18/08/2017 09h19
Medio Pira - Festival da can??o de Alvin?polis - nova gera??o
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<em>O MEDIOPIRA dessa semana conversou com os jovens organizadores do 36º Festival da Canção em Alvinópolis, festival que acontece há décadas, graças ao amor e dedicação de várias pessoas. Felizmente tem uma galera nova bastante articulada que está pegando essa batuta e prometendo levá-la até novos patamares. Importante lembrar que as inscrições estão abertas até o dia 24 de junho, com uma premiação bastante atraente (12 mil em prêmios) e com muitos benefícios para os participantes. O local também será um charme: a pracinha da igrejinha da matriz, na rua de cima. Mas vamos à entrevista...</em></p>
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<strong>- O que o Festival da Canção de Alvinópolis representa para a geração de vocês?</strong></p>
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Na Comissão tem gente de todas as idades, né. É uma confluência de gerações. O Festival é como um rito sagrado, uma escola iniciática onde os neófitos são conduzidos ao universo das artes e da cultura. Acreditamos que todas gerações absorveram muitas influências do Festival, na maneira de compor, de ouvir e de pensar a cultura e a música.</p>
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<strong>- Quais são as principais inovações no Festival 2017?</strong></p>
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Como você bem notou naquela entrevista concedida à nós, nesta 36ª edição somos uma equipe multidisciplinar e mais numerosa que nos últimos anos. Esta não é necessariamente uma novidade, porém em contraste com os anos anteriores, talvez represente um diferencial. Desta forma, cada um pode contribuir com o Festival de acordo com as suas competências, assim podemos dar uma atenção mais especializada para determinadas minúcias.</p>
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Uma inovação que estamos viabilizando ainda é a transparência pública. Ao final do Festival faremos um relatório contendo informações acerca do processo de organização e realização, além de informações financeiras das receitas e despesas do evento. Acreditamos que a transparência não é apenas a comprovação da utilização dos recursos financeiros recebidos, mas também da nossa responsabilidade social.</p>
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<strong>- O Festival acontecerá na Rua de Cima, região em que a cidade nasceu. De quem foi aideia de fazer o Festival na parte histórica da cidade?</strong></p>
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Esta ideia surgiu de variadas fontes... Ela estava pairando no ar a mais tempo e nos parece ser um sonho antigo. Estava na pauta fazer lá, porém a princípio nós desistimos, por causa das dificuldades estruturais que enfrentaríamos. Cogitamos então fazer no Parque de Exposições, no entanto, as sugestões para fazer no Centro Histórico não paravam de aparecer. Uma das coisas que inspirou a mudança de endereço foi uma Festa Junina realizada no mesmo local, que ficou muito elegante. Pensamos que levar o Festival para lá valoriza o conjunto arquitetônico da Matriz do Rosário, nosso cartão postal. Além disso, acreditamos que é bastante simbólico situar um dos eventos mais tradicionais do município neste espaço que tanto representa nossas raízes culturais. Confiamos que será um lindo Festival, ainda mais porque teremos noite de lua cheia.</p>
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<strong>- Todos estão elogiando muito a programação visual do Festival 2017. Haverá algum tratamento especial para o palco? Já pensaram nisso?</strong></p>
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Esta nova identidade visual foi desenvolvida por nós, em parceria com o Franques Rodrigues, que trabalha na assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal e que entende muito de desenho e comunicação visual.</p>
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Estamos procurando fazer bonito em termos de estrutura e iluminação do palco. Quanto à decoração, já surgiram algumas ideias e pessoas que nos procuraram voluntariando-se para viabilizá-la. Além do mais, a beleza do cenário já é uma decoração e harmoniza muito bem com o Festival, rs.</p>
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<strong>- Haverá shows depois ou antes das programações?</strong></p>
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Antes e depois, certamente. Estamos viabilizando apresentações com músicos e grupos locais, além de uma atração especial. Em breve divulgaremos a programação oficial do evento em nosso site e redes sociais. Vamos trazer mais detalhes sobre as apresentações, assim o público ficará por dentro do que vai acontecer.</p>
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<strong>- Como vocês enxergam o futuro do Festival?</strong></p>
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Estamos tentando aperfeiçoar o Festival desde suas bases, procurando aprimorar diversos aspectos: da pré-produção, acessibilidade, comunicação, programação, curadoria, avaliação das músicas e premiação, etc. Todo processo tem sido documentado para que possamos acompanhar e avaliar a evolução desse projeto a longo prazo.</p>
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Como ponto de partida a Comissão Organizadora se empenhou em organizar o 36º Festival da Canção de Alvinópolis, por meio de um trabalho conjunto com entidades locais. Contudo, ainda estamos alinhados com a nossa principal ideia: a longo prazo, institucionalizar o Festival e trabalhar em um novo formato mais participativo, democrático, que com o tempo possa interagir com outras políticas públicas, tais como educação, cultura, assistência social e lazer. Esperamos rever o modelo do Festival, buscando aproximá-lo da realidade dos músicos o dos festivais mais modernos. Pretendemos também transformar o Festival em um evento mais plural, que agregue outros campos das artes, e que não tenha como central somente o aspecto competitivo. Assim sendo, o futuro do Festival poderá promover espaços formativos, como oficinas, <em>workshops</em>, aulas, etc, tendo em vista envolver maiores parcelas da sociedade.</p>