01/09/2017 07h46
Jo?o Monlevade tem pelo menos dois focos de inc?ndio por dia
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Nos últimos 30 dias, pelo menos dois focos de incêndio são registrados diariamente em João Monlevade. O fogo atinge principalmente a área urbana e adjacente. Nesta semana, parte do Parque do Areão foi consumida pelas chamas e o fogo só foi controlado depois que moradores da redondeza usaram mangueiras para conter o avanço do incêndio.</p>
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O tempo seco favorece a propagação das chamas e para minimizar os danos causados pelas queimadas, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) vem desenvolvendo ações de prevenção e conscientização nas escolas do município e junto à sociedade como um todo. Os dados são da Assessoria de Comunicação da Prefeitura que informou também que está em curso uma parceria com o Setor da Previncêndio de Belo Horizonte para capacitar equipes de voluntariados para se tornarem brigadistas em João Monlevade.</p>
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Parceria com os estagiários do Projeto Broto da Vida, que realizam abordagens quanto a prevenção e combate às queimadas e focos de pequenos incêndios, também tem contribuído para conscientização dos problemas causados pelas queimadas. </p>
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O artigo 250 do Código Penal estabelece, para quem provocar incêndio, expondo perigo à vida, à integridade física ou ao patrimônio de outras pessoas, possibilidade de reclusão de três a seis anos e multa. As penas aumentam em um terço, em situações como a de o crime ser cometido para obter vantagem pecuniária; ou se o incêndio é em locais como casa habitada ou destinada a habitação, lavoura, pastagem, mata ou floresta, por exemplo.</p>
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Na lei dos crimes ambientais (lei nº 9.605/1998), também há previsão específica de penalidade, no artigo 41, para quem provocar incêndio em mata ou floresta: reclusão, de dois a quatro anos, e multa. Se o crime é culposo (sem intenção), a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa. Denúncias podem ser feitas à Secretaria de Meio Ambiente (3852-3151) ou Polícia Militar de Meio Ambiente (3859-2661).</p>
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<strong>Atendimentos na saúde aumentam </strong></p>
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A inalação da fumaça, juntamente com o tempo seco, acaba causando principalmente doenças respiratórias e consequentemente a procura por atendimento médico aumenta.</p>
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Para se ter uma ideia, dados repassados pela Assessoria de Comunicação do Hospital Margarida, apontam que de janeiro a março 66 pacientes foram atendidos com diagnósticos de asma, bronquites, rinites, pneumonia, traqueites, otites e faringites, todas essas relacionadas ao clima seco. De março a junho, o número de atendimentos das mesmas doenças foram de 108 pacientes e, nos últimos dois meses os casos já chegam a 41.</p>
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<strong>Secura continua </strong></p>
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Não chove em João Monlevade há quase 80 dias e não há previsão de chuva para os próximos 15 dias. A secura continua e o alerta é para a umidade do ar, que tem ficado entre 20% e 12%, muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de 60%.</p>
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Por conta do tempo seco, a Secretaria Municipal de Saúde recomenda a ingestão de líquidos e a hidratação das vias respiratórias com soro fisiológico. “Quando chega a noite, a concentração da poluição aumenta e quem tem problemas respiratórios sente. Utilizar um umidificador de ar no quarto ou colocar uma toalha úmida na cabeceira da cama pode ajudar”, orientou a secretária de Saúde, Andréa Peixoto, por meio de sua assessoria.</p>