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28/07/2017 08h13

Dos 11 vereadores de Santa B?rbara, nove s?o presos em opera??o da Pol?cia Civil

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<p> Dos 11 vereadores eleitos da C&acirc;mara de Santa B&aacute;rbara, nove foram detidos na manh&atilde; desta quinta-feira (27) numa opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Civil denominada &ldquo;Apolo 13&rdquo;. Dos nove, quatro ser&atilde;o encaminhados para o pres&iacute;dio de Bar&atilde;o de Cocais. Entre eles, o presidente do Legislativo, Juarez Camilo Carlos (PSDB) e os vereadores Luiz Fernando Hosken Fonseca (PSL), Ermelindo Francisco Ferreira (PSL), Geraldo Magela Ferreira (Carrapicho &ndash; DEM). Tamb&eacute;m seguem para o pres&iacute;dio o ex-presidente do Legislativo Jos&eacute; Ladislau Ramos (DEM), o ex-procurador e tamb&eacute;m ex-presidente Frederico Magalh&atilde;es Ferreira, os ex-chefes de Gabinete Maria Aparecida Ferreira da Silva e Silva (Cida) e Willian da Silva Mota, al&eacute;m do empres&aacute;rio Madson Geraldo Arcanjo.</p> <p> Os demais parlamentares e quatro servidores foram alvos de mandados de condu&ccedil;&atilde;o coercitiva e ser&atilde;o liberados depois de ouvidos. S&atilde;o eles: Geraldo Magela Silva (Geg&ecirc; da Ambul&acirc;ncia &ndash; PP), Tim&oacute;teo de Lourdes Ferreira (PPS), Wellington Fl&aacute;vio Resende do Carmo (PP), Carlos Augusto Bicalho (PDT) e Luciano pires da Silva Luiz (PHS). Tamb&eacute;m foram conduzidos para a delegacia pelos policiais o Assessor de Comunica&ccedil;&atilde;o Guilherme Ant&ocirc;nio Assis, a servidora de Recursos Humanos Rosilene Aparecida Duarte Fernandes, a presidente da Comiss&atilde;o de Licita&ccedil;&atilde;o, Angela Maria Pereira e o chefe do Controle Interno Phillipe Souza e Silva (Quick).</p> <p> Computadores, celulares e documentos foram apreendidos na C&acirc;mara e na casa dos vereadores e funcion&aacute;rios. A opera&ccedil;&atilde;o policial, coordenada pelo delegado Domiciano Monteiro, come&ccedil;ou h&aacute; cerca de um ano e apura desvios que teriam sido cometidos por vereadores, empres&aacute;rios, advogados e pol&iacute;ticos da regi&atilde;o. S&atilde;o investigados crimes de corrup&ccedil;&atilde;o, falsifica&ccedil;&atilde;o de documentos, peculato e fraude em licita&ccedil;&otilde;es.</p> <p> A opera&ccedil;&atilde;o teve in&iacute;cio por volta das 4h da madrugada e contou com mais de 90 policiais civis, de Santa B&aacute;rbara e das cidades vizinhas que cumpriram mandados de pris&atilde;o, busca e apreens&atilde;o e condu&ccedil;&atilde;o coercitiva.</p> <p> De acordo com as investiga&ccedil;&otilde;es, o empres&aacute;rio preso venceu tr&ecirc;s de dois processos de licita&ccedil;&atilde;o para fornecer carros de aluguel para a C&acirc;mara Municipal. Segundo os relat&oacute;rios, as dist&acirc;ncias das viagens percorridas com os ve&iacute;culos dariam para ir da Terra at&eacute; a lua. &ldquo;A C&acirc;mara Municipal, que at&eacute; ent&atilde;o nunca havia necessitado de alugueis de ve&iacute;culos, realizou em sequ&ecirc;ncia tr&ecirc;s contratos, com valor superior a R$ 500 mil. Atrav&eacute;s de laudo pericial constatamos que a dist&acirc;ncia que poderia ser percorrida, caso esses contratos tivessem sido de fato cumpridos, seria suficiente para o comparecimento na lua e ainda o retorno de um ter&ccedil;o do caminho&rdquo;, pontuou o delegado.</p> <p> O policial disse ainda que os contratos est&atilde;o sob suspeita porque o processo de licita&ccedil;&atilde;o foi feito sob sigilo, sem divulga&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, e tamb&eacute;m n&atilde;o cumpriu os prazos determinados. Ainda segundo o delegado, houve uso de documentos falsos nessas licita&ccedil;&otilde;es.</p> <p> Com a pris&atilde;o do ex e do atual presidente da C&acirc;mara, a pol&iacute;cia acredita que o esquema passou de uma gest&atilde;o para outra. &ldquo;Ficou bem claro que, apesar de serem grupos rivais politicamente, havia um esquema de corrup&ccedil;&atilde;o cont&iacute;nuo na C&acirc;mara, independente da troca de comando&rdquo;, falou o delegado.</p> <p> A pol&iacute;cia investiga ainda contrato entre a atual administra&ccedil;&atilde;o da C&acirc;mara e o cinema da cidade, que funciona no pr&eacute;dio do Legislativo, devido ind&iacute;cios de irregularidade no contrato de loca&ccedil;&atilde;o do im&oacute;vel. Investiga&ccedil;&otilde;es apontam que valores superiores a R$ 100 mil eram repassados ao grupo pol&iacute;tico.</p> <p> Outro alvo da opera&ccedil;&atilde;o &ldquo;Apolo 13&rdquo; &eacute; referente ai pagamento de di&aacute;rias de viagens. Os parlamentares, segundo o delegado Domiciano Monteiro protocolavam documentos e recebiam valores referentes a viagens que n&atilde;o realizavam. Alguns desses vereadores s&atilde;o, inclusive, r&eacute;us em a&ccedil;&atilde;o penal por receberem di&aacute;rias indevidas nos anos de 2013 e 2014. &ldquo;O esquema continuou sendo praticado. Na a&ccedil;&atilde;o, consta que um dos parlamentares recebeu mais de R$ 100 mil em um ano&rdquo;, citou o delegado.</p> <p> O montante desviado das a&ccedil;&otilde;es fraudulentas ainda &eacute; levantado pela pol&iacute;cia, que continua as investiga&ccedil;&otilde;es. A Justi&ccedil;a acolheu o pedido de afastamento do cargo dos vereadores Juarez, Ermelindo, Geraldo, Luiz Fernando, Tim&oacute;teo, al&eacute;m de quatro servidores administrativos.</p> <p style="text-align: right;"> <em>FOTO: Katia Passos Delegados Paulo Tavares e Domiciano Monteiro chefiaram a opera&ccedil;&atilde;o</em></p>

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