S&oacute; estamos aplicando o que a legisla&ccedil;&atilde;o municipal prev&ecirc;, uma vez que, antes, os c&aacute;lculos eram realizados por estimativas, completamente defasados e fora da legalidade&rdquo;, justifica a Procuradora Librielle Rodrigues.</p> <p> &ldquo;O munic&iacute;pio ainda estava recebendo menos, j&aacute; que a taxa &eacute; cobrada baseada na metragem dos terrenos da empresa. E a Vale havia informado esse n&uacute;mero sem a apresenta&ccedil;&atilde;o do registro imobili&aacute;rio. Quando apresentaram, foi identificado que essa metragem estava incorreta. S&atilde;o mais de tr&ecirc;s milh&otilde;es a menos que a cidade deixou de receber&rdquo;, completa o vice-prefeito Fernando Rodrigues Guimar&atilde;es.</p> <p> Esses atrasos e a falta do recolhimento das taxas e tributos podem impactar significativamente nos servi&ccedil;os p&uacute;blicos ofertados aos mun&iacute;cipes. &ldquo;Estamos tendo que trabalhar com muito planejamento e pondera&ccedil;&atilde;o. Somado a isso, os atrasos dos repasses estaduais t&ecirc;m nos obrigados a utilizar recursos pr&oacute;prios, que s&atilde;o bastantes limitados, dificultando ainda mais o nosso trabalho&rdquo;, justifica Parreira.</p> <p> O vice-prefeito esclarece, por&eacute;m, que, at&eacute; agora, nenhum benef&iacute;cio foi cortado. &ldquo;Muito pelo contr&aacute;rio. A cada dia estamos oferecendo mais e melhores servi&ccedil;os para a popula&ccedil;&atilde;o. S&oacute; que estamos chegando no limite. O dinheiro n&atilde;o est&aacute; entrando. Se n&atilde;o entra, n&atilde;o tem como repassar para a cidade.&rdquo;</p>

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