Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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08/06/2017 07h54

Medio Pira - Carla Lisboa

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<p> O MEDIOPIRA dessa semana entrevista mais uma vez a incans&aacute;vel produtora CARLA LISBOA, que junto com a intr&eacute;pida turma do 7 faces, est&aacute; promovendo o 2&ordm; FESTIVAL DE INVERNO DE JO&Atilde;O MONLEVADE.&nbsp; Carla fala sobre a evolu&ccedil;&atilde;o do projeto, seus desafios e o que projeta para o futuro. Mas vamos &agrave; entrevista...</p> <p> <strong>- Segundo Festival de Inverno de Jo&atilde;o Monlevade. Continua a &ldquo;semean&ccedil;a&rdquo;?</strong></p> <p> Com certeza. A semente desse festival foi plantada bem antes da primeira edi&ccedil;&atilde;o. J&aacute; est&aacute;vamos pensando em realizar um Festival de Inverno aqui na cidade desde 2014, e sab&iacute;amos que a partir do momento em que coloc&aacute;ssemos em pr&aacute;tica e que essa semente come&ccedil;asse a germinar, a a&ccedil;&atilde;o teria que ser cont&iacute;nua. O que pretendemos &eacute; fazer com que o Festival de Inverno de Jo&atilde;o Monlevade fa&ccedil;a parte do calend&aacute;rio cultural da cidade e regi&atilde;o, como j&aacute; acontece com outros grandes festivais que acontecem nas cidades vizinhas.</p> <p> <strong>- No ano passado houve muitas dificuldades. Voc&ecirc;s conseguiram mais apoio financeiro e institucional dessa vez? Quem est&aacute; com voc&ecirc;s?</strong></p> <p> Dificuldades sempre encontramos. Sabemos da realidade em se trabalhar com cultura n&atilde;o s&oacute; em nossa regi&atilde;o, mas no pa&iacute;s. Os apoios financeiros que conseguimos para este ano foram bem inferiores em rela&ccedil;&atilde;o ao ano passado, mas o custo dessa segunda edi&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m ser&aacute; bem menor. Diante os contratempos e dificuldades que passamos no ano passado (e que rendem at&eacute; hoje), resolvemos ser mais cautelosos em nossas finan&ccedil;as esse ano, mas sem perder a qualidade. &Eacute; como sempre digo: pra se fazer cultura, n&atilde;o &eacute; preciso grandes fortunas.</p> <p> Temos a equipe do Coletivo Vari&aacute;vel como parceiros nessa edi&ccedil;&atilde;o, e diversos apoios como Prefeitura Municipal e Casa de Cultura, ACIMON, UEMG e DA IntegrA&ccedil;&atilde;o, DAE, Secretaria Municipal de Educa&ccedil;&atilde;o, Cervejaria Ashby, Gala Cerimonial, Sindicato dos Metal&uacute;rgicos, R&aacute;dio Alternativa e patroc&iacute;nios da Festas Pr&aacute;ticas, DNA Consultoria Ambiental, Vereadores Belmar Diniz e Gentil Bicalho.</p> <p> <strong>- Houve di&aacute;logo com as universidades instaladas no sentido de uma parceria efetiva?</strong></p> <p> Sim. Estamos negociando parceria com a UEMG e tamb&eacute;m com a UFOP para levar algumas atividades do Festival para dentro das universidades.</p> <p> <strong>- Como colaborador do Festival, tive oportunidade de ver v&aacute;rios trabalhos enviados e fiquei muito bem impressionado com a qualidade. Mas n&atilde;o houve inscri&ccedil;&otilde;es da cidade. Pra voc&ecirc;, qual a raz&atilde;o desse distanciamento?</strong></p> <p> Sinceramente eu n&atilde;o sei responder a essa pergunta. Acontece em todos os festivais que realizamos, recebemos inscri&ccedil;&otilde;es do Brasil todo e v&aacute;rios artistas entram em contato diretamente comigo, refor&ccedil;ando o interesse em participar de nossos eventos. Acho que pelo fato da maioria (sen&atilde;o todos) os artistas locais levarem a arte como um &ldquo;hobby&rdquo; e n&atilde;o como um trabalho, eles n&atilde;o enxergam as possibilidades e oportunidades em participar de um festival, s&oacute; se interessam quando tem cach&ecirc;s altos e olhe l&aacute;. Essa falta de interesse n&atilde;o acontece apenas nos festivais e eventos que realizamos. Nos festivais que acontecem na regi&atilde;o, a participa&ccedil;&atilde;o dos artistas monlevadenses tamb&eacute;m &eacute; quase zero, porque a grande maioria n&atilde;o se interessa em participar. Ou t&ecirc;m pregui&ccedil;a, sei l&aacute;.</p> <p> <strong>- Depois da sele&ccedil;&atilde;o das propostas, vem uma fase de&nbsp; confirmar com os artistas pra fechar a agenda do evento. Isso foi tranquilo, todos confirmaram ou houve baixas?</strong></p> <p> Foi bem tranq&uuml;ilo. Tivemos desist&ecirc;ncias por incompatibilidade com a data, pois o festival inicialmente estava agendado pro dia 24 de junho, e adiamos para 01 de julho, e duas atra&ccedil;&otilde;es que j&aacute; estavam confirmadas para o dia 24, n&atilde;o estavam dispon&iacute;veis na nova data.</p> <p> <strong>- Onde ser&atilde;o as principais atividades desse ano. J&aacute; tem uma agenda?</strong></p> <p> Esse ano faremos novamente a abertura do festival na Pra&ccedil;a do Povo, com apresenta&ccedil;&otilde;es musicais.&nbsp; E o encerramento ser&aacute; na Pra&ccedil;a 7 de Setembro com uma feira de gastronomia e artesanato. Nos outros dias de festival, teremos apresenta&ccedil;&otilde;es teatrais no Anfiteatro do CEJM, palestras e oficinas em espa&ccedil;os diversos como audit&oacute;rio da ACIMON e UEMG, e ainda estamos fechando parceria com outros locais para apresenta&ccedil;&atilde;o de dan&ccedil;a, exposi&ccedil;&atilde;o de fotografias e interven&ccedil;&otilde;es.</p> <p> <strong>- Como est&aacute; o organograma do 7 Faces para o Festival. Quantas pessoas v&atilde;o trabalhar no evento?</strong></p> <p> A equipe fixa do Coletivo &eacute; pequena, mas sempre contamos com colaboradores e volunt&aacute;rios durante os eventos que realizamos. Para esse festival, estamos com uma m&eacute;dia de 15 pessoas envolvidas, que, com certeza d&atilde;o conta do recado.</p> <p> <strong>- A Prefeitura e a Funda&ccedil;&atilde;o Casa de Cultura est&atilde;o com voc&ecirc;s de forma efetiva, inclusive disponibilizando alguns itens?</strong></p> <p> Mesmo de forma indireta, a Prefeitura e Casa de Cultura sempre foram parceiros em nossos eventos. Na primeira edi&ccedil;&atilde;o, fizemos diversas atividades no espa&ccedil;o da Funda&ccedil;&atilde;o Casa de Cultura, que sempre nos recebe de portas abertas.</p> <p> Este ano, a parceria com a Prefeitura Municipal e Funda&ccedil;&atilde;o Casa de Cultura foi uma das primeiras que fechamos, e ainda arrisco dizer, que seria imposs&iacute;vel a realiza&ccedil;&atilde;o desse festival sem o apoio de ambos.</p> <p> <strong>- O que o Festival de Inverno desse ano tem como novidades? O que vc apontaria como evolu&ccedil;&atilde;o, do ano passado pra c&aacute;.</strong></p> <p> N&atilde;o sei se seria uma novidade, mas acho que as parcerias e a constru&ccedil;&atilde;o coletiva s&atilde;o a &ldquo;cereja&rdquo; do festival. E esse ano tivemos o cuidado em n&atilde;o repetir as a&ccedil;&otilde;es que realizamos no ano passado, como Sarau, Duelo de MC&rsquo;s, etc. E sempre nos preocupamos em n&atilde;o agradar apenas um tipo de p&uacute;blico. O festival &eacute; para todos, feito pra cidade.</p> <p> <strong>- O que falta pro FESTIVAL DE INVERNO de MONLEVADE ganhar os cora&ccedil;&otilde;es e mentes da cidade e se transformar num dos maiores do g&ecirc;nero da regi&atilde;o?</strong></p> <p> &Eacute; um festival novo, estamos engatinhando ainda. Sabemos de nossas defici&ecirc;ncias, dificuldades que driblamos n&atilde;o apenas no Festival de Inverno, mas em todos os eventos que realizamos que v&atilde;o desde falta de mais apoio do com&eacute;rcio, empresariado local e poder p&uacute;blico, a espa&ccedil;os adequados para realiza&ccedil;&atilde;o das a&ccedil;&otilde;es, divulga&ccedil;&atilde;o, etc. Mas nada &eacute; t&atilde;o frustrante e nos desanima tanto quanto a falta e apoio do pr&oacute;prio p&uacute;blico. Essa &eacute; nossa maior barreira.&nbsp; E acredito que estamos fazendo nossa parte, temos parcerias com praticamente todos os meios de comunica&ccedil;&atilde;o da cidade, e tamb&eacute;m da regi&atilde;o.&nbsp; Acho que o que falta &eacute; o p&uacute;blico local abra&ccedil;ar mais as a&ccedil;&otilde;es culturais, da mesma forma que abra&ccedil;am e apoiam os eventos de entretenimento que acontecem na cidade.&nbsp;</p>

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