Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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11/06/2018 18h10

Estados seguem Minas Gerais e protocolam a??o no STF para cobrar d?vida da Uni?o

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<p> O Governo de Minas Gerais, al&eacute;m de outros 22 estados e o Distrito Federal, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), em Bras&iacute;lia (DF), nesta segunda-feira (11/6), Argui&ccedil;&atilde;o de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) contra a Uni&atilde;o. No documento, os estados reivindicam a partilha de 20% da parcela relativa aos recursos da Desvincula&ccedil;&atilde;o das Receitas da Uni&atilde;o (DRU) que, somente em 2017, foi de mais de R$ 20 bilh&otilde;es.</p> <p> Os estados tamb&eacute;m requerem que sejam apurados os valores que deixaram de ser repassados nos &uacute;ltimos cinco anos, abatendo-os das d&iacute;vidas dos estados com a Uni&atilde;o. A estimativa &eacute; de que Minas Gerais tenha cerca de R$ 8,5 bilh&otilde;es a receber.</p> <p> O pleito &eacute; uma iniciativa do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que j&aacute; havia enviado um primeiro requerimento ao presidente Michel Temer no dia 12 de abril deste ano. No mesmo m&ecirc;s, um novo of&iacute;cio, assinado por 15 estados e o Distrito Federal, endossou a postura do governador. Agora, o movimento ganhou ainda mais for&ccedil;a e 24 governadores, juntamente com os respectivos procuradores-gerais, protocolaram a&ccedil;&atilde;o no STF.</p> <p> &ldquo;&Eacute; a a&ccedil;&atilde;o mais incisiva que estamos fazendo contra a Uni&atilde;o nos &uacute;ltimos anos. Ao todo, estamos falando de cerca de R$ 20 bilh&otilde;es que n&atilde;o foram compartilhados com os estados, somente em 2017, sendo que Minas Gerais tem direito a, aproximadamente, 8,5% deste montante. Decidimos n&atilde;o mais esperar e ajuizamos a a&ccedil;&atilde;o no STF&rdquo;, explica o advogado-geral do Estado de Minas Gerais, Onofre Alves Batista J&uacute;nior.</p> <p> &ldquo;Estamos cobrando da Uni&atilde;o para melhorar a educa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de e seguran&ccedil;a. Essa n&atilde;o &eacute; uma briga partid&aacute;ria ou de partido pol&iacute;tico. Na verdade, &eacute; um ajuste ao pacto federativo que os estados cobram, um ajuste no equil&iacute;brio nas receitas dos estados com a Uni&atilde;o, que centraliza tributos e descentraliza despesas&rdquo;, completa.</p> <p> Desde 1994 a Uni&atilde;o faz uso dos tributos n&atilde;o vinculados &ndash; atualmente chamados DRU &ndash; sem compartilhar com os estados tal arrecada&ccedil;&atilde;o, contrariando o que est&aacute; previsto na Constitui&ccedil;&atilde;o Federal de 1988.</p> <p> <strong>O que &eacute; DRU</strong></p> <p> A DRU &eacute; um instrumento utilizado pela Uni&atilde;o para fins diversos, j&aacute; que permite ao governo federal acesso a parcela das contribui&ccedil;&otilde;es sociais (que t&ecirc;m finalidades espec&iacute;ficas) sem compartilhar receita com os estados.&nbsp;</p> <p> O artif&iacute;cio permite que o governo federal retire do or&ccedil;amento da Previd&ecirc;ncia, por exemplo, 30% do montante que &eacute; arrecadado pelas contribui&ccedil;&otilde;es sociais, que s&atilde;o incorporados ao caixa &uacute;nico do Tesouro Nacional para o Governo utilizar como achar melhor, sem compromisso de aplicar no segmento espec&iacute;fico para o qual a contribui&ccedil;&atilde;o foi criada. Nesse sentido, as contribui&ccedil;&otilde;es funcionam como um imposto disfar&ccedil;ado com a &uacute;nica finalidade de n&atilde;o compartilhar 20% do montante com os estados.</p> <p style="text-align: right;"> <em>Foto/Cr&eacute;dito: Advogado-geral de Minas Gerais, Onofre Batista (em p&eacute;), e procuradores de estados reunidos em Brasilia - Divulga&ccedil;&atilde;o/PGDF</em></p>

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