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28/09/2018 07h02

Ado??o de cores em r?tulos de alimentos para indicar risco ganha for?a

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<p style="text-align: justify;"> <strong>Geral -</strong>A proposta da ind&uacute;stria para um novo padr&atilde;o de r&oacute;tulos de alimentos voltou a ser considerada pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa). A autarquia discute desde 2014 mudan&ccedil;as nas embalagens, com o objetivo de tornar mais clara a informa&ccedil;&atilde;o para os consumidores sobre teores de a&ccedil;&uacute;car, s&oacute;dio e gordura. A meta da ag&ecirc;ncia &eacute; apresentar at&eacute; o fim do ano um modelo para ser submetido &agrave; consulta p&uacute;blica. A ind&uacute;stria defende um formato de sem&aacute;foro, em que cores indicam se o teor do nutriente &eacute; alto, baixo ou m&eacute;dio.</p> <p style="text-align: justify;"> Embora tenha sido descartado da discuss&atilde;o p&uacute;blica feita at&eacute; agora por ser considerada confuso pela equipe t&eacute;cnica da Anvisa, o modelo que adota cores voltou a ser citado. Nomeado por Michel Temer na semana passada, o novo presidente da ag&ecirc;ncia, William Dib, afirmou ser favor&aacute;vel a advert&ecirc;ncias coloridas nas embalagens, independentemente do uso do formato de sem&aacute;foro. As declara&ccedil;&otilde;es provocaram cr&iacute;ticas de entidades ligadas a direito do consumidor e alimenta&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel, que defendem advert&ecirc;ncias simples, com frases que apenas indiquem alto teor de gordura, s&oacute;dio ou a&ccedil;&uacute;car. &quot;&Eacute; um claro retrocesso&quot;, afirmou a diretora-geral da ACT Promo&ccedil;&atilde;o da Sa&uacute;de, Paula Johns.</p> <p style="text-align: justify;"> O advogado do Instituto de Defesa do Consumidor, Igor Rodrigues Britto, tamb&eacute;m ficou surpreso com a retomada da discuss&atilde;o sobre o sistema de cores. &quot;Estranhamos. Essa fala &eacute; contr&aacute;ria n&atilde;o apenas &agrave; an&aacute;lise t&eacute;cnica e cient&iacute;fica de sua equipe, como tamb&eacute;m &eacute; distante do que se falou nas reuni&otilde;es com as organiza&ccedil;&otilde;es da sociedade civil&quot;, disse.</p> <p style="text-align: justify;"> Dib afirma que o uso de cores &eacute; importante sobretudo para tornar os produtos mais atrativos. &quot;N&atilde;o queremos quebrar a ind&uacute;stria ou criar dificuldades. Queremos ter compara&ccedil;&atilde;o&quot;, disse. O presidente lembrou de uma reuni&atilde;o realizada na Federa&ccedil;&atilde;o das Ind&uacute;strias do Estado de S&atilde;o Paulo (Fiesp), h&aacute; dois meses, quando se afirmou que o formato poderia trazer perdas econ&ocirc;micas para o setor, a exemplo do que teria ocorrido no Chile, que adotou um sistema de advert&ecirc;ncias. &quot;A embalagem deixou de ser chamativa. N&atilde;o &eacute; esse o esp&iacute;rito&quot;, disse o novo presidente da Anvisa.</p> <p style="text-align: justify;"> Para Dib, o fundamental &eacute; que popula&ccedil;&atilde;o tenha mecanismos suficientes para identificar qual a composi&ccedil;&atilde;o do alimento e possa comparar produtos semelhantes para identificar qual apresenta maior ou menor teor de determinados nutrientes. Entre as propostas est&aacute; a de tornar compar&aacute;vel as por&ccedil;&otilde;es apresentadas na embalagem. Uma das queixas de t&eacute;cnicos da Anvisa &eacute; de que as por&ccedil;&otilde;es estampadas atualmente na embalagem n&atilde;o refletem a quantidade habitualmente consumida e apresentam dificuldade para compara&ccedil;&atilde;o entre alimentos.</p> <p style="text-align: justify;"> O presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira das Ind&uacute;strias da Alimenta&ccedil;&atilde;o, Wilson Melo, afirmou ter recebido com &quot;bastante alegria&quot; a not&iacute;cia de se recolocar a discuss&atilde;o das cores no cen&aacute;rio regulat&oacute;rio. Ele reconheceu ainda n&atilde;o haver dados precisos sobre o impacto financeiro provocado no Chile depois da ado&ccedil;&atilde;o das advert&ecirc;ncias em cores escuras. &quot;Assim como n&atilde;o h&aacute; dados sobre qual impacto que isso provocou para a redu&ccedil;&atilde;o da obesidade naquele pa&iacute;s.&quot; A Organiza&ccedil;&atilde;o Pan-Americana de Sa&uacute;de, contudo, j&aacute; se manifestou favoravelmente ao sistema de advert&ecirc;ncias.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Op&ccedil;&otilde;es</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Dib afirmou ainda ser preciso avaliar a possibilidade de ter mais de um formato, de acordo com o tamanho da embalagem do produto. E citou refrigerantes. &quot;Ser&aacute; que uma lata tem de apresentar um r&oacute;tulo do mesmo padr&atilde;o que uma embalagem maior? O que sei &eacute; que tem de haver di&aacute;logo.&quot;</p> <p style="text-align: justify;"> <em>Fonte: jornal O Estado de S. Paulo.</em></p>

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