Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

notícias

29/09/2017 17h27

Marcos Martino: um artista profissional

Compartilhe
<p> O MEDIOPIRA dessa semana conversou com o compositor, m&uacute;sico e jinglista multitarefas Marcos Martino.&nbsp; Ele j&aacute; viveu um monte de aventuras. J&aacute; teve grupo o Grupo Verde Terra, que ganhou um monte de festivais em sua &eacute;poca, j&aacute; teve tamb&eacute;m Grupo de Rock, o Rep&uacute;blica dos Anjos e tamb&eacute;m &eacute; promotor cultural e roteirista e produtor de v&iacute;deos. J&aacute; foi tamb&eacute;m assessor de comunica&ccedil;&atilde;o e Presidente da Funda&ccedil;&atilde;o Casa de Cultura de Jo&atilde;o Monlevade. Mas o pessoal deve estar pensando assim: - uai! Entrevistando a si mesmo?&nbsp; Uai... J&aacute; que ningu&eacute;m me convida, fiz uma auto entrevista. Espero que gostem...</p> <p> <strong>- Voc&ecirc; j&aacute; viveu uma &eacute;poca em que havia mais valoriza&ccedil;&atilde;o da arte e cultura. O que aconteceu pra mudar t&atilde;o radicalmente?</strong></p> <p> Eu acho que foi por causa da pol&iacute;tica. Sempre a pol&iacute;tica. Rs. Desde o governo Collor, come&ccedil;ou a haver um esfor&ccedil;o em valorizar tudo que &eacute; extremamente popular.&nbsp; Newton Cardoso fez isso em MInas tamb&eacute;m. Transformou a r&aacute;dio Brasileir&iacute;ssima em Popular&iacute;ssima e na &eacute;poca s&oacute; tocava pagode e sertanejo. Mas foi uma tend&ecirc;ncia que foi se espalhando at&eacute; tomar conta de tudo.</p> <p> <strong>- Mas essa op&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi mesmo do povo, das pessoas?</strong></p> <p> Veja s&oacute;. As pessoas seguem seus modelos. Se os pol&iacute;ticos roubam l&aacute; em cima, o povo rouba c&aacute; embaixo. Os pol&iacute;ticos s&atilde;o modelos de comportamento e um espelha o outro. O que os governos ou que a m&iacute;dia dissemina, viram comportamentos.</p> <p> <strong>- N&atilde;o faz tanto tempo assim, t&iacute;nhamos festivais de m&uacute;sica pra todo lado. O que aconteceu para que quase acabassem?</strong></p> <p> Pois &eacute;. Por causa dessa &quot;populariza&ccedil;&atilde;o&quot; cultural. O pessoal que investia em cultura preferiu direcionar suas verbas para eventos populares, principalmente para os rodeios e eventos agropecu&aacute;rios.</p> <p> <strong>- Mas voc&ecirc; n&atilde;o estaria implicando demais com a m&uacute;sica sertaneja?</strong></p> <p> De modo algum. N&atilde;o tenho nada contra o estilo. Nada mesmo. At&eacute; gosto bastante de algumas m&uacute;sicas. Ruim mesmo &eacute; a monocultura. Mas j&aacute; teve o tempo do ax&eacute;, do pagode, do funk, do Rock Brasil... at&eacute; da MPB.</p> <p> <strong>- Como foi a sua experi&ecirc;ncia tendo banda de rock e de festivais?</strong></p> <p> O Verde Terra foi um grupo festivaleiro mesmo. Havia um circuito interessante. O Rep&uacute;blica dos Anjos tamb&eacute;m foi uma fase b&aacute;rbara. Conseguimos tocar em centenas de r&aacute;dios e fizemos muitos shows. Mas talvez tenhamos falhado exatamente ao n&atilde;o mirar nessa emergente tend&ecirc;ncia de mercado. Quer&iacute;amos vencer fazendo m&uacute;sica do nosso jeito.</p> <p> <strong>- E n&atilde;o tem lugar mais pra m&uacute;sica autoral?</strong></p> <p> Lugar sempre tem. O que sinto &eacute; que a coisa ficou mais dilu&iacute;da ainda. Hoje qualquer um pode criar um canal no youtube, fazer quase uma TV pr&oacute;pria. E tem muita gente fazendo m&uacute;sica boa. Mas fazer as pessoas assistirem e se inscreverem em seu canal j&aacute; &eacute; outra hist&oacute;ria. E vejo que na internet, as pessoas visualizam mas n&atilde;o ret&eacute;m. Nas r&aacute;dios as m&uacute;sicas acabam ficando nas mem&oacute;rias por causa da repeti&ccedil;&atilde;o.</p> <p> <strong>- E voc&ecirc; est&aacute; parado ou compondo?</strong></p> <p> Eu nunca estou parado. Estou sempre realizando alguma coisa, quase sempre envolvendo m&uacute;sica e v&iacute;deo. Continuo compondo, pois compor &eacute; quase uma se&ccedil;&atilde;o de desencapetamento.&nbsp; A gente coloca pra fora o que nos perturba.</p> <p> <strong>- Mas n&atilde;o tem planos para apresenta&ccedil;&otilde;es?</strong></p> <p> Tenho projetos sim que estou pensando em realizar, um de uma nova banda de rock. Tenho um bocado de composi&ccedil;&otilde;es novas. Mas numa linha mais irreverente, bem no esp&iacute;rito rockeiro. E outros projetos de singles tamb&eacute;m. Vamos ver se a vida nos d&aacute; tempo pra realizar.</p> <p> <strong>- Mas n&atilde;o se acha velho pra isso?</strong></p> <p> Velho &eacute; um conceito. A essa altura do campeonato, n&atilde;o vou tentar ficar fazendo m&uacute;sica pros novinhos. Se fosse fazer isso, iria dedicar-me ao funk. &Eacute; o que a galera nova t&aacute; ouvindo.</p> <p> <strong>- Por falar nisso, o que acha do funk?</strong></p> <p> Um ritmo como qualquer outro. Acho engra&ccedil;ado os rockeiros que j&aacute; quiseram mudar o mundo ficarem nessa de criticar os funkeiros. O slogan do rock era SEXO, DROGAS E ROCK AND ROLL.&nbsp;&nbsp; O Funk &eacute; o ritmo que t&aacute; fazendo a cabe&ccedil;a da galera, queiramos ou n&atilde;o.</p> <p> <strong>- Fora a m&uacute;sica, que outros projetos voc&ecirc; pretende tocar no m&eacute;dio prazo.</strong></p> <p> Ah... pois &eacute;. Estou lan&ccedil;ando um canal no youtube chamado NAVTRINE, em que vou trabalhar pra divulgar trabalhos novos, uma coisa que me motiva muito. Mas tenho v&aacute;rios projetos em andamento. Projetos ambiental,&nbsp; produ&ccedil;&atilde;o musical, produ&ccedil;&atilde;o de festivais e de v&iacute;deos.</p> <p> <strong>- E o que voc&ecirc; aconselha pro pessoal da m&uacute;sica de hoje?</strong></p> <p> Meu conselho &eacute; simples: PROFISSIONALISMO EM TUDO. Se voc&ecirc; for fazer um play list de repert&oacute;rio, pense no quando vai divertir as pessoas, no bem que pode fazer com a sua m&uacute;sica. Mentalize e mande bala. Quando for gravar um clip, a mesma coisa. Mesmo que for gravado com celular, preocupe-se com a imagem. &Eacute; muita gente que vai ver. Ent&atilde;o capriche. Fale pro pessoal da banda tamb&eacute;m ter um comportamento profissional, conversar com a c&acirc;mera.</p> <p> <strong>- Covers ou autorais?</strong></p> <p> Os dois. Se for poss&iacute;vel juntar as duas coisas, melhor. Algumas pessoas ficam impacientes quando s&oacute; ouvem m&uacute;sica novas em um show. Ent&atilde;o, se a banda entremear, pode ser melhor pra estabelecer um link mais r&aacute;pido com a plateia. Mas, se as m&uacute;sicas do artista forem de f&aacute;cil assimila&ccedil;&atilde;o apesar de autorais, por que n&atilde;o? Mas a pessoa tem de ter bom senso . Quanto aos covers, funciona assim desde o inicio do pop. Na &eacute;poca dos Beatles, toda cidade tinha seu conjuntinho de igreja ou col&eacute;gio que se dedicava a fazer cover dos Beatles e da jovem guarda. Eram valorizados os m&uacute;sicos que fizessem igualzinho o original.</p> <p> <strong>- Deixe seus contatos.</strong></p> <p> https://www.palcomp3.com/republicadosanjos/</p> <p> https://www.palcomp3.com/SERENATA/</p> <p> https://www.palcomp3.com/solofertilmartino/</p> <p> 31 988151041 (zap)</p> <p> marcos.martino@gmail.com</p>

Bom Dia Online- Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.

by Mediaplus