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21/07/2017 07h03

ArcelorMittal Monlevade pro?be uso de celulares dentro de ?reas da usina

Trabalhador que descumpriu norma foi demitido

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<p> A ArcelorMittal, usina de Jo&atilde;o Monlevade, proibiu a cerca de um m&ecirc;s o uso de telefones celulares dentro de algumas &aacute;reas da sider&uacute;rgica. A a&ccedil;&atilde;o ocorre ap&oacute;s acidentes registrados com funcion&aacute;rios dentro da empresa e &eacute; justificada &ldquo;por quest&otilde;es relacionadas &agrave; seguran&ccedil;a do trabalho&rdquo;.&nbsp; No &uacute;ltimo acidente, dois funcion&aacute;rios sofreram queimaduras graves e um deles morreu.</p> <p> A ger&ecirc;ncia da ArcelorMittal foi questionada sobre a proibi&ccedil;&atilde;o do uso do telefone e, por meio da Assessoria de Comunica&ccedil;&atilde;o, informou que detalhes sobre a quest&atilde;o n&atilde;o ser&atilde;o fornecidos por se tratar de uma norma interna e com regras espec&iacute;ficas.</p> <p> A reportagem do jornal Bom Dia apurou que foram feitos mapeamentos das &aacute;reas da usina e em alguns pontos o uso do aparelho de celular est&aacute; proibido. Um arm&aacute;rio foi colocado na entrada da usina para que os telefones sejam guardados pelos funcion&aacute;rios e, caso algum emprego precise fazer liga&ccedil;&otilde;es telef&ocirc;nicas, ele pode ter acesso a uma cabine com telefone para comunica&ccedil;&atilde;o externa. Para isso, &eacute; fornecida uma senha. Supervisores e gerentes tamb&eacute;m receberam celulares coorporativos para uso dos funcion&aacute;rios.</p> <p> Alguns empregados gostaram da regra e disseram que a proibi&ccedil;&atilde;o visa mais seguran&ccedil;a. &ldquo;O celular, querendo ou n&atilde;o, distrai e pode provocar acidentes. Nossa vida vale muito e o que for preciso para preserv&aacute;-la, eu acho v&aacute;lido&rdquo;, disse um funcion&aacute;rio que pediu anonimato. O colega dele, que&nbsp;tamb&eacute;m pediu para n&atilde;o ser identificado, n&atilde;o gostou da mudan&ccedil;a. &ldquo;Acho muito ruim ficar sem meu telefone. Tenho duas crian&ccedil;as g&ecirc;meas em casa e sempre no intervalo ligava para saber como est&atilde;o. Agora, s&oacute; com autoriza&ccedil;&atilde;o&rdquo;, falou.</p> <p> O secret&aacute;rio de administra&ccedil;&atilde;o e finan&ccedil;as do Sindicato dos Metal&uacute;rgicos de Jo&atilde;o Monlevade (Sindmon-Metal), Jos&eacute; Quirino dos Santos, disse que a entidade trabalha com uma linha na qual a seguran&ccedil;a tamb&eacute;m &eacute; prioridade. &ldquo;&Eacute; preciso que ao implementar uma medida t&atilde;o dr&aacute;stica dessa, haja uma comprova&ccedil;&atilde;o de que isso [o celular] &eacute; um elemento que causa o acidente. Se n&atilde;o tem uma estat&iacute;stica que aponte o problema, a quest&atilde;o entra numa particularidade da individualidade e dos direitos do trabalhador. O Sindicato n&atilde;o tem concordante com isso e j&aacute; tivemos uma conversa com a empresa. Agora estamos esperando a matura&ccedil;&atilde;o disso para ver como iremos resolver os problemas inerentes &agrave; quest&atilde;o. Uma vez que n&atilde;o haja um cerceamento da comunica&ccedil;&atilde;o do trabalhador para fora, n&oacute;s n&atilde;o temos o porqu&ecirc; exigir o uso do celular&rdquo;, pontuou o sindicalista.</p> <p> <strong>Demiss&atilde;o</strong></p> <p> Por conta da norma r&iacute;gida, a ArcelorMittal est&aacute; punindo com demiss&atilde;o o funcion&aacute;rio que desobedece a regra. Segundo apura&ccedil;&otilde;es da reportagem, h&aacute; um caso de trabalhador reincidente que foi demitido. Outros oito, de empresas prestadoras de servi&ccedil;o para a sider&uacute;rgica tamb&eacute;m tiveram contratos reincididos.&nbsp;</p>

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