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08/08/2018 16h30

Documento extingue multa bilion?ria a Samarco e inclui atingidos em decis?es de repara??o de danos

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<p> A Justi&ccedil;a Federal de Minas homologou na manh&atilde; desta quarta-feira (8) Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre empresas mineradoras e &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos. Dentre as altera&ccedil;&otilde;es, est&aacute; maior participa&ccedil;&atilde;o dos atingidos no rompimento da barragem em Mariana nas decis&otilde;es de repara&ccedil;&atilde;o de danos e a extin&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&atilde;o civil p&uacute;blica de R$ 20 bilh&otilde;es por parte da Samarco. O documento havia sido assinado em 25 de junho e passa a valer a partir de hoje.</p> <p> O TAC Governan&ccedil;a, como &eacute; chamado, foi criado conjuntamente entre Samarco, BHP, Vale, al&eacute;m da Uni&atilde;o, estados de Minas Gerais e Esp&iacute;rito Santo e Minist&eacute;rios P&uacute;blicos (Federal, de Minas e do Esp&iacute;rito Santo). De acordo com o MP, o termo representa uma garantia &agrave;s v&iacute;timas do desastre de que as obriga&ccedil;&otilde;es legais das mineradoras ser&atilde;o cumpridas e, por esse motivo, justificou-se a extin&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&atilde;o civil p&uacute;blica que exigia R$ 20 bilh&otilde;es das empresas. Outra a&ccedil;&atilde;o, no valor de R$ 155 bilh&otilde;es, teve sua suspens&atilde;o prorrogada.</p> <p> O juiz da 12&ordf; Vara Federal de Minas Gerais, M&aacute;rio de Paula Franco J&uacute;nior, ainda homologou um termo aditivo, que d&aacute; maior participa&ccedil;&atilde;o na governan&ccedil;a aos atingidos pelo rompimento da barragem. Entre os pontos, est&aacute; a inclus&atilde;o de representantes das comunidades no Comit&ecirc; Interfederativo (CIF) e na Funda&ccedil;&atilde;o Renova. Presidido pelo Ibama, o CIF re&uacute;ne representantes dos governos federal e estadual de Minas e Esp&iacute;rito Santo, al&eacute;m de integrantes do Comit&ecirc; da Bacia Hidrogr&aacute;fica do Rio Doce e n&atilde;o tem participa&ccedil;&atilde;o das empresas mineradoras. J&aacute; a Renova &eacute; a entidade criada e mantida pela Samarco para reparar os danos socioambientais causados ap&oacute;s a trag&eacute;dia.</p> <p> Outro ponto presente no termo aditivo ao TAC Governan&ccedil;a &eacute; a possibilidade de contrata&ccedil;&atilde;o de assessorias t&eacute;cnicas por parte das comunidades atingidas. &quot;As assessorias ajudar&atilde;o os atingidos a levar suas demandas e entenderem seus direitos. Elas ser&atilde;o escolhidas livremente, desde que cumpram requisitos de independ&ecirc;ncia e imparcialidade. Os atingidos foram os mais prejudicados pelo rompimento da barragem. &Eacute; preciso que eles tenham informa&ccedil;&otilde;es amplas para tomar decis&otilde;es&quot;, afirmou M&aacute;rio de Paula Franco J&uacute;nior.</p> <p> A audi&ecirc;ncia de concilia&ccedil;&atilde;o n&atilde;o contou com a presen&ccedil;a de representantes dos atingidos pelo rompimento da barragem. De acordo com a Justi&ccedil;a Federal, a sess&atilde;o era aberta a todos que cumprissem os requisitos para participa&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Em nota, a Samarco afirmou que refor&ccedil;a o compromisso com a repara&ccedil;&atilde;o dos danos socioecon&ocirc;micos e socioambientais e reitera que sempre buscou a concilia&ccedil;&atilde;o com os atingidos.</p> <p> <strong>Acidente</strong></p> <p> O rompimento da barragem ocorreu no dia 5 de novembro de 2015, em Mariana. O epis&oacute;dio &eacute; considerado a maior trag&eacute;dia ambiental do Brasil. Cerca de 60 milh&otilde;es de metros c&uacute;bicos de rejeitos de minera&ccedil;&atilde;o foram liberados no ambiente, devastando vegeta&ccedil;&atilde;o nativa e poluindo o Rio Doce at&eacute; a sua foz. Comunidades tamb&eacute;m foram destru&iacute;das e 19 pessoas morreram.</p>

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