Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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22/02/2018 17h18

Doen?a do pombo deixa tr?s pessoas hospitalizadas e coloca DF em alerta

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<p> Ao menos cinco moradores do DF foram contaminados, este ano, por fungos presentes nas fezes das aves, concentradas em pontos com concentra&ccedil;&atilde;o de lixo e sobras de comida. Doen&ccedil;a causa meningite, complica&ccedil;&otilde;es cerebrais, pneumonia e at&eacute; a morte</p> <p> Tr&ecirc;s pessoas est&atilde;o internadas no Hospital de Base contaminadas com criptococose, doen&ccedil;a infecciosa letal transmitida por fungos presentes nas fezes de pombos. Dois pacientes receberam alta no in&iacute;cio da semana ap&oacute;s ficarem quase um m&ecirc;s hospitalizados. O mal causa meningite, complica&ccedil;&otilde;es cerebrais e pneumonia. O &iacute;ndice de mortalidade, segundo a literatura m&eacute;dica, chega a 70%. Especialistas dizem ser preciso controlar a prolifera&ccedil;&atilde;o dessas aves para reduzir os riscos de infec&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Embora pare&ccedil;a baixo, os cinco casos s&atilde;o um indicativo da necessidade do monitoramento da popula&ccedil;&atilde;o de pombos &mdash; considerado praga urbana. Al&eacute;m da criptococose, eles podem transmitir psitacose (que atinge os pulm&otilde;es), histoplasmose (causa infec&ccedil;&otilde;es) e salmonelose (afeta o intestino). Os casos n&atilde;o s&atilde;o de notifica&ccedil;&atilde;o compuls&oacute;ria, ou seja, a Secretaria de Sa&uacute;de n&atilde;o &eacute; obrigada a fazer o registro. Mas algumas unidades registraram informalmente casos em 2017. Ningu&eacute;m morreu no DF com a doen&ccedil;a.</p> <p> <strong>Continua depois da publicidade</strong></p> <p> H&aacute; 19 dias, a fam&iacute;lia da auxiliar de servi&ccedil;os gerais Valdin&eacute;ia Almeida Castro, 39 anos, trava uma batalha contra o fungo. M&atilde;e de duas meninas, de 11 e 13 anos, a moradora de Taguatinga faz parte do trio hospitalizado. O primeiro sintoma, uma dor de cabe&ccedil;a forte, apareceu em 3 de fevereiro. Do atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas &agrave; interna&ccedil;&atilde;o no Hospital de Base foram seis dias.</p> <p> &ldquo;Os m&eacute;dicos pediram uma tomografia, depois uma resson&acirc;ncia magn&eacute;tica. Havia uma mancha grande no c&eacute;rebro&rdquo;, conta a manicure Valquiria Almeida Castro, 43, irm&atilde; de Valdin&eacute;ia.</p> <p> O fungo causa altera&ccedil;&otilde;es no trato respirat&oacute;rio e no sistema nervoso central. Dependendo da regi&atilde;o do c&eacute;rebro atingida, diminui a consci&ecirc;ncia, provoca convuls&otilde;es, cegueira e surdez. A contamina&ccedil;&atilde;o ocorre pela aspira&ccedil;&atilde;o do fungo. &ldquo;As sequelas s&atilde;o graves. A rea&ccedil;&atilde;o inflamat&oacute;ria pode levar a meningite e a morte&rdquo;, destaca a neurologista Jerusa Smid da Academia Brasileira de Neurologia.</p> <p> <strong>Controle</strong></p> <p> O protocolo do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de destaca como medida preventiva o controle da popula&ccedil;&atilde;o dos pombos. &ldquo;H&aacute; locais, como em quadras comerciais, em que o lixo &eacute; acondicionado inadequadamente. N&atilde;o podemos alimentar essas aves&rdquo;, ressalta a infectologista Joana D&rsquo;Arc Silva, especialista em medicina tropical.</p> <p> A Secretaria de Sa&uacute;de recomenda que em locais onde h&aacute; muitos pombos os moradores pe&ccedil;am uma inspe&ccedil;&atilde;o da Diretoria de Vigil&acirc;ncia Ambiental, pelo telefone 160. &ldquo;Os t&eacute;cnicos da diretoria agendar&atilde;o uma visita para analisar o risco relativo &agrave; sa&uacute;de p&uacute;blica e tomar as provid&ecirc;ncias. A Vigil&acirc;ncia Ambiental n&atilde;o faz captura ou elimina&ccedil;&atilde;o desses animais, por&eacute;m, nas inspe&ccedil;&otilde;es, identifica a origem do foco&rdquo;, explica a pasta, em nota.</p> <p> A reportagem fez tr&ecirc;s or&ccedil;amentos em empresas de dedetiza&ccedil;&atilde;o contra pombos. O processo &eacute; feito em tr&ecirc;s fases, custa R$ 900 e deve ser repetido a cada dois meses. T&eacute;cnicos aplicam inseticida contra o piolho do pombo. Depois, recolhem ovos, pombos e ninhos. Por fim, usam um repelente para afastar novos animais.</p> <p> <strong>A infec&ccedil;&atilde;o</strong></p> <p> &raquo; O fungo causa altera&ccedil;&otilde;es no trato respirat&oacute;rio e no sistema nervoso;</p> <p> &raquo; Pode causar meningite e pneumonia,&nbsp; provoca convuls&otilde;es, cegueira e surdez;</p> <p> &raquo; A doen&ccedil;a pode levar &agrave; morte;</p> <p> &raquo; A contamina&ccedil;&atilde;o ocorre pela aspira&ccedil;&atilde;o do fungo;</p> <p> &raquo; O fungo est&aacute; nas fezes do pombo;</p> <p> &raquo; A principal medida preventiva &eacute; o controle da popula&ccedil;&atilde;o de pombos;</p> <p> &raquo; Os principais sintomas s&atilde;o dores de cabe&ccedil;a, confus&atilde;o mental e comprometimento pulmonar.</p> <p> <strong>Mem&oacute;ria</strong></p> <p> <strong>&nbsp;Mortes no Centro-Oeste</strong></p> <p> Nos &uacute;ltimos sete anos, ao menos duas pessoas morreram em Goi&aacute;s e no Mato Grosso com criptococose. Em dezembro de 2011, uma adolescente de 17 anos morreu em consequ&ecirc;ncia da doen&ccedil;a em An&aacute;polis (GO). Em 2013, um caso grave foi registrado na regi&atilde;o metropolitana de Goi&acirc;nia. O paciente se recuperou. Em mar&ccedil;o do ano passado, o funcion&aacute;rio dos Correios de V&aacute;rzea Grande (MT) Celso Luis Gomes, 47 anos, morreu afetado pelo fungo.</p>

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