29/11/2016 08h59
Superlota??o ? causa para motim em pres?dio
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João Monlevade – O presídio de João Monlevade foi palco de um motim na noite de sábado (26) motivado pela revolta dos presos com a superlotação do local. A ação teve início às 22h e só foi controlada durante a madrugada com a transferência de 88 encarcerados para cadeias e presídios de cidades vizinhas. Atualmente o presídio operava com 288 detentos, embora tenha capacidade para 75.</p>
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De acordo com o diretor-adjunto da unidade prisional, Wellington Eustáquio, não houve reféns. A Polícia Militar esteve no local para fazer a segurança do lado de fora , enquanto agentes penitenciários de Belo Horizonte, Itabira e Barão de Cocais, que vieram dar apoio aos agentes locais, ajudavam na transferência dos presos durante a madrugada.</p>
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Ainda segundo o diretor, os presos danificaram duas celas da ala A. "Eles quebraram pedaços de paredes, camas de concreto e arrancaram ferragens da estrutura, com isso, alguns deles se feriram", pontuou. As duas celas danificadas foram isoladas e terão que passar por reformas.</p>
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O comandante da 17a Companhia de Polícia Militar Independente, major Jayme Alves, confirmou que a PM foi solicitada para ajudar na segurança externa da unidade. "Nossa equipes cercaram o prédio para evitar fugas. Sinalizamos o trânsito mantendo isolada a frente até a chegada do reforço do efetivo dos agentes penitenciários para trabalharem na área interna, que é de responsabilidade deles. Então a Polícia Militar não entrou no Presídio, apenas permaneceu em apoio do lado de fora para que se caso algum preso tentasse fugir, fosse capturado imediatamente".</p>
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Parentes de detentos que ficaram sabendo do motim foram para a porta do presídio e permaneceram durante toda a madrugada, em busca de notícias.</p>
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Alguns parentes relataram que chegaram a ver presos saindo machucados. "Houve tiros, bombas e cachorro latindo. É uma covardia com a família que está aqui fora, porque eles não tem coragem de vir aqui informar. Ele acha que somos bandidos, queremos apenas informações. Presos foram transferidos e nós não sabemos quem foi e nem pra onde foram. Ficamos aqui à mercê deles completamente sem notícias", disse a tia de um detento.</p>
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"Todo mundo está sujeito a errar e nem por isso eles podem tratar a gente com indiferença e falta de respeito. O que queremos é o mínimo de respeito, informação e eles não fazem isso. Já aconteceu tanta coisa ai dentro essa noite, tiro, presos saído machucado e eles não informam. E se o que saiu machucado for meu parente, como vou saber", questionou a esposa de um preso. </p>