Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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10/10/2016 18h39

Reintegra??o de posse de casas invadidas e aluguel social s?o discutidos em reuni?o na C?mara

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<p> A C&acirc;mara Municipal recebeu na manh&atilde; desta segunda-feira, 10, representantes de diferentes institui&ccedil;&otilde;es para discutir a ordem judicial para reintegra&ccedil;&atilde;o de posse das casas invadidas no bairro Planalto, constru&iacute;das por meio do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. Participaram do encontro o presidente da C&acirc;mara, Djalma Bastos (PSD), a secret&aacute;ria municipal de Trabalho Social, Silma S&iacute;dia, o secret&aacute;rio municipal de Obras e Servi&ccedil;os Urbanos, Rivaldo de Brito, a servidora do setor de Habita&ccedil;&atilde;o da Secretaria de Obras, K&ecirc;nia Mara da Silva, e o procurador jur&iacute;dico do Legislativo, Silvan Pel&aacute;gio Domingues. Pela Pol&iacute;cia Militar estiveram presentes o comandante da 17&ordf; Cia. Independente, major Jayme Alves e o 2&ordm; tenente, Alo&iacute;sio Gonzaga de Paula. Participaram ainda os p&aacute;rocos Marcos Jos&eacute; de Almeida e&nbsp; Guilherme Ferreira. Tamb&eacute;m pela Diocese de Itabira estava Geraldo Evangelista de Ara&uacute;jo. J&aacute; representando o Movimento dos Sem Casa estavam&nbsp; Ant&ocirc;nio Contrapino, Ros&acirc;ngela Ben&iacute;cia e Benjamin de Freitas.</p> <p> Djalma Bastos deu in&iacute;cio ao encontro, reafirmando o posicionamento do Legislativo em buscar conciliar e amenizar o impacto da desocupa&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Sabemos que h&aacute; uma ordem judicial &agrave; Pol&iacute;cia Militar que deve ser cumprida. Nosso objetivo &eacute; encontrar por meio do di&aacute;logo formas de amenizar a situa&ccedil;&atilde;o, sem desrespeitar a lei&rdquo;, destacou. Logo ap&oacute;s, Contrapino fez uso da palavra. Segundo ele, as fam&iacute;lias que invadiram as casas do residencial Planalto o fizeram sem o conhecimento do Movimento dos Sem Casa. &ldquo;Fomos procurados depois, e afirmamos a todos que &eacute; errado invadir. H&aacute; o pedido de reintegra&ccedil;&atilde;o de posse que tem que ser cumprido. Mas paralelo a isto temos que buscar outro caminho, pois temos conhecimento de que h&aacute; pessoas que foram beneficiadas com as casas que n&atilde;o t&ecirc;m necessidade deste im&oacute;vel&rdquo;, disse. Contrapino ainda sugeriu que fosse feito um levantamento dos 853 benefici&aacute;rios para averiguar se todos de fato, s&atilde;o pessoas carentes, que necessitam da casa e se enquadram nos crit&eacute;rios estabelecidos pelo programa Minha Casa Minha Vida.</p> <p> Neste momento, o major Jayme foi bem claro que ainda que houvesse falhas ou desobedi&ecirc;ncia aos crit&eacute;rios estabelecidos pela Caixa Econ&ocirc;mica Federal, empresa respons&aacute;vel pelo empreendimento, isto n&atilde;o &eacute; justificativa para as invas&otilde;es. &ldquo;Isto foge &agrave; PM. &Eacute; preciso formalizar a den&uacute;ncia junto &agrave; Caixa, que &eacute; quem vai apurar esta quest&atilde;o&rdquo;, explicou. O major ainda deixou claro que a reintegra&ccedil;&atilde;o de posse era para ter sido feita em julho deste ano. No entanto, ciente da quest&atilde;o social, a Pol&iacute;cia Militar pediu prazo de 60 dias &agrave; justi&ccedil;a, para conversar com as fam&iacute;lias, a fim de buscar uma solu&ccedil;&atilde;o pac&iacute;fica. &ldquo;A ordem da&nbsp; justi&ccedil;a ser&aacute; cumprida este m&ecirc;s. N&atilde;o temos mais prazos. Antes eram 25 fam&iacute;lias que haviam invadido. Fomos uma a uma, sem dar falsas esperan&ccedil;as, para que sa&iacute;ssem espontaneamente. O n&uacute;mero caiu para 17. &Eacute; preciso frisar que quem insistir em permanecer estar&aacute; sujeito &agrave; opera&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;cia em ser retirado &agrave; for&ccedil;a, al&eacute;m de poder responder por crime. E n&atilde;o queremos que chegue a esta situa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, destacou Jayme.</p> <p> <strong>Prefeitura afirma que crit&eacute;rios foram respeitados</strong></p> <p> Silma S&iacute;dia destacou que a parte que compete &agrave; Prefeitura foi feita conforme determinado pelo Governo Federal. Segundo ela, a divulga&ccedil;&atilde;o das inscri&ccedil;&otilde;es e todo o processo a partir da&iacute; foram cumpridos pelo Executivo. &ldquo;Encaminhamos os documentos de todos os inscritos para a Caixa Econ&ocirc;mica Federal, que analisou um por um, fazendo de fato um pente fino&rdquo;, disse.</p> <p> A fala da secret&aacute;ria foi refor&ccedil;ada por K&ecirc;nia, que informou que cada fam&iacute;lia notificada sobre a reintegra&ccedil;&atilde;o de posse foi procurada por servidores da Prefeitura. Quando questionados sobre o motivo de n&atilde;o terem feito a inscri&ccedil;&atilde;o no programa a fim de concorrerem a uma casa, as respostas foram v&aacute;rias. &ldquo;Alguns disseram que estavam doentes, outros tiveram informa&ccedil;&otilde;es desencontradas. Mas afirmo aos senhores presentes que nenhuma fam&iacute;lia, antes da invas&atilde;o, estava em condi&ccedil;&atilde;o insalubre&rdquo;, destacou K&ecirc;nia, que ainda completou: &ldquo;Eles foram informados que as casas n&atilde;o pertencem ao munic&iacute;pio.&nbsp; As pessoas que foram beneficiadas pagam pelas casas, ainda que um custo baixo&rdquo;, disse.</p> <p> O procurador da C&acirc;mara, Silvan, refor&ccedil;ou a urg&ecirc;ncia na desocupa&ccedil;&atilde;o das casas. &ldquo;A condi&ccedil;&atilde;o imediata de perman&ecirc;ncia nas casas &eacute; zero. Parabenizo a Pol&iacute;cia Militar por protelar o cumprimento da ordem judicial, com objetivo social. Mas os cidad&atilde;os destas casas precisam ter a clareza de que a ordem ser&aacute; cumprida de forma efetiva&rdquo;, explicou. Silvan ainda refor&ccedil;ou o posicionamento da C&acirc;mara em solicitar &agrave; Secretaria de Trabalho Social a assist&ecirc;ncia necess&aacute;ria &agrave;s fam&iacute;lias, dentro das possibilidades do Executivo.</p> <p> <strong>Aluguel social &eacute; alvo de questionamentos</strong></p> <p> Outro ponto destacado pelas duas servidoras foi o pagamento de aluguel social para as fam&iacute;lias que ter&atilde;o que deixar as casas. Silma explicou que a Prefeitura n&atilde;o conta com or&ccedil;amento que comporte este pagamento. Contrapino n&atilde;o ficou satisfeito com a resposta e disse que vai insistir nesta quest&atilde;o junto &agrave; Prefeitura.</p> <p> Outro que se mostrou indignado com a situa&ccedil;&atilde;o foi o representante da Diocese de Itabira. Segundo Geraldo, &eacute; de conhecimento inclusive do Executivo, de que h&aacute; pessoas que recebem aluguel social h&aacute; 10 anos. &ldquo;Temos conhecimento de fam&iacute;lia beneficiada na cidade com renda per capita de meio sal&aacute;rio m&iacute;nimo. A pol&iacute;tica habitacional em Jo&atilde;o Monlevade precisa ser repensada de maneira urgente&rdquo;, destacou Geraldo, que teve o apoio de todos os presentes.</p> <p> <strong>Reuni&atilde;o no galp&atilde;o dos sem casa</strong></p> <p> Ao final do encontro, Contrapino mais uma vez insistiu para que a Prefeitura apresente uma solu&ccedil;&atilde;o paliativa para as fam&iacute;lias que ter&atilde;o que deixar as casas. Al&eacute;m disto, ficou agendada uma reuni&atilde;o na pr&oacute;xima sexta-feira, 14, no Galp&atilde;o dos Sem Casa, no bairro Estrela Dalva, &agrave;s 17h30. &ldquo;Convocaremos estas fam&iacute;lias e convido a todos os presentes nesta reuni&atilde;o de hoje. Mas ressalvo que caso as fam&iacute;lias resistam em sair das casas, inclusive durante a a&ccedil;&atilde;o policial, o Movimento estar&aacute; com eles&rdquo;, declarou Contrapino. Todos os presentes refor&ccedil;aram ent&atilde;o o pedido para que a situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o chegue a este extremo.</p> <p> Djalma Bastos agradeceu a presen&ccedil;a de todos e colocou a C&acirc;mara mais uma vez &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Nossa fun&ccedil;&atilde;o &eacute; esta, de buscar intermediar solu&ccedil;&otilde;es e evitar ao m&aacute;ximo o conflito. O Legislativo monlevadense continuar&aacute; trabalhando em outras vertentes nesta quest&atilde;o. H&aacute; uma ordem judicial que tem que ser cumprida. Mas n&atilde;o podemos simplesmente fechar os olhos para a situa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, declarou Djalma.&nbsp;</p> <p align="right"> <em>Cr&eacute;dito: C&iacute;ntia Ara&uacute;jo/Acom CMJM</em></p>

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