Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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04/07/2017 09h56

Santa B?rbara alega impacto ambiental e nega aval para Samarco operar

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<div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> A prefeitura de Santa B&aacute;rbara decidiu n&atilde;o atender ao pedido da mineradora Samarco e negou a emiss&atilde;o da carta de conformidade, um dos pr&eacute;-requisitos para o retorno da empresa &agrave;s atividades. O documento deveria atestar que as estruturas da empresa na cidade est&atilde;o de acordo com as leis municipais de uso e ocupa&ccedil;&atilde;o do solo. No entanto, na avalia&ccedil;&atilde;o da prefeitura, elas n&atilde;o respeitam a legisla&ccedil;&atilde;o em vigor.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Em documento assinado na &uacute;ltima sexta-feira (30), o secret&aacute;rio do meio ambiente de Santa B&aacute;rbara, Juliano Xavier, anunciou a decis&atilde;o de n&atilde;o emitir a carta de conformidade. Embora n&atilde;o exista efetiva produ&ccedil;&atilde;o da Samarco na cidade, a capta&ccedil;&atilde;o e o bombeamento de &aacute;gua utilizada em opera&ccedil;&otilde;es da mineradora ocorrem em um dos distritos de Santa B&aacute;rbara.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> De acordo com o secret&aacute;rio, as estruturas da mineradora no distrito s&atilde;o incompat&iacute;veis com a legisla&ccedil;&atilde;o municipal &ldquo;tendo em vista os impactos negativos ao meio ambiente e a aus&ecirc;ncia de solu&ccedil;&otilde;es capazes de afastar ou atenuar tais impactos, revelando-se incompat&iacute;vel com o ordenamento territorial relativo &agrave; Zona de Recupera&ccedil;&atilde;o Ambiental da Bacia do Peti&rdquo;.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> A decis&atilde;o traz dificuldades para a retomada das opera&ccedil;&otilde;es da mineradora, que est&aacute; com as atividades paralisadas desde que suas licen&ccedil;as foram suspensas em decorr&ecirc;ncia da trag&eacute;dia de Mariana, em novembro de 2015. Na ocasi&atilde;o, uma de suas barragens se rompeu e liberou no ambiente mais de 60 milh&otilde;es de metros c&uacute;bicos de rejeitos, poluindo a bacia do Rio Doce, devastando vegeta&ccedil;&atilde;o nativa, destruindo comunidades e matando 19 pessoas. O epis&oacute;dio &eacute; considerado a maior trag&eacute;dia ambiental do pa&iacute;s.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> A carta de conformidade deve ser fornecida pelas prefeituras de cada uma das cidades envolvidas na cadeia de produ&ccedil;&atilde;o e &eacute; um dos pr&eacute;-requisitos para que as licen&ccedil;as ambientais suspensas possam ser liberadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent&aacute;vel de Minas Gerais (Semad). As prefeituras de Catas Altas, Matip&oacute;, Ouro Preto e Mariana j&aacute; haviam entregue o documento, sendo que o &uacute;nico pendente era o de Santa B&aacute;rbara.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> A prefeitura divulgou em sua p&aacute;gina oficial um texto alegando que a decis&atilde;o foi embasada em um relat&oacute;rio de mais de 100 p&aacute;ginas e que a avalia&ccedil;&atilde;o foi feita ao longo de quatro meses, levando em conta &ldquo;an&aacute;lises t&eacute;cnicas dos estudos apresentados pela Samarco, entre os quais estudos de depura&ccedil;&atilde;o do rio, nos cen&aacute;rios com e sem capta&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua&rdquo;.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Em nota, a Samarco informou que apenas hoje (3) tomou conhecimento da decis&atilde;o do munic&iacute;pio. &ldquo;No momento, a empresa est&aacute; analisando a decis&atilde;o e as medidas a serem adotadas a partir de agora&rdquo;, acrescenta o texto.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> <strong>Hist&oacute;rico</strong></div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> O impasse em torno da carta de conformidade de Santa B&aacute;rbara se arrasta h&aacute; mais de seis meses. Para emitir o documento, o munic&iacute;pio cobrava da mineradora a entrega de estudos ambientais sobre mudan&ccedil;as na vaz&atilde;o e no curso d&#39;&aacute;gua do Rio Concei&ccedil;&atilde;o, onde ocorre a capta&ccedil;&atilde;o. Segundo a prefeitura, a retomada das atividades poderia provocar impactos ambientais, exigindo a&ccedil;&otilde;es de mitiga&ccedil;&atilde;o. Uma das possibilidades que chegou a ser cogitada pelas partes como medida mitigadora foi um projeto voltado para o tratamento do esgoto.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Em fevereiro, por&eacute;m, a Samarco ajuizou uma a&ccedil;&atilde;o no Tribunal de Justi&ccedil;a de Minas Gerais (TJMG) e obteve uma liminar dando prazo para que a prefeitura emitisse o documento. A mineradora alegava que a trag&eacute;dia de novembro de 2015 n&atilde;o causou nenhum impacto nas estruturas em Santa B&aacute;rbara. Por esta raz&atilde;o, n&atilde;o haveria motivos para que o munic&iacute;pio recusasse a entrega de uma nova carta de conformidade similar &agrave; que estava em vigor desde 2009 e que somente foi suspensa devido ao rompimento da barragem de Fund&atilde;o.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Para convencer o desembargador Raimundo Messias Dias, a defesa da mineradora tamb&eacute;m argumentou que a avalia&ccedil;&atilde;o dos impactos ambientais &eacute; de responsabilidade do governo estadual, cabendo &agrave; prefeitura t&atilde;o somente avaliar a conformidade em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sua legisla&ccedil;&atilde;o de uso e ocupa&ccedil;&atilde;o do solo. O magistrado deu um prazo de dez dias para que Santa B&aacute;rbara emitisse um parecer sobre a conformidade das estruturas.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a decis&atilde;o. &ldquo;Tem-se por certo que a expedi&ccedil;&atilde;o de declara&ccedil;&atilde;o de conformidade sem a devida an&aacute;lise e conclus&atilde;o sobre os impactos e as consequ&ecirc;ncias que o empreendimento da interessada pode causar importa, de imediato, expor toda a coletividade do munic&iacute;pio requerente a situa&ccedil;&atilde;o de risco&rdquo;, registra despacho assinado pela ministra C&aacute;rmen L&uacute;cia.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> O impasse com a prefeitura de Santa B&aacute;rbara atrasou o processo de retomada das opera&ccedil;&otilde;es da mineradora. No fim do ano passado, a Samarco informou que tinha a expectativa de reiniciar suas atividades no segundo semestre desse ano. Com os contratempos, a mineradora passou a ser mais cautelosa e agora n&atilde;o estipula uma data para o retorno. Diante da falta de previs&atilde;o, teve in&iacute;cio no m&ecirc;s passado mais um per&iacute;odo de layoff, com a suspens&atilde;o do contrato de trabalho de aproximadamente 800 funcion&aacute;rios.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Mesmo antes do an&uacute;ncio da prefeitura de Santa B&aacute;rbara, prefeitos de munic&iacute;pios diretamente dependentes da gera&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica da Samarco reclamaram da demora para expedi&ccedil;&atilde;o da carta de conformidade. O descontentamento foi exposto pelos prefeitos de Mariana (MG), Duarte J&uacute;nior, e de Anchieta (ES), Fabricio Petri (PMDB). Ambos lamentaram o comportamento da prefeitura de Santa B&aacute;rbara durante uma audi&ecirc;ncia p&uacute;blica realizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).</div>

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